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Sexta-Feira, 13 de Maio de 2011 às 18:06:00
Relatório da Rais aponta geração recorde de empregos em Sergipe
Segundo o economista Ricardo Lacerda, assessor econômico do Governo do Estado, este resultado reflete um crescimento robusto da economia sergipana após o impacto causado pela crise econômica em 2009

Um testemunho inconteste do processo de crescimento de economia sergipana. Assim pode ser definido o resultado apontado pelo relatório da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE). O relatório foi divulgado na última quinta-feira, 12, relatando a geração recorde de 25.227 postos formais de trabalho (com carteira assinada) em 2010, além do crescimento surpreendente em segmentos como a indústria de transformação e a construção civil.

A Rais tem o objetivo de fornecer informações diante das necessidades de controle da atividade trabalhista no País, além de prover dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais.

Segundo o economista Ricardo Lacerda, assessor econômico do Governo do Estado, este resultado reflete um crescimento robusto da economia sergipana após o impacto causado pela crise econômica em 2009. “O relatório da Rais revela que em 2010 houve uma importante evolução da atividade econômica em todos os seus segmentos produtivos, mas, sem dúvida, com destaque para a indústria de transformação e a construção civil”, apontou o assessor.

Pelo relatório da Rais, Sergipe alcançou a maior taxa de crescimento do Nordeste e a maior da história de Sergipe na indústria de transformação com a geração de 5.124 empregos, 14,1% a mais que no ano anterior. Outro recorde histórico foi obtido pela construção civil, que gerou 7.100 postos de trabalho, com 32,57% de crescimento em relação a 2009, referência anterior. O setor de serviços também apresentou crescimento notável com a geração de 10.900 postos de trabalho, com crescimento de 12,27%.

Segundo Ricardo Lacerda, especificamente no segmento de serviços, a interpretação dos dados requer uma análise mais detalhada, já que é composta por um amplo leque de atividades. “Aí incluem-se também algumas contratações temporárias em segmentos como o comércio e a atividade turística, que são influenciadas pela sazonalidade”, explicou.

Investimentos do Governo

No caso do crescimento de empregos na indústria de transformação, segundo Ricardo Lacerda, o Governo do Estado tem um papel muito ativo nestes resultados. “Graças à política agressiva de atração de empresas para o estado, inclusive para os municípios do interior, como é o caso das indústrias de calçados e das usinas de etanol, que propiciam uma geração de muitos empregos no interior”, descreveu Lacerda.

Já no caso do crescimento da construção civil, também de acordo com o economista, o crescimento foi motivado por três forças fundamentais. “Primeiro pelo plano de investimentos do governo em infraestrutura (que prevê só em 2011, nos contratos licitados e em execução um investimento superior a R$ 1 bilhão), incluindo rodovias, pontes, clínicas de saúde e outras obras estruturantes. Em segundo lugar pelo programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, que dinamizou a atividade da construção em Sergipe e em todo o país, além da própria ampliação do mercado de construção residencial, com empreendimentos voltados à classe média, que também reflete o crescimento econômico em Sergipe”, relatou Ricardo Lacerda.

Problema “bom”

Como reflexo desse crescimento sem precedentes de alguns segmentos da economia sergipana, o economista aponta uma situação curiosa mas que apresenta perspectivas positivas para a inserção de mão de obra capacitada no mercado de trabalho. “Estamos vivendo uma situação curiosa tanto na indústria de transformação, quanto na construção civil, onde há carências de determinados profissionais que são muito disputados no mercado. Isto é um problema “bom”, que na realidade representa um desafio para o governo diante da carência de mão de obra em algumas atividades mais especializadas”, afirmou Lacerda.

Ainda segundo ele, o Governo do Estado já vem implementando políticas específicas para o enfrentamento dessa questão, sobretudo com a implantação das duas escolas técnicas que já estão em funcionamento, das dez que serão construídas e incorporadas à rede estadual de ensino. Nesse sentido, também há uma nova dinâmica impulsionando os institutos federais de educação que passam por um processo de ampliação em Sergipe, junto com a expansão da Universidade Federal com ensino superior e tecnológico.

“Esse é um problema “bom”, pois o problema ruim é o desemprego. Este é um desafio positivo, pois é derivado de um crescimento consistente da atividade econômica que necessita cada vez mais de mão de obra especializada”, sentencia o economista.

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Relatório da Rais aponta geração recorde de empregos em Sergipe
Segundo o economista Ricardo Lacerda, assessor econômico do Governo do Estado, este resultado reflete um crescimento robusto da economia sergipana após o impacto causado pela crise econômica em 2009
Sexta-Feira, 13 de Maio de 2011 às 18:06:00

Um testemunho inconteste do processo de crescimento de economia sergipana. Assim pode ser definido o resultado apontado pelo relatório da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE). O relatório foi divulgado na última quinta-feira, 12, relatando a geração recorde de 25.227 postos formais de trabalho (com carteira assinada) em 2010, além do crescimento surpreendente em segmentos como a indústria de transformação e a construção civil.

A Rais tem o objetivo de fornecer informações diante das necessidades de controle da atividade trabalhista no País, além de prover dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais.

Segundo o economista Ricardo Lacerda, assessor econômico do Governo do Estado, este resultado reflete um crescimento robusto da economia sergipana após o impacto causado pela crise econômica em 2009. “O relatório da Rais revela que em 2010 houve uma importante evolução da atividade econômica em todos os seus segmentos produtivos, mas, sem dúvida, com destaque para a indústria de transformação e a construção civil”, apontou o assessor.

Pelo relatório da Rais, Sergipe alcançou a maior taxa de crescimento do Nordeste e a maior da história de Sergipe na indústria de transformação com a geração de 5.124 empregos, 14,1% a mais que no ano anterior. Outro recorde histórico foi obtido pela construção civil, que gerou 7.100 postos de trabalho, com 32,57% de crescimento em relação a 2009, referência anterior. O setor de serviços também apresentou crescimento notável com a geração de 10.900 postos de trabalho, com crescimento de 12,27%.

Segundo Ricardo Lacerda, especificamente no segmento de serviços, a interpretação dos dados requer uma análise mais detalhada, já que é composta por um amplo leque de atividades. “Aí incluem-se também algumas contratações temporárias em segmentos como o comércio e a atividade turística, que são influenciadas pela sazonalidade”, explicou.

Investimentos do Governo

No caso do crescimento de empregos na indústria de transformação, segundo Ricardo Lacerda, o Governo do Estado tem um papel muito ativo nestes resultados. “Graças à política agressiva de atração de empresas para o estado, inclusive para os municípios do interior, como é o caso das indústrias de calçados e das usinas de etanol, que propiciam uma geração de muitos empregos no interior”, descreveu Lacerda.

Já no caso do crescimento da construção civil, também de acordo com o economista, o crescimento foi motivado por três forças fundamentais. “Primeiro pelo plano de investimentos do governo em infraestrutura (que prevê só em 2011, nos contratos licitados e em execução um investimento superior a R$ 1 bilhão), incluindo rodovias, pontes, clínicas de saúde e outras obras estruturantes. Em segundo lugar pelo programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, que dinamizou a atividade da construção em Sergipe e em todo o país, além da própria ampliação do mercado de construção residencial, com empreendimentos voltados à classe média, que também reflete o crescimento econômico em Sergipe”, relatou Ricardo Lacerda.

Problema “bom”

Como reflexo desse crescimento sem precedentes de alguns segmentos da economia sergipana, o economista aponta uma situação curiosa mas que apresenta perspectivas positivas para a inserção de mão de obra capacitada no mercado de trabalho. “Estamos vivendo uma situação curiosa tanto na indústria de transformação, quanto na construção civil, onde há carências de determinados profissionais que são muito disputados no mercado. Isto é um problema “bom”, que na realidade representa um desafio para o governo diante da carência de mão de obra em algumas atividades mais especializadas”, afirmou Lacerda.

Ainda segundo ele, o Governo do Estado já vem implementando políticas específicas para o enfrentamento dessa questão, sobretudo com a implantação das duas escolas técnicas que já estão em funcionamento, das dez que serão construídas e incorporadas à rede estadual de ensino. Nesse sentido, também há uma nova dinâmica impulsionando os institutos federais de educação que passam por um processo de ampliação em Sergipe, junto com a expansão da Universidade Federal com ensino superior e tecnológico.

“Esse é um problema “bom”, pois o problema ruim é o desemprego. Este é um desafio positivo, pois é derivado de um crescimento consistente da atividade econômica que necessita cada vez mais de mão de obra especializada”, sentencia o economista.