O programa ‘Comunidade Segura’ planeja sua segunda atividade, dentro do projeto ‘Vivendo a Cidadania’, para o sábado, 20, na Escola Estadual Albano Franco, bairro Santa Maria. Começando a partir das 08h30, o objetivo da iniciativa é combater a violência nas comunidades através do fortalecimento de ações de prevenção nas unidades de ensino. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Segurança e prevê a integração de secretarias estaduais, sob coordenação da Casa Civil, e prefeituras municipais em ações de prevenção à violência e fortalecimento da cidadania. Desde fevereiro deste ano que as ações do programa começaram a ser discutidas e planejadas.
A ação do dia 20 de maio deve atingir 900 alunos da Escola Estadual Albano Franco, além da comunidade do bairro Santa Maria. Na ocasião a população terá acesso a prática de atividades físicas, emissão de carteiras de identidade e de trabalho, atendimentos às mulheres e sobre Bolsa Família, testes de saúde, dentre outras ações culturais, artísticas, esportivas e voltadas para a construção da cultura de paz.
De acordo com a superintendente executiva da Casa Civil, Conceição Vieira, a atividade que vai ocorrer no dia 20 de maio marca uma nova versão do programa, que antes integrava apenas a secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Casa Civil, mas agora inclui as diversas secretarias estaduais, a Prefeitura de Aracaju, a iniciativa privada, os movimentos sociais do bairro Santa Maria e as igrejas. “Entendemos que é importante a participação daqueles que vão sofrer a ação. E apesar de as pessoas da comunidade receberem as políticas públicas, elas também são gestoras, parceiras e protagonistas”, pontuou.
Para alinhar as ações a serem implementadas no dia do evento, houve uma reunião nesta quinta-feira, 11, envolvendo diversos representantes de secretarias estaduais e municipais, além de movimentos sociais. Segundo o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Valdiosmar Vieira, a iniciativa do dia 20 vai ser o início de um processo de intensificação de ofertas de serviços de diversas políticas públicas na comunidade, buscando a prevenção.
“O evento do ‘Comunidade Segura’ vai ter desdobramentos depois. Não podemos pensar apenas em um programa pontual e midiático, e queremos que este seja o início para uma ação conjunta, intersetorial e continuada nas comunidades”, afirmou Valdiosmar Vieira.
Sobre os desdobramentos citados pelo secretário adjunto da Semasc, Conceição Vieira explicou que após ser realizado o evento na Escola Albano Franco, situada na comunidade Padre Pedro, ocorrerá no local, de 15 em 15 dias, uma ação efetiva e de manutenção dos trabalhos de prevenção à violência e fortalecimento da comunidade.
“E depois essa mesma iniciativa será lançada na Escola Laonte Gama, em outra comunidade do Santa Maria. Posteriormente iremos ao Santos Dumont e adjacências. Escolhemos esses bairros para a realização do programa ‘Comunidade Segura’ porque eles demonstraram maiores índices de violência. Depois [que for intensificado o trabalho nesses dois locais] iremos para os 10 municípios com índices de violência mais elevados”, esclareceu a superintendente executiva da Casa Civil.
Para o diretor da Escola Estadual Albano Franco, Guilherme Santana, é possível vislumbrar no projeto a ser desenvolvido na escola uma perspectiva de sucesso. “E não estou exagerando. O resultado disso é que vamos conseguir salvar vidas. Podem ter certeza disso. Parabenizo todos que estão aqui e quero dizer que a escola está de braços abertos para contribuir com essa iniciativa”.
Guilherme ainda comentou sobre sua relação com a comunidade do Santa Maria. “Quando fui chamado para assumir a gestão da Escola Albano Franco, me apresentaram um colégio que, à princípio, era problemático numa comunidade problemática. Alguns colegas me disseram que eu estava maluco por ir para lá. E eu já conhecia a comunidade, pois minha esposa trabalhou lá no bairro. Quando cheguei na escola, observei que a comunidade precisava e precisa ser ouvida, precisa de atenção. Problemas existem em todo lugar. Então gostaria de reforçar que abracemos a causa e que façamos com o coração. Ali na comunidade as pessoas precisam ser ouvidas. Muitos problemas que ocorrem na escola nós resolvemos conversando, dando atenção, e com empenho e comprometimento. As pessoas precisam ser apoiadas por nós para contagiar as demais”, declarou.
Também presente na reunião desta quinta, a coordenadora administrativa do grupo Juventude do Santa Maria (Jusama), Anne Santos Santiago, falou sobre a importância da realização de projetos como o que vai ser levado para o bairro. “Parabenizo pela iniciativa [do Comunidade Segura] e nos sentimos honrados por participar. Vamos dar nossa parcela de contribuição. Queremos mostrar que os jovens do Santa Maria querem transformação”.
A delegada geral da SSP, Katarina Feitoza, por sua vez, falou sobre a importância do programa para a Segurança Pública e disse que o trabalho integrado de vários entes é essencial para diminuir os índices de violência.
“Sempre nos perguntamos como fazer e o que fazer [para diminuir os índices de violência], pois a polícia não resolve sozinha esses problemas em lugar nenhum do mundo. Se viajarmos para os países desenvolvidos onde os índices de homicídio são quase zero não há polícia em quase lugar nenhum e não há crimes. E aí vemos que o problema não é polícia. Nós vivemos em país diferente onde prevenção e presença da polícia são importantes. Com isso, quero dizer que não queremos tirar nossa responsabilidade, mas dizer que apenas a polícia não resolve. Parabenizo a realização dessa iniciativa e digo que ver vocês aqui reunidos e empolgados discutindo esse programa nos dá esperança e nos mostra luz no fim do túnel”, afirmou a delegada geral.
Katarina ainda comentou que a escola é o ponto inicial de implementação de ações de prevenção à violência. “A unidade de ensino é a porta de entrada e a Educação é onde tudo começa. Temos que procurar nos unir a escola, empoderar a comunidade e mostrar que todos estamos juntos. E quando baixarmos os índices [de violência] não vai ser só a SSP responsável, e sim todos nós. Até porque, nos estados em que se reduziram os índices de homicídios, isso ocorreu porque diversos setores se uniram”.
Comunidade Segura
O programa está inserido no Plano Nacional Integrado de Segurança e é realizado com base em estudos feitos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) com relação aos índices de homicídio apresentados em Sergipe. A ação conta, inicialmente, com a parceria da Prefeitura de Aracaju. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Prevenção da SSP, Abigail Souza, através de pesquisa junto ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi verificado que que boa parte dos jovens na faixa de 18 a 29 anos estão envolvidos com a prática homicida.
O ‘Comunidade Segura’, segundo Abigail, funcionará a partir da execução de projetos em rede, que envolvem: o fortalecimento de ações de prevenção na escola, que é o ‘Vivendo a Escola’; o que compreende a ocupação do espaço público, nomeado de ‘A Praça é minha’; o que vincula o empoderamento dos jovens que estão em situação de vulnerabilidade social através de parcerias, que é ‘Parceria Cidadã’; e o que abarca as famílias, o ‘Família Meu Porto Seguro’.
O programa ‘Comunidade Segura’ planeja sua segunda atividade, dentro do projeto ‘Vivendo a Cidadania’, para o sábado, 20, na Escola Estadual Albano Franco, bairro Santa Maria. Começando a partir das 08h30, o objetivo da iniciativa é combater a violência nas comunidades através do fortalecimento de ações de prevenção nas unidades de ensino. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Segurança e prevê a integração de secretarias estaduais, sob coordenação da Casa Civil, e prefeituras municipais em ações de prevenção à violência e fortalecimento da cidadania. Desde fevereiro deste ano que as ações do programa começaram a ser discutidas e planejadas.
A ação do dia 20 de maio deve atingir 900 alunos da Escola Estadual Albano Franco, além da comunidade do bairro Santa Maria. Na ocasião a população terá acesso a prática de atividades físicas, emissão de carteiras de identidade e de trabalho, atendimentos às mulheres e sobre Bolsa Família, testes de saúde, dentre outras ações culturais, artísticas, esportivas e voltadas para a construção da cultura de paz.
De acordo com a superintendente executiva da Casa Civil, Conceição Vieira, a atividade que vai ocorrer no dia 20 de maio marca uma nova versão do programa, que antes integrava apenas a secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Casa Civil, mas agora inclui as diversas secretarias estaduais, a Prefeitura de Aracaju, a iniciativa privada, os movimentos sociais do bairro Santa Maria e as igrejas. “Entendemos que é importante a participação daqueles que vão sofrer a ação. E apesar de as pessoas da comunidade receberem as políticas públicas, elas também são gestoras, parceiras e protagonistas”, pontuou.
Para alinhar as ações a serem implementadas no dia do evento, houve uma reunião nesta quinta-feira, 11, envolvendo diversos representantes de secretarias estaduais e municipais, além de movimentos sociais. Segundo o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Valdiosmar Vieira, a iniciativa do dia 20 vai ser o início de um processo de intensificação de ofertas de serviços de diversas políticas públicas na comunidade, buscando a prevenção.
“O evento do ‘Comunidade Segura’ vai ter desdobramentos depois. Não podemos pensar apenas em um programa pontual e midiático, e queremos que este seja o início para uma ação conjunta, intersetorial e continuada nas comunidades”, afirmou Valdiosmar Vieira.
Sobre os desdobramentos citados pelo secretário adjunto da Semasc, Conceição Vieira explicou que após ser realizado o evento na Escola Albano Franco, situada na comunidade Padre Pedro, ocorrerá no local, de 15 em 15 dias, uma ação efetiva e de manutenção dos trabalhos de prevenção à violência e fortalecimento da comunidade.
“E depois essa mesma iniciativa será lançada na Escola Laonte Gama, em outra comunidade do Santa Maria. Posteriormente iremos ao Santos Dumont e adjacências. Escolhemos esses bairros para a realização do programa ‘Comunidade Segura’ porque eles demonstraram maiores índices de violência. Depois [que for intensificado o trabalho nesses dois locais] iremos para os 10 municípios com índices de violência mais elevados”, esclareceu a superintendente executiva da Casa Civil.
Para o diretor da Escola Estadual Albano Franco, Guilherme Santana, é possível vislumbrar no projeto a ser desenvolvido na escola uma perspectiva de sucesso. “E não estou exagerando. O resultado disso é que vamos conseguir salvar vidas. Podem ter certeza disso. Parabenizo todos que estão aqui e quero dizer que a escola está de braços abertos para contribuir com essa iniciativa”.
Guilherme ainda comentou sobre sua relação com a comunidade do Santa Maria. “Quando fui chamado para assumir a gestão da Escola Albano Franco, me apresentaram um colégio que, à princípio, era problemático numa comunidade problemática. Alguns colegas me disseram que eu estava maluco por ir para lá. E eu já conhecia a comunidade, pois minha esposa trabalhou lá no bairro. Quando cheguei na escola, observei que a comunidade precisava e precisa ser ouvida, precisa de atenção. Problemas existem em todo lugar. Então gostaria de reforçar que abracemos a causa e que façamos com o coração. Ali na comunidade as pessoas precisam ser ouvidas. Muitos problemas que ocorrem na escola nós resolvemos conversando, dando atenção, e com empenho e comprometimento. As pessoas precisam ser apoiadas por nós para contagiar as demais”, declarou.
Também presente na reunião desta quinta, a coordenadora administrativa do grupo Juventude do Santa Maria (Jusama), Anne Santos Santiago, falou sobre a importância da realização de projetos como o que vai ser levado para o bairro. “Parabenizo pela iniciativa [do Comunidade Segura] e nos sentimos honrados por participar. Vamos dar nossa parcela de contribuição. Queremos mostrar que os jovens do Santa Maria querem transformação”.
A delegada geral da SSP, Katarina Feitoza, por sua vez, falou sobre a importância do programa para a Segurança Pública e disse que o trabalho integrado de vários entes é essencial para diminuir os índices de violência.
“Sempre nos perguntamos como fazer e o que fazer [para diminuir os índices de violência], pois a polícia não resolve sozinha esses problemas em lugar nenhum do mundo. Se viajarmos para os países desenvolvidos onde os índices de homicídio são quase zero não há polícia em quase lugar nenhum e não há crimes. E aí vemos que o problema não é polícia. Nós vivemos em país diferente onde prevenção e presença da polícia são importantes. Com isso, quero dizer que não queremos tirar nossa responsabilidade, mas dizer que apenas a polícia não resolve. Parabenizo a realização dessa iniciativa e digo que ver vocês aqui reunidos e empolgados discutindo esse programa nos dá esperança e nos mostra luz no fim do túnel”, afirmou a delegada geral.
Katarina ainda comentou que a escola é o ponto inicial de implementação de ações de prevenção à violência. “A unidade de ensino é a porta de entrada e a Educação é onde tudo começa. Temos que procurar nos unir a escola, empoderar a comunidade e mostrar que todos estamos juntos. E quando baixarmos os índices [de violência] não vai ser só a SSP responsável, e sim todos nós. Até porque, nos estados em que se reduziram os índices de homicídios, isso ocorreu porque diversos setores se uniram”.
Comunidade Segura
O programa está inserido no Plano Nacional Integrado de Segurança e é realizado com base em estudos feitos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) com relação aos índices de homicídio apresentados em Sergipe. A ação conta, inicialmente, com a parceria da Prefeitura de Aracaju. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Prevenção da SSP, Abigail Souza, através de pesquisa junto ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi verificado que que boa parte dos jovens na faixa de 18 a 29 anos estão envolvidos com a prática homicida.
O ‘Comunidade Segura’, segundo Abigail, funcionará a partir da execução de projetos em rede, que envolvem: o fortalecimento de ações de prevenção na escola, que é o ‘Vivendo a Escola’; o que compreende a ocupação do espaço público, nomeado de ‘A Praça é minha’; o que vincula o empoderamento dos jovens que estão em situação de vulnerabilidade social através de parcerias, que é ‘Parceria Cidadã’; e o que abarca as famílias, o ‘Família Meu Porto Seguro’.