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Segunda-Feira, 05 de Abril de 2010 às 18:29:00
Déda sanciona lei que permite promotor de Justiça chefiar Ministério Público
Também foram sancionadas leis que dispõem sobre gratificações funcionais

Dois projetos de lei de interesse do Ministério Público de Sergipe (MP/SE) foram sancionados na tarde desta segunda-feira, 5, pelo governador Marcelo Déda. Um permite que os promotores de Justiça também possam pleitear a função de procurador geral de Justiça, outro dispõe sobre alterações no quadro de pessoal e regulamenta gratificações funcionais do parquet estadual. A solenidade aconteceu no auditório do Palácio dos Despachos, diante de autoridades locais e vários membros da instituição judicial.

“Quando ainda iniciava o mandato de governador recebi a Associação Sergipana do Ministério Público e entre os diversos temas da agenda que propuseram estavam esses pontos considerados de importância estratégica para a redefinição da instituição do Ministério Público do ponto de vista da sua democratização, modernização e incorporação ao espírito da Constituição de 1988 de forma plena e sem limites internos”, ressaltou o governador, lembrando que à época foi favorável às propostas apresentadas, mas sugeriu uma discussão mais aprofundada.

“Era mais conveniente que um processo de construção progressiva de um consenso fosse conduzido de modo que a própria instituição, que, aliás, como lhe é peculiar, tomasse a iniciativa de alterar a sua legislação orgânica e incorporar essa nova regra, que sem dúvida alguma contribui para a coesão interna”, afirmou Marcelo Déda, referindo-se à possibilidade de os promotores de Justiça integrarem a lista tríplice para escolha do procurador geral de Justiça.

De acordo com o governador, a nova legislação irá fortalecer os laços entre a base e a cúpula da instituição, agregando a experiência do cotidiano à frente das promotorias. “Foi com satisfação pessoal que assistimos a construção desse diploma ser produzida dentro de um clima da mais perfeita harmonia, do mais perfeito entendimento, da mais profunda convicção de que o que se busca é a valorização do Ministério Público a partir da valorização expressa do promotor de Justiça”, complementou o governador.

Perspectivas

Com a sanção dos projetos de lei, já nas próximas eleições, previstas para o mês de outubro, os membros do Ministério Público passarão a ter um universo maior de opções. “Estamos muito felizes e esta é uma alegria genuína por algo esperado há muito tempo, muito buscada e objeto de bastante luta por parte dos nossos colegas. Pessoas jovens vão ser motivadas a participar dos embates políticos da administração do Ministério Público. É um processo de renovação e só temos a ganhar”, comentou a procuradora geral do MP, Maria Cristina da Gama.

Segundo ela, a exigência de certa experiência e uma idade mínima foram algumas das preocupações na elaboração do projeto de lei que amplia a quantidade de servidores aptos a concorrerem ao cargo maior da instituição. “Fizemos questão de colocar na lei que só seriam candidatos aqueles que contassem com 10 anos de carreira e 35 de idade. Isso significa tempo o suficiente para que o promotor, que é uma pessoa preparada, concursada, adquira o conhecimento necessário sobre os meandros do Ministério Público e possa competir em condições de igualdade com os procuradores”, disse a procuradora geral.

Para o presidente da Associação Sergipana do Ministério Público, Deijaniro Jonas Filho, o momento é de festejar. “Trata-se de algo histórico para a categoria, que esperamos há muitos anos. Certamente todos nós iremos comemorar, mas sem nos afastarmos da responsabilidade que temos, no sentido de continuar propiciando à nossa sociedade cada vez mais uma instituição voltada para as suas necessidades e para a cidadania”, acrescentou Deijaniro.

Empenho

Ao enfatizar a importância do MP, Déda ainda apontou alguns momentos de sua vida pública nos quais teve a oportunidade de colaborar no debate de formatação da instituição. “Fui relator da lei orgânica quando ainda era deputado estadual, no último ano de meu mandato, em 1990; acompanhei os debates do Congresso Nacional a respeito de uma variada agenda que tinha por centro o Ministério Público e sempre me posicionei no sentido de resgatar o que há de moderno, de progressista e avançado no desenho institucional desta instituição, esculpida na face da constituição da República”, observou.

Conforme o governador, a partir de hoje o sergipano terá um novo Ministério Público. “Não por ter mudado sua constituição, mas há outro clima, outro momento, outro senso de igualdade a percorrer as consciências dos que fazem o Ministério Público sergipano. É com muita honra e alegria que sanciono estas leis”, concluiu.

Conteúdo

O primeiro e mais aguardado projeto de lei sancionado pelo governador altera a lei complementar nº 02/90 (lei orgânica do MP), permitindo que todos os membros do Ministério Público, inclusive promotores de Justiça, possam integrar a lista para escolha do procurador geral do Estado. Dos 27 estados brasileiros, 22 já permitem que os demais membros possam se candidatar à presidência da instituição. Sergipe será o 23° Estado a modificar a lei orgânica.

O outro projeto de lei sancionado dispõe sobre alterações no quadro de pessoal nos serviços auxiliares do MP, criando 10 cargos de técnico e 17 de analista. Seu conteúdo também regulamenta gratificações funcionais do parquet estadual.

Presenças

Também acompanharam a solenidade no auditório do Palácio dos Despachos o deputado federal Albano Franco, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ulices Andrade, a deputada estadual Ana Lúcia, o prefeito de Aquidabã, Marcos da Cauã, o vereador Francisco dos Santos, o presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, desembargador Roberto Porto, além de vários procuradores, promotores e secretários de Estado.

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Déda sanciona lei que permite promotor de Justiça chefiar Ministério Público
Também foram sancionadas leis que dispõem sobre gratificações funcionais
Segunda-Feira, 05 de Abril de 2010 às 18:29:00

Dois projetos de lei de interesse do Ministério Público de Sergipe (MP/SE) foram sancionados na tarde desta segunda-feira, 5, pelo governador Marcelo Déda. Um permite que os promotores de Justiça também possam pleitear a função de procurador geral de Justiça, outro dispõe sobre alterações no quadro de pessoal e regulamenta gratificações funcionais do parquet estadual. A solenidade aconteceu no auditório do Palácio dos Despachos, diante de autoridades locais e vários membros da instituição judicial.

“Quando ainda iniciava o mandato de governador recebi a Associação Sergipana do Ministério Público e entre os diversos temas da agenda que propuseram estavam esses pontos considerados de importância estratégica para a redefinição da instituição do Ministério Público do ponto de vista da sua democratização, modernização e incorporação ao espírito da Constituição de 1988 de forma plena e sem limites internos”, ressaltou o governador, lembrando que à época foi favorável às propostas apresentadas, mas sugeriu uma discussão mais aprofundada.

“Era mais conveniente que um processo de construção progressiva de um consenso fosse conduzido de modo que a própria instituição, que, aliás, como lhe é peculiar, tomasse a iniciativa de alterar a sua legislação orgânica e incorporar essa nova regra, que sem dúvida alguma contribui para a coesão interna”, afirmou Marcelo Déda, referindo-se à possibilidade de os promotores de Justiça integrarem a lista tríplice para escolha do procurador geral de Justiça.

De acordo com o governador, a nova legislação irá fortalecer os laços entre a base e a cúpula da instituição, agregando a experiência do cotidiano à frente das promotorias. “Foi com satisfação pessoal que assistimos a construção desse diploma ser produzida dentro de um clima da mais perfeita harmonia, do mais perfeito entendimento, da mais profunda convicção de que o que se busca é a valorização do Ministério Público a partir da valorização expressa do promotor de Justiça”, complementou o governador.

Perspectivas

Com a sanção dos projetos de lei, já nas próximas eleições, previstas para o mês de outubro, os membros do Ministério Público passarão a ter um universo maior de opções. “Estamos muito felizes e esta é uma alegria genuína por algo esperado há muito tempo, muito buscada e objeto de bastante luta por parte dos nossos colegas. Pessoas jovens vão ser motivadas a participar dos embates políticos da administração do Ministério Público. É um processo de renovação e só temos a ganhar”, comentou a procuradora geral do MP, Maria Cristina da Gama.

Segundo ela, a exigência de certa experiência e uma idade mínima foram algumas das preocupações na elaboração do projeto de lei que amplia a quantidade de servidores aptos a concorrerem ao cargo maior da instituição. “Fizemos questão de colocar na lei que só seriam candidatos aqueles que contassem com 10 anos de carreira e 35 de idade. Isso significa tempo o suficiente para que o promotor, que é uma pessoa preparada, concursada, adquira o conhecimento necessário sobre os meandros do Ministério Público e possa competir em condições de igualdade com os procuradores”, disse a procuradora geral.

Para o presidente da Associação Sergipana do Ministério Público, Deijaniro Jonas Filho, o momento é de festejar. “Trata-se de algo histórico para a categoria, que esperamos há muitos anos. Certamente todos nós iremos comemorar, mas sem nos afastarmos da responsabilidade que temos, no sentido de continuar propiciando à nossa sociedade cada vez mais uma instituição voltada para as suas necessidades e para a cidadania”, acrescentou Deijaniro.

Empenho

Ao enfatizar a importância do MP, Déda ainda apontou alguns momentos de sua vida pública nos quais teve a oportunidade de colaborar no debate de formatação da instituição. “Fui relator da lei orgânica quando ainda era deputado estadual, no último ano de meu mandato, em 1990; acompanhei os debates do Congresso Nacional a respeito de uma variada agenda que tinha por centro o Ministério Público e sempre me posicionei no sentido de resgatar o que há de moderno, de progressista e avançado no desenho institucional desta instituição, esculpida na face da constituição da República”, observou.

Conforme o governador, a partir de hoje o sergipano terá um novo Ministério Público. “Não por ter mudado sua constituição, mas há outro clima, outro momento, outro senso de igualdade a percorrer as consciências dos que fazem o Ministério Público sergipano. É com muita honra e alegria que sanciono estas leis”, concluiu.

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O primeiro e mais aguardado projeto de lei sancionado pelo governador altera a lei complementar nº 02/90 (lei orgânica do MP), permitindo que todos os membros do Ministério Público, inclusive promotores de Justiça, possam integrar a lista para escolha do procurador geral do Estado. Dos 27 estados brasileiros, 22 já permitem que os demais membros possam se candidatar à presidência da instituição. Sergipe será o 23° Estado a modificar a lei orgânica.

O outro projeto de lei sancionado dispõe sobre alterações no quadro de pessoal nos serviços auxiliares do MP, criando 10 cargos de técnico e 17 de analista. Seu conteúdo também regulamenta gratificações funcionais do parquet estadual.

Presenças

Também acompanharam a solenidade no auditório do Palácio dos Despachos o deputado federal Albano Franco, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ulices Andrade, a deputada estadual Ana Lúcia, o prefeito de Aquidabã, Marcos da Cauã, o vereador Francisco dos Santos, o presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, desembargador Roberto Porto, além de vários procuradores, promotores e secretários de Estado.