O secretário de Estado da Casa Civil, José de Oliveira Júnior, se reuniu nesta quinta-feira, 15, com a curadora e diretora do acervo artístico-cultural dos palácios do Governo do Estado de São Paulo, Ana Cristina Carvalho. No encontro, foram discutidos a preservação e restauração do Palácio Olímpio Campos. Após audiência realizada no Palácio dos Despachos, os dois seguiram até a Praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju, para visitar as obras na antiga sede do Governo do Estado.
Está sendo investido R$ 1,2 milhão na restauração do acervo e reforma da estrutura física do Olímpio Campos. O projeto do Governo é transformar o palácio em um museu que conte a história de Sergipe no período republicano. As atividades são coordenadas pelas secretarias de Estado da Infra-Estrutura e da Cultura.
Segundo Oliveira Júnior, os trabalhos de restauração do palácio estão avançando da maneira esperada. “Tivemos um atraso nas atividades porque encontramos novos elementos que, após a realização de estudos, identificamos como possíveis de serem restaurados. Por isso, o Governo assinou aditivos aos convênios iniciais para que seja recuperado tudo aquilo que estiver em condição de ser preservado como era originalmente”, explicou o secretário da Casa Civil.
Ana Cristina Carvalho, que é sergipana e sobrinha do ex-governador Sebastião Celso de Carvalho, já tinha visitado o Olímpio Campos no início da obra de restauração. “Agora, com 90% pronto, a gente já tem outro olhar e várias idéias surgem, diferentemente do momento em que as atividades começaram”, disse. Ela compara o trabalho de recuperação como o de uma exploração arqueológica. “Conforme se descobrem novos elementos, você vai tomando caminhos que nunca pensou que fosse tomar”, justificou.
De acordo com o secretário Oliveira Júnior, os motivos para solicitar o apoio técnico de Ana Cristina Carvalho foram sua longa experiência prática, o conhecimento acadêmico e a ligação afetiva que tem com Sergipe. “Ela se dispôs a conhecer e ajudar no trabalho que estamos fazendo com a experiência que possui na gestão de um dos maiores e mais significativos complexos arquitetônicos do Brasil, que é o mantido pelo Governo de São Paulo”, afirmou.
Preservação
Para Ana Cristina, a restauração do Palácio Olímpio Campos é uma ação muito importante do Governo do Estado, pois o prédio conta a história política e do desenvolvimento de Sergipe. “A preservação é fundamental, tanto da estrutura arquitetônica quanto do patrimônio móvel, que é o mobiliário, a pintura, as esculturas e os elementos artísticos. Como sergipana, eu fico muito feliz e orgulhosa de saber que o Estado está recuperando esse patrimônio público tão importante para a população”, declarou
Em São Paulo, Ana administra o acervo dos quatro palácios do Governo do Estado - dos Bandeirantes, dos Campos Elíseos, do Horto Florestal e da Boa Vista -, cada um com suas características peculiares. “Palácios de Governo têm uma identidade própria, uma vocação que não pode ser renegada. Podem ter função residencial ou administrativa, dependendo da vontade dos governadores, mas essencialmente são lugares que podem ser abertos ao público, porque essas casas-museu têm uma série de elementos que, contextualizados, criam uma atmosfera muito interessante”, conta.
Visitação pública
A Secretaria de Estado da Cultura está desenvolvendo um projeto museológico, para que o patrimônio cultural recuperado do Palácio Olímpio Campos esteja acessível à população quando as obras de restauração e reforma do prédio estiverem concluídas. “Nós vamos abrir o espaço para visitação e conservar o palácio de forma adequada, evitando a dilapidação do patrimônio cultural que a gente presenciou em governos passados”, garantiu o secretário Oliveira Júnior.
A idéia tem o apoio expresso de Ana Cristina. De acordo com ela, cada palácio do Governo Paulista recebe, em média, três mil visitas por mês. “Nós fizemos um trabalho de reforço da função museológica dos palácios, abrindo o acesso à população e elaborando programas educativos. Além disso, promovemos oficinas, workshops e congressos, ou seja, criamos um espaço de diálogo com a sociedade”, conta a doutora em História da Arte pela Universidade de São Paulo.
“Não tem sentido essas coleções ficarem fechadas em paredes dos gabinetes de governadores e secretários. Elas são patrimônios públicos e as pessoas têm o direito de conhecer os mobiliários, objetos, pinturas etc. Além disso, lugares como o palácio Olímpio Campos, por exemplo, nem precisam de um projeto cenográfico, como nos museus tradicionais, porque já tem uma contextualização natural do próprio ambiente palaciano. Está na hora de desmistificar essas coleções e mostrar que elas estão disponíveis para a apreciação de todos”, finalizou Ana Cristina.
Palácio
Inaugurado em 1863 e tombado por decreto estadual em 1985, o palácio funcionou como sede do Governo do Estado até 1995, quando as tarefas foram transferidas para o Palácio dos Despachos, na Avenida Adélia Franco. A arquitetura do prédio é predominantemente neoclássica, mas pode ser definida como eclética. Na década de 1920, o governador Pereira Lobo contratou uma equipe de artistas italianos residentes na Bahia para construir o acervo artístico encontrado atualmente no Palácio e que está sendo restaurado.
O secretário de Estado da Casa Civil, José de Oliveira Júnior, se reuniu nesta quinta-feira, 15, com a curadora e diretora do acervo artístico-cultural dos palácios do Governo do Estado de São Paulo, Ana Cristina Carvalho. No encontro, foram discutidos a preservação e restauração do Palácio Olímpio Campos. Após audiência realizada no Palácio dos Despachos, os dois seguiram até a Praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju, para visitar as obras na antiga sede do Governo do Estado.
Está sendo investido R$ 1,2 milhão na restauração do acervo e reforma da estrutura física do Olímpio Campos. O projeto do Governo é transformar o palácio em um museu que conte a história de Sergipe no período republicano. As atividades são coordenadas pelas secretarias de Estado da Infra-Estrutura e da Cultura.
Segundo Oliveira Júnior, os trabalhos de restauração do palácio estão avançando da maneira esperada. “Tivemos um atraso nas atividades porque encontramos novos elementos que, após a realização de estudos, identificamos como possíveis de serem restaurados. Por isso, o Governo assinou aditivos aos convênios iniciais para que seja recuperado tudo aquilo que estiver em condição de ser preservado como era originalmente”, explicou o secretário da Casa Civil.
Ana Cristina Carvalho, que é sergipana e sobrinha do ex-governador Sebastião Celso de Carvalho, já tinha visitado o Olímpio Campos no início da obra de restauração. “Agora, com 90% pronto, a gente já tem outro olhar e várias idéias surgem, diferentemente do momento em que as atividades começaram”, disse. Ela compara o trabalho de recuperação como o de uma exploração arqueológica. “Conforme se descobrem novos elementos, você vai tomando caminhos que nunca pensou que fosse tomar”, justificou.
De acordo com o secretário Oliveira Júnior, os motivos para solicitar o apoio técnico de Ana Cristina Carvalho foram sua longa experiência prática, o conhecimento acadêmico e a ligação afetiva que tem com Sergipe. “Ela se dispôs a conhecer e ajudar no trabalho que estamos fazendo com a experiência que possui na gestão de um dos maiores e mais significativos complexos arquitetônicos do Brasil, que é o mantido pelo Governo de São Paulo”, afirmou.
Preservação
Para Ana Cristina, a restauração do Palácio Olímpio Campos é uma ação muito importante do Governo do Estado, pois o prédio conta a história política e do desenvolvimento de Sergipe. “A preservação é fundamental, tanto da estrutura arquitetônica quanto do patrimônio móvel, que é o mobiliário, a pintura, as esculturas e os elementos artísticos. Como sergipana, eu fico muito feliz e orgulhosa de saber que o Estado está recuperando esse patrimônio público tão importante para a população”, declarou
Em São Paulo, Ana administra o acervo dos quatro palácios do Governo do Estado - dos Bandeirantes, dos Campos Elíseos, do Horto Florestal e da Boa Vista -, cada um com suas características peculiares. “Palácios de Governo têm uma identidade própria, uma vocação que não pode ser renegada. Podem ter função residencial ou administrativa, dependendo da vontade dos governadores, mas essencialmente são lugares que podem ser abertos ao público, porque essas casas-museu têm uma série de elementos que, contextualizados, criam uma atmosfera muito interessante”, conta.
Visitação pública
A Secretaria de Estado da Cultura está desenvolvendo um projeto museológico, para que o patrimônio cultural recuperado do Palácio Olímpio Campos esteja acessível à população quando as obras de restauração e reforma do prédio estiverem concluídas. “Nós vamos abrir o espaço para visitação e conservar o palácio de forma adequada, evitando a dilapidação do patrimônio cultural que a gente presenciou em governos passados”, garantiu o secretário Oliveira Júnior.
A idéia tem o apoio expresso de Ana Cristina. De acordo com ela, cada palácio do Governo Paulista recebe, em média, três mil visitas por mês. “Nós fizemos um trabalho de reforço da função museológica dos palácios, abrindo o acesso à população e elaborando programas educativos. Além disso, promovemos oficinas, workshops e congressos, ou seja, criamos um espaço de diálogo com a sociedade”, conta a doutora em História da Arte pela Universidade de São Paulo.
“Não tem sentido essas coleções ficarem fechadas em paredes dos gabinetes de governadores e secretários. Elas são patrimônios públicos e as pessoas têm o direito de conhecer os mobiliários, objetos, pinturas etc. Além disso, lugares como o palácio Olímpio Campos, por exemplo, nem precisam de um projeto cenográfico, como nos museus tradicionais, porque já tem uma contextualização natural do próprio ambiente palaciano. Está na hora de desmistificar essas coleções e mostrar que elas estão disponíveis para a apreciação de todos”, finalizou Ana Cristina.
Palácio
Inaugurado em 1863 e tombado por decreto estadual em 1985, o palácio funcionou como sede do Governo do Estado até 1995, quando as tarefas foram transferidas para o Palácio dos Despachos, na Avenida Adélia Franco. A arquitetura do prédio é predominantemente neoclássica, mas pode ser definida como eclética. Na década de 1920, o governador Pereira Lobo contratou uma equipe de artistas italianos residentes na Bahia para construir o acervo artístico encontrado atualmente no Palácio e que está sendo restaurado.