Neste domingo, 17, o Especial Aperipê apresenta uma manifestação de cunho popular, tradicional e religiosa, que, nos últimos anos, encontra-se em avançado estágio em relação à existência e legitimação de suas práticas. Ainda hoje, o imaginário das grandes navegações está vivo em várias regiões da Bahia, através de espetáculos populares conhecidos como Marujada. Às 21h30min, a Aperipê TV apresenta o capítulo sobre a Marujada da série 'Bahia Singular e Plural', realizada pela TVE Bahia em agosto de 2001.
O vídeo-documentário mostra como a festa popular é representada em quadro cidades baianas: Paratinga, Saubara, Jacobina e Prado. São mostradas as origens, características, singularidades e semelhanças das festas. Nessas cidades baianas, a Marujada possui um número crescente de participantes e sua realização recebe forte apoio paroquial e comunitário, sendo registro inegável de como a cultura popular transforma a vida das pessoas.
Em geral, a Marujada é celebrada para reverenciar o santo preto, São Benedito, utilizando variadas formas, como missa, procissão, visita às casas e pedido de esmola. Os protagonistas da festa são os 'marujos', que no dia do festejo promovem uma missa e saem pelas ruas com passos ritmados, vestidos de branco, entoando cânticos de louvor, tocando vilas e pandeiros. O figurino é composto por uma bata (chamada de camisu) e uma calça, adornados por bicos e fitas, predominantemente vermelhos, sempre tentando se aproximar do aspecto marítimo.
Participam da missa e da procissão, além dos marujos, fiéis, curiosos e os membros da Irmandade de São Benedito. A irmandade participa da missa e da procissão com uma performance gestual em tom solene e contido, enquanto os marujos tocam e cantam festivamente. No panorama geral, a Marujada vem se constituindo como ícone das cidades baianas, despertando e alimentando o encantamento de seus moradores, ratificado pela sua presença na mídia e no interesse demonstrado pelos turistas em fotografar a brincadeira.
O que mais chama a atenção das pessoas durante das apresentações é a fé dos brincantes e da própria comunidade, que sempre tenta ficar o mais próximo possível da imagem de São Benedito. Quem vai à festa da Marujada, hoje em dia, embarca no imaginário de uma longa tradição, conduzido para a magia da arte popular.
Singularidades
A cidade de Paratinga nasceu às margens do rio São Francisco. Cresceu habitada pelos bandeirantes que cruzaram o rio em busca de pasto para criação de gado. Assim como em todo o litoral baiano, a festa da Marujada chegou por lá à bordo das caravanas de imigrantes, e é comemorada no Dia do Divino Espírito Santo. Já em Saubara, a comemoração é no dia 4 de agosto, e a festa é mais associada à guerra de independência do Brasil, que aconteceu na Bahia em 1822. Por lá, a Marujada tem forte ligação com a Igreja Católica, e durante sua realização são apresentados episódios dramáticos e cenas de conflito que aconteceram nas embarcações durante a viagem.
A Marujada de Jacobina e a do Prado são as que mais se assemelham. Tanto em relação à sua data de comemoração, segunda-feira depois do domingo de páscoa, quanto em relação a sua origem e realização. Assim como em Jacobina, a Marujada de Prado é marcada pelo cortejo, e a população tem prazer de ajudar na realização da festa. Outros rituais preparatórios também são produzidos, como o ritual do sábado de Aleluia.
Neste domingo, 17, o Especial Aperipê apresenta uma manifestação de cunho popular, tradicional e religiosa, que, nos últimos anos, encontra-se em avançado estágio em relação à existência e legitimação de suas práticas. Ainda hoje, o imaginário das grandes navegações está vivo em várias regiões da Bahia, através de espetáculos populares conhecidos como Marujada. Às 21h30min, a Aperipê TV apresenta o capítulo sobre a Marujada da série 'Bahia Singular e Plural', realizada pela TVE Bahia em agosto de 2001.
O vídeo-documentário mostra como a festa popular é representada em quadro cidades baianas: Paratinga, Saubara, Jacobina e Prado. São mostradas as origens, características, singularidades e semelhanças das festas. Nessas cidades baianas, a Marujada possui um número crescente de participantes e sua realização recebe forte apoio paroquial e comunitário, sendo registro inegável de como a cultura popular transforma a vida das pessoas.
Em geral, a Marujada é celebrada para reverenciar o santo preto, São Benedito, utilizando variadas formas, como missa, procissão, visita às casas e pedido de esmola. Os protagonistas da festa são os 'marujos', que no dia do festejo promovem uma missa e saem pelas ruas com passos ritmados, vestidos de branco, entoando cânticos de louvor, tocando vilas e pandeiros. O figurino é composto por uma bata (chamada de camisu) e uma calça, adornados por bicos e fitas, predominantemente vermelhos, sempre tentando se aproximar do aspecto marítimo.
Participam da missa e da procissão, além dos marujos, fiéis, curiosos e os membros da Irmandade de São Benedito. A irmandade participa da missa e da procissão com uma performance gestual em tom solene e contido, enquanto os marujos tocam e cantam festivamente. No panorama geral, a Marujada vem se constituindo como ícone das cidades baianas, despertando e alimentando o encantamento de seus moradores, ratificado pela sua presença na mídia e no interesse demonstrado pelos turistas em fotografar a brincadeira.
O que mais chama a atenção das pessoas durante das apresentações é a fé dos brincantes e da própria comunidade, que sempre tenta ficar o mais próximo possível da imagem de São Benedito. Quem vai à festa da Marujada, hoje em dia, embarca no imaginário de uma longa tradição, conduzido para a magia da arte popular.
Singularidades
A cidade de Paratinga nasceu às margens do rio São Francisco. Cresceu habitada pelos bandeirantes que cruzaram o rio em busca de pasto para criação de gado. Assim como em todo o litoral baiano, a festa da Marujada chegou por lá à bordo das caravanas de imigrantes, e é comemorada no Dia do Divino Espírito Santo. Já em Saubara, a comemoração é no dia 4 de agosto, e a festa é mais associada à guerra de independência do Brasil, que aconteceu na Bahia em 1822. Por lá, a Marujada tem forte ligação com a Igreja Católica, e durante sua realização são apresentados episódios dramáticos e cenas de conflito que aconteceram nas embarcações durante a viagem.
A Marujada de Jacobina e a do Prado são as que mais se assemelham. Tanto em relação à sua data de comemoração, segunda-feira depois do domingo de páscoa, quanto em relação a sua origem e realização. Assim como em Jacobina, a Marujada de Prado é marcada pelo cortejo, e a população tem prazer de ajudar na realização da festa. Outros rituais preparatórios também são produzidos, como o ritual do sábado de Aleluia.