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Quarta-Feira, 03 de Setembro de 2008 às 12:04:00
Restauração do Palácio Olímpio Campos valoriza história de Sergipe
Projeto do Governo é transformar o Olímpio Campos em um museu que conte a história de Sergipe no período republicano

As esculturas, telas e objetos que contam a história de Sergipe no Palácio Olímpio Campos, centro de Aracaju, continuam sendo restaurados pelo Governo do Estado. Representantes das secretarias de Estado da Cultura, Infra-estrutura e Casa Civil visitaram as obras de restauração nesta terça-feira, 2, e conheceram em detalhes o trabalho que está sendo executado sob o comando da restauradora Ana Maria Villar, responsável pelo projeto.

O Governo de Sergipe está investindo R$ 1,2 milhão na restauração, que está sendo feita através da Casa Civil e das secretarias de Estado da Cultura e de Infra-Estrutura, além da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop). A previsão é de que o processo de restauração, iniciado em janeiro de 2007, esteja concluído até o fim deste ano. Em seguida, será iniciada a reforma da parte física do prédio.

O projeto é transformar o Olímpio Campos em um museu que conte a história de Sergipe no período republicano. As esculturas e telas estavam em processo de corrosão e degradação e, por isso, foi realizado um trabalho de proteção às peças estragadas com vários procedimentos de higienização, harmonização e retoque, no intuito de se conseguir chegar ao mais próximo do original. 

Segundo Ana Maria Villar, representante da empresa AM Restauro, o processo de restauração busca, com muita pesquisa e trabalho científico, chegar à originalidade das peças. Villar salientou que o trabalho é minucioso e apresenta dificuldades por conta do estado de conservação em que o prédio se encontrava. "É todo um trabalho de descoberta. Em muitos momentos, encontramos obras escondidas sobre várias camadas de tinta, o que nos leva então retirá-las para voltar ao original", relatou.
O secretário de Estado da Cultura, Luiz Alberto dos Santos, falou da importância da ação. "O Palácio Olímpio Campos é uma referência arquitetônica para o povo sergipano. Restaurar esse prédio significa resgatar a história de Sergipe," ressaltou.

Para o presidente do Conselho Estadual de Cultura e da Academia Sergipana de Letras, José Anderson Nascimento, o Palácio Olímpio Campos é um ícone do sergipano. "Ele ficou mais de uma década relegado ao abandono, sofrendo com a ação do tempo e o descaso dos administradores e agora recebe uma obra à sua altura, que valoriza o que ele tem de melhor", enfatizou.
Também participaram da visita membros do Conselho Estadual de Cultura, técnicos da Secretária de Estado da Cultura, representantes da Secretaria de Infra-estrutura e da Casa Civil, os pesquisadores Luís Antonio Barreto e Aglaé Fontes, a diretora do Museu do Homem Sergipano, professora Terezinha Oliva e outros intelectuais do estado.

O prédio

O Palácio Olímpio Campos é um dos mais importantes patrimônios de Sergipe.  Foi inaugurado em 1863 e tombado por decreto estadual em 1985, onde funcionou como sede do governo estadual até 1995, quando as tarefas de governo foram transferidas para o Palácio dos Despachos, na Avenida Adélia Franco. A arquitetura do prédio é predominantemente neoclássica, mas pode ser definida como eclética. Na década de 20, o governador Pereira Lobo contratou uma equipe de artistas italianos residentes na Bahia para construir o acervo artístico encontrado atualmente no Palácio.

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Restauração do Palácio Olímpio Campos valoriza história de Sergipe
Projeto do Governo é transformar o Olímpio Campos em um museu que conte a história de Sergipe no período republicano
Quarta-Feira, 03 de Setembro de 2008 às 12:04:00

As esculturas, telas e objetos que contam a história de Sergipe no Palácio Olímpio Campos, centro de Aracaju, continuam sendo restaurados pelo Governo do Estado. Representantes das secretarias de Estado da Cultura, Infra-estrutura e Casa Civil visitaram as obras de restauração nesta terça-feira, 2, e conheceram em detalhes o trabalho que está sendo executado sob o comando da restauradora Ana Maria Villar, responsável pelo projeto.

O Governo de Sergipe está investindo R$ 1,2 milhão na restauração, que está sendo feita através da Casa Civil e das secretarias de Estado da Cultura e de Infra-Estrutura, além da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop). A previsão é de que o processo de restauração, iniciado em janeiro de 2007, esteja concluído até o fim deste ano. Em seguida, será iniciada a reforma da parte física do prédio.

O projeto é transformar o Olímpio Campos em um museu que conte a história de Sergipe no período republicano. As esculturas e telas estavam em processo de corrosão e degradação e, por isso, foi realizado um trabalho de proteção às peças estragadas com vários procedimentos de higienização, harmonização e retoque, no intuito de se conseguir chegar ao mais próximo do original. 

Segundo Ana Maria Villar, representante da empresa AM Restauro, o processo de restauração busca, com muita pesquisa e trabalho científico, chegar à originalidade das peças. Villar salientou que o trabalho é minucioso e apresenta dificuldades por conta do estado de conservação em que o prédio se encontrava. "É todo um trabalho de descoberta. Em muitos momentos, encontramos obras escondidas sobre várias camadas de tinta, o que nos leva então retirá-las para voltar ao original", relatou.
O secretário de Estado da Cultura, Luiz Alberto dos Santos, falou da importância da ação. "O Palácio Olímpio Campos é uma referência arquitetônica para o povo sergipano. Restaurar esse prédio significa resgatar a história de Sergipe," ressaltou.

Para o presidente do Conselho Estadual de Cultura e da Academia Sergipana de Letras, José Anderson Nascimento, o Palácio Olímpio Campos é um ícone do sergipano. "Ele ficou mais de uma década relegado ao abandono, sofrendo com a ação do tempo e o descaso dos administradores e agora recebe uma obra à sua altura, que valoriza o que ele tem de melhor", enfatizou.
Também participaram da visita membros do Conselho Estadual de Cultura, técnicos da Secretária de Estado da Cultura, representantes da Secretaria de Infra-estrutura e da Casa Civil, os pesquisadores Luís Antonio Barreto e Aglaé Fontes, a diretora do Museu do Homem Sergipano, professora Terezinha Oliva e outros intelectuais do estado.

O prédio

O Palácio Olímpio Campos é um dos mais importantes patrimônios de Sergipe.  Foi inaugurado em 1863 e tombado por decreto estadual em 1985, onde funcionou como sede do governo estadual até 1995, quando as tarefas de governo foram transferidas para o Palácio dos Despachos, na Avenida Adélia Franco. A arquitetura do prédio é predominantemente neoclássica, mas pode ser definida como eclética. Na década de 20, o governador Pereira Lobo contratou uma equipe de artistas italianos residentes na Bahia para construir o acervo artístico encontrado atualmente no Palácio.