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Quinta-Feira, 30 de Outubro de 2008 às 09:40:00
Orquestra Sinfônica de Sergipe estréia em São Paulo no próximo dia 16
Sob a regência do maestro Guilherme Mannis, a Orquestra participará do projeto 'Música em Cena'

A Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE)vai se apresentar pela primeira vez fora do Estado. A estréia acontece em São Paulo (SP), no dia 16 de novembro, atendendo a um convite do Centro Cultural da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que promove todos os domingos ao meio-dia o projeto 'Música em Cena', com concertos gratuitos no Teatro Popular do Sesi.

Sob a regência do maestro Guilherme Mannis e com a participação especial do pianista paulista Álvaro Siviero, os músicos vão apresentar um concerto com peças tradicionais como 'Mourão', de Guerra Peixe, a vibrante Sinfonia n° 7, de Ludwig van Beethoven, e o famoso Concerto para Piano n° 1, de Piotr Ilytch Tchaikovsky. Os governadores Marcelo Déda, de Sergipe, e José Serra, de São Paulo, além de diversas autoridades e convidados dos dois Estados deverão participar do evento.

Nos últimos dois anos, graças ao empenho do Governo de Sergipe, a Orquestra se desenvolveu com a formação de 60 músicos e, atualmente, é considerada uma das melhores em ascensão no país. A apresentação da ORSSE em São Paulo vai coroar o intenso trabalho empreendido com a realização de cerca de 100 concertos em diversas séries, duas temporadas oficiais no Teatro Tobias Barreto, o Projeto 'Sinfonia do Saber', em que centenas de jovens assistem os concertos e interagem com a orquestra, além dos concertos populares realizados em diversos municípios sergipanos e em locais públicos, como o Parque Augusto Franco, em Aracaju.

Para o maestro Guilherme Mannis, o crescimento técnico da Orquestra se deu em função do ganho artístico do grupo com intercâmbios com músicos e maestros como Roberto Tibiriçá, Emmanuele Baldini, Daniel Guedes, Laszlo Mezö, José Luiz de Aquino, Amaral Vieira, Abel Rocha, Francis Hime e Wagner Tiso, entre outros, e a execução de repertórios desafiadores.

Notas do programa

'Mourão', de César Guerra-Peixe

O motivo melódico da peça 'Mourão' foi pela criado por Guerra-Peixe no Recife, em 1951, para servir como música de fundo num programa radiofônico que contava as estórias de Lampião e seus cangaceiros. Alguns anos mais tarde, residindo em São Paulo, Guerra-Peixe regravou o tema em um disco LP da Copacabana, intitulado Festa de ritmos, adaptando ao tema alguns versos e chamou a música 'De viola e Rabeca', interpretada por Catulo de Paula, um cantor do Ceará que vivia em São Paulo.

Com a criação do Movimento Musical Armorial, o teatrólogo Ariano Suassuna, conhecendo a peça 'De viola e Rabeca', solicitou a Guerra-Peixe autorização para que Clóvis Pereira transformasse a música gravada por Catulo de Paula em uma peça para a orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco.

Sinfonia n° 7 em lá maior, op.92, de Ludwig van Beethoven

A Sétima Sinfonia é um reflexo do lado excêntrico do compositor. Richard Wagner chamou-a de "apoteose da dança" pela insistência com que usa ritmos obsessivos. É uma peça cheia de brincadeiras musicais e transmite uma sutil impressão de grandeza, que provém da originalidade no tratamento dos materiais quase que banais, da vivacidade do discurso, do poder de concentração expressiva e, certamente, de sua inesgotável propulsão rítmica.

A Sétima foi terminada em 1812 e sua estréia foi um acontecimento memorável que mobilizou toda a cidade de Viena. A apresentação, regida pelo próprio compositor, foi na Grande Sala da Universidade, em dezembro de 1813, em benefício dos soldados feridos na batalha de Hanau contra as tropas napoleônicas.

Concerto para piano e orquestra nº1, op.23, em si bemol menor, de Piotr Ilytch Tchaikovsky (1840-1893)

O Concerto nº1 para piano e orquestra teve inicialmente que vencer as duras críticas e a feroz resistência i,posta por Nicolai Rubinstein. Por sua vez, com o tempo, este famoso pianista da época também mudou seu ponto de vista, tornando-se um dos principais divulgadores desta obra, composta com maestria.

Biografias

Natural da cidade de São Paulo, Guilherme Mannis é bacharel e mestre em música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe, foi ainda regente assistente de Cláudio Cruz junto à Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e já esteve à frente de importantes grupos orquestrais brasileiros.

No México, conduziu a Orquestra Sinfônica Carlos Chávez. É também formado em piano pela Universidade Livre de Música, na classe de Marina Brandão. Teve como principal professor o maestro John Neschling (Osesp) e participou de cursos com Kurt Masur e Jorma Panula.

O pianista Álvaro Siviero especializou-se na Universität für Musik und darstellende Kunst de Viena e na Hochschule Mozarteum em Salzburg, com Noel Flores e Georg Steinschaden. Também têm passagens pela Academia Nazionale de Santa Cecília em Roma, estudando com Piero Tramoni, além de estudos de aprofundamento com Annibale Rebaudengo, em Milão.

Sua paixão pelo piano, porém, remonta à infância, quando, aos sete anos, já se apresentava em público. Dois anos mais tarde, recebe seu primeiro prêmio: a Medalha de Ouro do Governo do Estado de São Paulo para jovens talentos. No ano de 2007, coroando sua dedicada carreira artística, apresenta-se em concerto exclusivo para o Papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil, interpretando obras de autores alemães, poloneses e brasileiros.

Ficha Técnica

Série Música em Cena - Centro Cultural Fiesp
Teatro Popular do SESI - avenida Paulista, 1313, Cerqueira César, São Paulo (SP)
Orquestra Sinfônica de Sergipe
Guilherme Mannis, regente
Álvaro Siviero, piano
Data: 16 de novembro de 2008, domingo, 12h
Entrada franca

Programa

César, GUERRA-PEIXE
Mourão
Arranjo para grande orquestra de Guilherme Mannis

Ludwig van, BEETHOVEN
Sinfonia nº 7, op. 92, em ré maior
I - Allegro con brio
II - Larghetto
III - Scherzo: Allegro
IV - Allegro Molto

Piotr Ilytch, TCHAIKOVSKY
Concerto para Piano e Orquestra nº 1, em si bemol menor, op. 23
I - Allegro no troppo e molto maestoso; Allegro con spirito
II - Andantino semplice
III - Allegro con fuoco

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Orquestra Sinfônica de Sergipe estréia em São Paulo no próximo dia 16
Sob a regência do maestro Guilherme Mannis, a Orquestra participará do projeto 'Música em Cena'
Quinta-Feira, 30 de Outubro de 2008 às 09:40:00

A Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE)vai se apresentar pela primeira vez fora do Estado. A estréia acontece em São Paulo (SP), no dia 16 de novembro, atendendo a um convite do Centro Cultural da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que promove todos os domingos ao meio-dia o projeto 'Música em Cena', com concertos gratuitos no Teatro Popular do Sesi.

Sob a regência do maestro Guilherme Mannis e com a participação especial do pianista paulista Álvaro Siviero, os músicos vão apresentar um concerto com peças tradicionais como 'Mourão', de Guerra Peixe, a vibrante Sinfonia n° 7, de Ludwig van Beethoven, e o famoso Concerto para Piano n° 1, de Piotr Ilytch Tchaikovsky. Os governadores Marcelo Déda, de Sergipe, e José Serra, de São Paulo, além de diversas autoridades e convidados dos dois Estados deverão participar do evento.

Nos últimos dois anos, graças ao empenho do Governo de Sergipe, a Orquestra se desenvolveu com a formação de 60 músicos e, atualmente, é considerada uma das melhores em ascensão no país. A apresentação da ORSSE em São Paulo vai coroar o intenso trabalho empreendido com a realização de cerca de 100 concertos em diversas séries, duas temporadas oficiais no Teatro Tobias Barreto, o Projeto 'Sinfonia do Saber', em que centenas de jovens assistem os concertos e interagem com a orquestra, além dos concertos populares realizados em diversos municípios sergipanos e em locais públicos, como o Parque Augusto Franco, em Aracaju.

Para o maestro Guilherme Mannis, o crescimento técnico da Orquestra se deu em função do ganho artístico do grupo com intercâmbios com músicos e maestros como Roberto Tibiriçá, Emmanuele Baldini, Daniel Guedes, Laszlo Mezö, José Luiz de Aquino, Amaral Vieira, Abel Rocha, Francis Hime e Wagner Tiso, entre outros, e a execução de repertórios desafiadores.

Notas do programa

'Mourão', de César Guerra-Peixe

O motivo melódico da peça 'Mourão' foi pela criado por Guerra-Peixe no Recife, em 1951, para servir como música de fundo num programa radiofônico que contava as estórias de Lampião e seus cangaceiros. Alguns anos mais tarde, residindo em São Paulo, Guerra-Peixe regravou o tema em um disco LP da Copacabana, intitulado Festa de ritmos, adaptando ao tema alguns versos e chamou a música 'De viola e Rabeca', interpretada por Catulo de Paula, um cantor do Ceará que vivia em São Paulo.

Com a criação do Movimento Musical Armorial, o teatrólogo Ariano Suassuna, conhecendo a peça 'De viola e Rabeca', solicitou a Guerra-Peixe autorização para que Clóvis Pereira transformasse a música gravada por Catulo de Paula em uma peça para a orquestra Armorial de Câmara de Pernambuco.

Sinfonia n° 7 em lá maior, op.92, de Ludwig van Beethoven

A Sétima Sinfonia é um reflexo do lado excêntrico do compositor. Richard Wagner chamou-a de "apoteose da dança" pela insistência com que usa ritmos obsessivos. É uma peça cheia de brincadeiras musicais e transmite uma sutil impressão de grandeza, que provém da originalidade no tratamento dos materiais quase que banais, da vivacidade do discurso, do poder de concentração expressiva e, certamente, de sua inesgotável propulsão rítmica.

A Sétima foi terminada em 1812 e sua estréia foi um acontecimento memorável que mobilizou toda a cidade de Viena. A apresentação, regida pelo próprio compositor, foi na Grande Sala da Universidade, em dezembro de 1813, em benefício dos soldados feridos na batalha de Hanau contra as tropas napoleônicas.

Concerto para piano e orquestra nº1, op.23, em si bemol menor, de Piotr Ilytch Tchaikovsky (1840-1893)

O Concerto nº1 para piano e orquestra teve inicialmente que vencer as duras críticas e a feroz resistência i,posta por Nicolai Rubinstein. Por sua vez, com o tempo, este famoso pianista da época também mudou seu ponto de vista, tornando-se um dos principais divulgadores desta obra, composta com maestria.

Biografias

Natural da cidade de São Paulo, Guilherme Mannis é bacharel e mestre em música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe, foi ainda regente assistente de Cláudio Cruz junto à Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e já esteve à frente de importantes grupos orquestrais brasileiros.

No México, conduziu a Orquestra Sinfônica Carlos Chávez. É também formado em piano pela Universidade Livre de Música, na classe de Marina Brandão. Teve como principal professor o maestro John Neschling (Osesp) e participou de cursos com Kurt Masur e Jorma Panula.

O pianista Álvaro Siviero especializou-se na Universität für Musik und darstellende Kunst de Viena e na Hochschule Mozarteum em Salzburg, com Noel Flores e Georg Steinschaden. Também têm passagens pela Academia Nazionale de Santa Cecília em Roma, estudando com Piero Tramoni, além de estudos de aprofundamento com Annibale Rebaudengo, em Milão.

Sua paixão pelo piano, porém, remonta à infância, quando, aos sete anos, já se apresentava em público. Dois anos mais tarde, recebe seu primeiro prêmio: a Medalha de Ouro do Governo do Estado de São Paulo para jovens talentos. No ano de 2007, coroando sua dedicada carreira artística, apresenta-se em concerto exclusivo para o Papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil, interpretando obras de autores alemães, poloneses e brasileiros.

Ficha Técnica

Série Música em Cena - Centro Cultural Fiesp
Teatro Popular do SESI - avenida Paulista, 1313, Cerqueira César, São Paulo (SP)
Orquestra Sinfônica de Sergipe
Guilherme Mannis, regente
Álvaro Siviero, piano
Data: 16 de novembro de 2008, domingo, 12h
Entrada franca

Programa

César, GUERRA-PEIXE
Mourão
Arranjo para grande orquestra de Guilherme Mannis

Ludwig van, BEETHOVEN
Sinfonia nº 7, op. 92, em ré maior
I - Allegro con brio
II - Larghetto
III - Scherzo: Allegro
IV - Allegro Molto

Piotr Ilytch, TCHAIKOVSKY
Concerto para Piano e Orquestra nº 1, em si bemol menor, op. 23
I - Allegro no troppo e molto maestoso; Allegro con spirito
II - Andantino semplice
III - Allegro con fuoco