Com o tema ‘Museus e Direitos Humanos’, foi aberta a terceira edição da Primavera nos Museus, encontro promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), por meio de sua Coordenação de Museus, o Museu do Homem Sergipano, Memorial do Poder Judiciário, Memorial da Bandeira e o Museu Galdino Bicho (IHGSE).

O evento destaca o papel dos museus como espaços de valorização da diversidade cultural e do direito à memória, reconhecendo a cultura como um direito humano, expresso nos modos de vida, rituais e identidades de um povo. O encontro prossegue até o dia 25 deste mês.

“Este evento é muito importante por proporcionar uma integração através dos debates entre museus de Sergipe com o Ministério da Cultura e com o Instituto Brasileiro dos Museus”, definiu o secretário adjunto de Cultura, Marcelo Rangel. O secretário afirma ainda que, por ser um estado com uma rica diversidade cultural, Sergipe precisa estar inserido neste processo. “É fundamental que os museus tenham conhecimento dos projetos e dos temas que o Ibram e o MinC criam para a área da museologia, para assim, traçar diretrizes e metas que rendam um bom resultado e uma boa gestão”, concluiu.

O tema ‘Museus e Direitos Humanos’ busca ainda sensibilizar e mostrar para a sociedade a importância da preservação da memória da diversidade cultural do país. Para a juíza Iracy Marques, que ministrou a conferência de abertura sobre Direitos Humanos, o grande desafio do encontro é discutir e garantir o acesso das pessoas ao museu.

“O evento debateu táticas para que haja uma boa interação entre os museus e a sociedade e nós vamos trabalhar para que isso seja inserido na vivência do sergipano, levando a população aos museus, e garantindo que os cidadãos passem a consumir mais cultura, e consequentemente produzindo mais cultura”, destacou Iracy.

Verônica Nunes, diretora do Museu do Homem Sergipano, explica ainda que o tema relacionado aos Direitos Humanos diz respeito também ao direito que o cidadão tem de ter acesso a todas as coisas, inclusive, ao patrimônio histórico e cultural existente nos museus. “O patrimônio é parte nossa, é uma herança cultural e nós temos que nos conscientizar do que ela é, para que nós possamos entendê-la como nosso direito”, acrescentou.

 “Os museus guardam fragmentos, objetos e recontam a história através destes objetos. Então, quando nós discutimos um tema como este, é com o intuito de deixar evidente o papel dos museus na formação das identidades; proporcionar conhecimento através de discussões extremamente produtivas”, afirmou Verônica Nunes.

Adquirindo Conhecimento

Estudantes do núcleo de museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), professores e pesquisadores da área prestigiaram o evento. “Sergipe tem um bom campo de trabalho para a área de museologia, temos duas cidades de grande importância para a cultura brasileira, mas ainda há problemáticas na área, e encontros como este, só tendem a aliviar estas dificuldades”, afirmou a estudante Lília Renata, do quarto período do curso museologia na UFS.

Para a jovem, eventos como este, são fundamentais para discutir e criar estratégias para modernizar os museus do estado, além de proporcionar uma integração entre estudantes, profissionais e autoridades na área da cultura.

Programação:

24/09 - quinta-feira

Mesa Redonda
Tema: Acessibilidade em Museus
Profª Msc. Cristina Valença
(Núcleo de Museologia/ UFS)
Profª Sandra Baldin
(IPAESE)

25/09 - sexta-feira

Conferência: Direitos Humanos e Cidadania
Profº Paulo Roberto Gomes
(Corregedoria do Tribunal de Justiça)
   
Mesa Redonda
Tema: Museus Sergipanos e Direitos Humanos
Eloisa Galdino
(Secretária de Estado da Cultura)

Arqueologia e Direitos Humanos
Profº Dr. Gilson Rambelli
(Núcleo de Arqueologia/ UFS)