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Quinta-Feira, 19 de Março de 2020 às 11:45:00
Coronavírus: professores da rede estadual apostam em tecnologias em temporada de suspensão de aula
Ambiente virtual da Sala de Aula Invertida e grupos de WhatsApp estimulam o aluno a criar planejamento de estudos, promover discussões virtuais em torno dos assuntos previstos no currículo do ensino médio ensino médio em tempo integral e ensino regular

Desde 2018, o método utilizado pelo professor Flávio Ferreira vem fazendo a diferença nas aulas de história do Ensino Médio em Tempo Integral do Centro de Excelência Santos Dumont, situado no bairro Aeroporto, em Aracaju. A metodologia “Sala de Aula Invertida”, que une as ferramentas tecnológicas, a partir dos ambientes virtuais, com as atividades em sala de aula, agora passa a ser totalmente virtual e mantém o ambiente de aprendizagem em temporada de suspensão de aulas por conta da disseminação do coronavírus.

As tecnologias e ambientes virtuais têm sido ferramentas aliadas em temporada de pandemia e suspensão de aulas nas redes públicas e privadas. Os aplicativos sociais passaram a ser uma ponte entre o professor e o aluno.

Segundo Flávio Ferreira, que criou a metodologia Sala de Aula Invertida, a ideia de aplicar o método surgiu de uma conversa informal com colegas na qual foram discutidas ferramentas americanas que tornam a atividade pedagógica mais eficiente. “Percebemos a possibilidade de trazer essa ideia para nossa realidade. Na universidade, muitos diziam que essa geração seria aquela que dominaria todas os conteúdos digitais. Só que quando chegamos à sala de aula esse cenário era diferente: o jovem tem esse contato, mas o uso seria de pouca produtividade. Portanto, o projeto traria outro significado para uso desses espaços digitais”, explicou o professor.

Para hospedar as videoaulas, intituladas “Pílulas de História”, o professor utiliza plataforma do YouTube e também o Google for Education, a partir de parceria com a Universidade Tiradentes (Unit) estabelecida com a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc). Na prática, o aluno tem a oportunidade de poder otimizar o seu horário de estudo e interagir com as atividades, seja tirando dúvidas ou até mesmo sugerindo métodos de abordagem, podendo acessar quantas vezes quiser.

História do Brasil, Revolução Industrial e Expansão Marítima são alguns dos assuntos compartilhados na plataforma. O aluno João Victor Tebosa afirma que a iniciativa traz outro significado para as aulas presenciais. Para ele, o modelo adotado pelo professor ajuda os alunos que faltaram acompanhar o conteúdo da unidade na íntegra. “Confesso que gostei muito porque é uma área com que me identifico”, disse o jovem protagonista, destaque na eletiva 14-bis, responsável pelo desenvolvimento de um sistema para o gerenciamento do acervo da biblioteca escolar.

O jovem Paulo Renato Martins é outro aluno que aprovou a intervenção pedagógica. “O que eu gosto nessa metodologia é que os ensinamentos vão além do que era feito em sala de aula e permite uma ampla visão do conteúdo que foi disponibilizado pelo professor”, pontuou.

Rever o material estudado no ano anterior é uma das vantagens apontadas pela estudante Sofia Matos Antônio, do 3º ano. “O mercantilismo, por exemplo, foi um assunto que estudamos o ano passado e está disponível para consulta. Isso nos ajuda muito. E ainda tem a questão de tempo, porque eu me organizo melhor e aprendo mais”, disse a jovem do ensino médio em tempo integral.

Para a gestora do Santos Dumont, professora Carla Góes, as ferramentas tecnológicas geram um certo conforto para os jovens que já têm familiaridade com o uso de computadores e smartphones. “É uma área que eles conhecem bem, e é nessa perspectiva que todo o processo se torna mais fácil e eficiente. Além disso, eles desenvolvem o autodidatismo de poder se preparar com antecedência, demonstrando autonomia em suas atividades”, finalizou.

Escola Estadual Poeta Garcia Rosa

Os professores e coordenadores da Escola Estadual Poeta Garcia Rosa, em Aracaju, estão utilizando o aplicativo Google Class, que é um aplicativo gratuito, no qual os professores podem compartilhar atividades, vídeos e mediar aprendizagem, dando orientações e explicações, tanto em grupo como individual.

“Quando soubemos da suspensão das aulas a equipe ligou para alguns alunos, pediu que baixassem o app e entrassem na turma online. Essa semana estamos testando, os alunos estão curtindo, é uma experiência nova, mas está auxiliando os alunos e eles estão correspondendo”, afirma a professora  Maira Varjão.

Centro de Excelência Gonçalo Rolemberg Leite

Para esse período em que a indicação é ficar em casa, o Centro de Excelência Gonçalo Rolemberg Leite criou o grupo de WhatsApp Foco no Enem. Idealizado pela professora Nádia Adriane, de Biologia, com o intuito de minimizar o prejuízo pedagógico da quarentena para os alunos dos 3° anos das modalidades integral e regular.

O grupo atualmente possui 74 participantes e, além dos alunos, fazem parte professores que diariamente enviam materiais de diversas disciplinas e ficam à disposição para solucionar dúvidas e corrigir redações a fim de não paralisar a preparação para o Enem que já vinha sendo desenvolvida presencialmente.

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Coronavírus: professores da rede estadual apostam em tecnologias em temporada de suspensão de aula
Ambiente virtual da Sala de Aula Invertida e grupos de WhatsApp estimulam o aluno a criar planejamento de estudos, promover discussões virtuais em torno dos assuntos previstos no currículo do ensino médio ensino médio em tempo integral e ensino regular
Quinta-Feira, 19 de Março de 2020 às 11:45:00

Desde 2018, o método utilizado pelo professor Flávio Ferreira vem fazendo a diferença nas aulas de história do Ensino Médio em Tempo Integral do Centro de Excelência Santos Dumont, situado no bairro Aeroporto, em Aracaju. A metodologia “Sala de Aula Invertida”, que une as ferramentas tecnológicas, a partir dos ambientes virtuais, com as atividades em sala de aula, agora passa a ser totalmente virtual e mantém o ambiente de aprendizagem em temporada de suspensão de aulas por conta da disseminação do coronavírus.

As tecnologias e ambientes virtuais têm sido ferramentas aliadas em temporada de pandemia e suspensão de aulas nas redes públicas e privadas. Os aplicativos sociais passaram a ser uma ponte entre o professor e o aluno.

Segundo Flávio Ferreira, que criou a metodologia Sala de Aula Invertida, a ideia de aplicar o método surgiu de uma conversa informal com colegas na qual foram discutidas ferramentas americanas que tornam a atividade pedagógica mais eficiente. “Percebemos a possibilidade de trazer essa ideia para nossa realidade. Na universidade, muitos diziam que essa geração seria aquela que dominaria todas os conteúdos digitais. Só que quando chegamos à sala de aula esse cenário era diferente: o jovem tem esse contato, mas o uso seria de pouca produtividade. Portanto, o projeto traria outro significado para uso desses espaços digitais”, explicou o professor.

Para hospedar as videoaulas, intituladas “Pílulas de História”, o professor utiliza plataforma do YouTube e também o Google for Education, a partir de parceria com a Universidade Tiradentes (Unit) estabelecida com a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc). Na prática, o aluno tem a oportunidade de poder otimizar o seu horário de estudo e interagir com as atividades, seja tirando dúvidas ou até mesmo sugerindo métodos de abordagem, podendo acessar quantas vezes quiser.

História do Brasil, Revolução Industrial e Expansão Marítima são alguns dos assuntos compartilhados na plataforma. O aluno João Victor Tebosa afirma que a iniciativa traz outro significado para as aulas presenciais. Para ele, o modelo adotado pelo professor ajuda os alunos que faltaram acompanhar o conteúdo da unidade na íntegra. “Confesso que gostei muito porque é uma área com que me identifico”, disse o jovem protagonista, destaque na eletiva 14-bis, responsável pelo desenvolvimento de um sistema para o gerenciamento do acervo da biblioteca escolar.

O jovem Paulo Renato Martins é outro aluno que aprovou a intervenção pedagógica. “O que eu gosto nessa metodologia é que os ensinamentos vão além do que era feito em sala de aula e permite uma ampla visão do conteúdo que foi disponibilizado pelo professor”, pontuou.

Rever o material estudado no ano anterior é uma das vantagens apontadas pela estudante Sofia Matos Antônio, do 3º ano. “O mercantilismo, por exemplo, foi um assunto que estudamos o ano passado e está disponível para consulta. Isso nos ajuda muito. E ainda tem a questão de tempo, porque eu me organizo melhor e aprendo mais”, disse a jovem do ensino médio em tempo integral.

Para a gestora do Santos Dumont, professora Carla Góes, as ferramentas tecnológicas geram um certo conforto para os jovens que já têm familiaridade com o uso de computadores e smartphones. “É uma área que eles conhecem bem, e é nessa perspectiva que todo o processo se torna mais fácil e eficiente. Além disso, eles desenvolvem o autodidatismo de poder se preparar com antecedência, demonstrando autonomia em suas atividades”, finalizou.

Escola Estadual Poeta Garcia Rosa

Os professores e coordenadores da Escola Estadual Poeta Garcia Rosa, em Aracaju, estão utilizando o aplicativo Google Class, que é um aplicativo gratuito, no qual os professores podem compartilhar atividades, vídeos e mediar aprendizagem, dando orientações e explicações, tanto em grupo como individual.

“Quando soubemos da suspensão das aulas a equipe ligou para alguns alunos, pediu que baixassem o app e entrassem na turma online. Essa semana estamos testando, os alunos estão curtindo, é uma experiência nova, mas está auxiliando os alunos e eles estão correspondendo”, afirma a professora  Maira Varjão.

Centro de Excelência Gonçalo Rolemberg Leite

Para esse período em que a indicação é ficar em casa, o Centro de Excelência Gonçalo Rolemberg Leite criou o grupo de WhatsApp Foco no Enem. Idealizado pela professora Nádia Adriane, de Biologia, com o intuito de minimizar o prejuízo pedagógico da quarentena para os alunos dos 3° anos das modalidades integral e regular.

O grupo atualmente possui 74 participantes e, além dos alunos, fazem parte professores que diariamente enviam materiais de diversas disciplinas e ficam à disposição para solucionar dúvidas e corrigir redações a fim de não paralisar a preparação para o Enem que já vinha sendo desenvolvida presencialmente.