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Sexta-Feira, 30 de Junho de 2017 às 13:13:00
Arraiá do Povo é referência nacional em cultura
Festa conta com atrações de música tradicional nordestina. Seleção via edital dá credibilidade ao evento

A maioria dos sergipanos quando ouve o fole da sanfona ou o toque da zabumba e do triângulo não consegue ficar parado. Os dois para lá e dois para cá são praticamente automáticos, e isso é ainda mais forte quanto o som acontece em um espaço onde a música tradicional junina é presença marcante e exclusiva.  Esta é uma realidade no Arraiá do Povo, evento que completou dez anos em 2017, e que é destaque por todo o país como referência em música e cultura autenticamente nordestina.
 
Há três anos, a festa ganhou o selo de Encontro Nordestino de Cultura, dando mais credibilidade, e acrescentando a sua marca o selo de uma programação formada exclusivamente por artistas que trabalham apenas com a música tradicional junina e na sua valorização. “O que torna o Arraiá do Povo especial é principalmente esta afirmação da festa junina. São João é forró, como o carnaval em Pernambuco é frevo. A grande distinção da festa é consolidar o forró como uma música que identifica um povo, uma cultura, uma religiosidade, afinal a festa junina é a festa dos três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro, e esse arraial é exatamente isso”, destacou o músico Silvério Pessoa durante sua passagem pelo evento no dia 28 de junho.

A satisfação entre os artistas que participam do Arraiá do Povo é uma unanimidade. Sejam os sergipanos ou aqueles de outros estados, a opinião sobre a importância do trabalho de fomento a cultura de tradicional e ao forró autêntico é sempre o mesmo. “O forrozeiro tem no mês de junho seu auge, e estar em Aracaju, participando de uma festa que busca exatamente a nossa valorização é muito especial. O forró representa a cultura do nordeste, da história de Luiz Gonzaga, e Aracaju, por meio desse evento realizado pelo Governo do Estado, está indo na contramão dos outros estados, fazendo valer a sanfona, a zabumba e o triângulo”, frisou o sanfoneiro Enok Virgulino, do grupo baiano Trio Virgulino. 

Sergipano, João da Passarada, que se apresentou no evento na noite de São João, foi uma das 42 atrações sergipanas selecionadas no edital, e também destacou a valorização que está sendo dada pelo Governo aos artistas sergipanos com a festa. “Essa é um evento muito organizado e que representa uma festa de junina de verdade. Com músicos que de fato representam essa vertente da nossa música. Me sinto honrado em ter  participado de tudo isso”, apontou.

Discípulo musical de Dominguinhos, o cantor pernambucano Cezzinha também foi um dos que mais elogiaram o formato do Arraiá do Povo. Para ele é muito importante se ter um polo como esse, completamente familiar e trabalhado na cultura popular. “Tratar o São João com a sua conjunção de nordeste, com as nossas canções e respeitando as tradições que não podemos deixar morrer, é fundamental. Esse é um evento em que não deixamos de resgatar nossos maiores ídolos, como Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Marinês, Sivuca e tantos outros. E é exatamente isso que o faz tão diferente dos outros”, opinou. 

Para os gestores estaduais essa é uma política que precisa ser sempre continuada como forma de incentivo à cultura tradicional. “O Arraiá do Povo engloba todos os valores da cultura nordestina. Tem a música, a dança, as comidas típicas, e o milho – que é o tema central da festa, porque coincide com a época da colheita. Além disso, essa é uma festa familiar, de paz, que dá uma segurança muito grande à população, com os bares e restaurantes, não apenas no local da festa, mas em toda extensão da orla, incrementando a economia local, gerando renda para o povo sergipano”, declarou o governador Jackson Barreto.


“Hoje temos uma inversão de estilos muito grande nas festas juninas por todo o país. E o que procuramos fazer ao chegamos à Secult e trabalharmos para a realização do Arraiá do Povo, foi dar continuidade a esse resgate do forró tradicional que é tão importante”, afirma o secretário de Estado da Cultura, João Augusto Gama. “Fazemos uma política de Estado e não de Governo, por isso, vamos deixar a gestão do Governador Jackson Barreto marcada como aquela que, de fato, devolve à autoestima dos artistas do ciclo junino e da população sergipana que aprecia esse estilo musical”, completa o superintendente executivo da pasta, Irineu Fontes. 


Edital é referência


A cantora alagoana, Wilma Araújo também compartilhou da opinião de que o Arraiá do Povo é uma das principais festas de cultura tradicional do país. Para ela que esteve no evento no dia 25 de junho e foi uma das grandes surpresas desta edição, o formato do Arraiá e o modelo de seleção das atrações, são os grandes diferenciais do São João de Sergipe. “Isso é o que a gente precisa, afinal, nós artistas tradicionais não temos tantas condições de rodar o país como outros grandes artistas. Por isso, quando soubemos do edital fizemos questão de participar, pois tem clareza e demonstrava credibilidade. Sergipe está de parabéns por esse evento. Gostei muito e quero voltar em breve”, celebrou a artista. 

O Arraiá do Povo há três anos formalizou a seleção de suas atrações por meio de edital de chamamento público. Através dele, os artistas se inscrevem em categorias específicas, onde é necessário apresentar documentação técnica, além de portfólio comprobatório do trabalho de cultura regional desenvolvido. A seleção é feita por uma comissão técnica especializada em música e com vasto conhecimento em cultura nordestina. “Nosso edital tem se tornado referência pelos festivais de forró de todo o país. Em Caruaru, inclusive, recebemos a informação de que ele foi adaptado na área de atrações tradicionais e palcos alternativos. Isso nos motiva muito e mostra que estamos no caminho certo”, comemora Thiara Camera, diretora de Políticas Culturais da Secult.

“É muito importante essa afirmação do edital, que vem se consolidando a cada ano. Quero, em especial, agradecer ao Governador Jackson Barreto, por manter essa festa e nesse formato, afinal, temos vivido um momento duro, no sentido da negação da raiz. Essa é uma festa de manifestações genuínas, e quem participa disso aqui, tem muita sorte”, apontou a sergipana Joésia Ramos. 

Tato, vocalista da Falamansa, banda que já foi selecionada duas vezes pelo Edital do Arraiá do Povo, lembrou em sua passagem por Aracaju neste ano que a forma de seleção via edital é uma realidade em vários segmentos do país, e que na música não precisa ser diferente. “Buscar o trabalho através de uma concorrência justa e igualitária é natural em várias vertentes, então porque não fazer também na música? Acho isso válido e acho que no poder público, que cada dia mais tem dificuldades de orçamento, isso é ainda mais importante”, lembrou. 

Este ano o Arraiá do Povo aconteceu durante os dias 22 de junho e 1º de julho, somando dez dias de festa na Orla de Atalaia e reunindo milhares de turistas e visitantes. A Festa foi promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com patrocínio do Banese Corretora de Seguros, Caixa Econômica Federal e apoio da Unit, Maratá, Sebrae, Fundação Aperipê, Secretaria de Estado do Turismo e Assembleia Legislativa. Participaram do evento a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), a Polícia Militar, Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, Defesa Civil, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Inclusão Social, Secretaria de Comunicação, Emsetur, Pacific Eventos e BHS Eventos. 
 

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Arraiá do Povo é referência nacional em cultura
Festa conta com atrações de música tradicional nordestina. Seleção via edital dá credibilidade ao evento
Sexta-Feira, 30 de Junho de 2017 às 13:13:00

A maioria dos sergipanos quando ouve o fole da sanfona ou o toque da zabumba e do triângulo não consegue ficar parado. Os dois para lá e dois para cá são praticamente automáticos, e isso é ainda mais forte quanto o som acontece em um espaço onde a música tradicional junina é presença marcante e exclusiva.  Esta é uma realidade no Arraiá do Povo, evento que completou dez anos em 2017, e que é destaque por todo o país como referência em música e cultura autenticamente nordestina.
 
Há três anos, a festa ganhou o selo de Encontro Nordestino de Cultura, dando mais credibilidade, e acrescentando a sua marca o selo de uma programação formada exclusivamente por artistas que trabalham apenas com a música tradicional junina e na sua valorização. “O que torna o Arraiá do Povo especial é principalmente esta afirmação da festa junina. São João é forró, como o carnaval em Pernambuco é frevo. A grande distinção da festa é consolidar o forró como uma música que identifica um povo, uma cultura, uma religiosidade, afinal a festa junina é a festa dos três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro, e esse arraial é exatamente isso”, destacou o músico Silvério Pessoa durante sua passagem pelo evento no dia 28 de junho.

A satisfação entre os artistas que participam do Arraiá do Povo é uma unanimidade. Sejam os sergipanos ou aqueles de outros estados, a opinião sobre a importância do trabalho de fomento a cultura de tradicional e ao forró autêntico é sempre o mesmo. “O forrozeiro tem no mês de junho seu auge, e estar em Aracaju, participando de uma festa que busca exatamente a nossa valorização é muito especial. O forró representa a cultura do nordeste, da história de Luiz Gonzaga, e Aracaju, por meio desse evento realizado pelo Governo do Estado, está indo na contramão dos outros estados, fazendo valer a sanfona, a zabumba e o triângulo”, frisou o sanfoneiro Enok Virgulino, do grupo baiano Trio Virgulino. 

Sergipano, João da Passarada, que se apresentou no evento na noite de São João, foi uma das 42 atrações sergipanas selecionadas no edital, e também destacou a valorização que está sendo dada pelo Governo aos artistas sergipanos com a festa. “Essa é um evento muito organizado e que representa uma festa de junina de verdade. Com músicos que de fato representam essa vertente da nossa música. Me sinto honrado em ter  participado de tudo isso”, apontou.

Discípulo musical de Dominguinhos, o cantor pernambucano Cezzinha também foi um dos que mais elogiaram o formato do Arraiá do Povo. Para ele é muito importante se ter um polo como esse, completamente familiar e trabalhado na cultura popular. “Tratar o São João com a sua conjunção de nordeste, com as nossas canções e respeitando as tradições que não podemos deixar morrer, é fundamental. Esse é um evento em que não deixamos de resgatar nossos maiores ídolos, como Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Marinês, Sivuca e tantos outros. E é exatamente isso que o faz tão diferente dos outros”, opinou. 

Para os gestores estaduais essa é uma política que precisa ser sempre continuada como forma de incentivo à cultura tradicional. “O Arraiá do Povo engloba todos os valores da cultura nordestina. Tem a música, a dança, as comidas típicas, e o milho – que é o tema central da festa, porque coincide com a época da colheita. Além disso, essa é uma festa familiar, de paz, que dá uma segurança muito grande à população, com os bares e restaurantes, não apenas no local da festa, mas em toda extensão da orla, incrementando a economia local, gerando renda para o povo sergipano”, declarou o governador Jackson Barreto.


“Hoje temos uma inversão de estilos muito grande nas festas juninas por todo o país. E o que procuramos fazer ao chegamos à Secult e trabalharmos para a realização do Arraiá do Povo, foi dar continuidade a esse resgate do forró tradicional que é tão importante”, afirma o secretário de Estado da Cultura, João Augusto Gama. “Fazemos uma política de Estado e não de Governo, por isso, vamos deixar a gestão do Governador Jackson Barreto marcada como aquela que, de fato, devolve à autoestima dos artistas do ciclo junino e da população sergipana que aprecia esse estilo musical”, completa o superintendente executivo da pasta, Irineu Fontes. 


Edital é referência


A cantora alagoana, Wilma Araújo também compartilhou da opinião de que o Arraiá do Povo é uma das principais festas de cultura tradicional do país. Para ela que esteve no evento no dia 25 de junho e foi uma das grandes surpresas desta edição, o formato do Arraiá e o modelo de seleção das atrações, são os grandes diferenciais do São João de Sergipe. “Isso é o que a gente precisa, afinal, nós artistas tradicionais não temos tantas condições de rodar o país como outros grandes artistas. Por isso, quando soubemos do edital fizemos questão de participar, pois tem clareza e demonstrava credibilidade. Sergipe está de parabéns por esse evento. Gostei muito e quero voltar em breve”, celebrou a artista. 

O Arraiá do Povo há três anos formalizou a seleção de suas atrações por meio de edital de chamamento público. Através dele, os artistas se inscrevem em categorias específicas, onde é necessário apresentar documentação técnica, além de portfólio comprobatório do trabalho de cultura regional desenvolvido. A seleção é feita por uma comissão técnica especializada em música e com vasto conhecimento em cultura nordestina. “Nosso edital tem se tornado referência pelos festivais de forró de todo o país. Em Caruaru, inclusive, recebemos a informação de que ele foi adaptado na área de atrações tradicionais e palcos alternativos. Isso nos motiva muito e mostra que estamos no caminho certo”, comemora Thiara Camera, diretora de Políticas Culturais da Secult.

“É muito importante essa afirmação do edital, que vem se consolidando a cada ano. Quero, em especial, agradecer ao Governador Jackson Barreto, por manter essa festa e nesse formato, afinal, temos vivido um momento duro, no sentido da negação da raiz. Essa é uma festa de manifestações genuínas, e quem participa disso aqui, tem muita sorte”, apontou a sergipana Joésia Ramos. 

Tato, vocalista da Falamansa, banda que já foi selecionada duas vezes pelo Edital do Arraiá do Povo, lembrou em sua passagem por Aracaju neste ano que a forma de seleção via edital é uma realidade em vários segmentos do país, e que na música não precisa ser diferente. “Buscar o trabalho através de uma concorrência justa e igualitária é natural em várias vertentes, então porque não fazer também na música? Acho isso válido e acho que no poder público, que cada dia mais tem dificuldades de orçamento, isso é ainda mais importante”, lembrou. 

Este ano o Arraiá do Povo aconteceu durante os dias 22 de junho e 1º de julho, somando dez dias de festa na Orla de Atalaia e reunindo milhares de turistas e visitantes. A Festa foi promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com patrocínio do Banese Corretora de Seguros, Caixa Econômica Federal e apoio da Unit, Maratá, Sebrae, Fundação Aperipê, Secretaria de Estado do Turismo e Assembleia Legislativa. Participaram do evento a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), a Polícia Militar, Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, Defesa Civil, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Inclusão Social, Secretaria de Comunicação, Emsetur, Pacific Eventos e BHS Eventos.