Os estudantes da Escola Família Agrícola de Ladeirinhas, localizada no município de Japoatã, unidade escolar circunscrita à Diretoria Regional de Educação 6 (DRE 6), no período de 7 a 13 de novembro, irão apresentar os trabalhos de conclusão do curso técnico Agropecuário Integrado ao Ensino Médio. Na ocasião, oito estudantes irão expor, de maneira individual, os resultados das pesquisas realizadas.

"Este trabalho marca o fim de um ciclo iniciado quando os alunos começaram seus estudos nesta instituição de ensino em 2015. A atividade é pré-requisito para conclusão do curso técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio. Além disso, é o resultado do Projeto Profissional do Jovem (PPJ) ", afirma o diretor Carlos Wagner dos Santos.

Conforme disse Carlos Wagner dos Santos, a Escola Família Agrícola de Ladeirinhas desempenha um papel de fundamental importância na região do Baixo São Francisco Sergipano, formando Técnicos em Agropecuária desde 2009.

"Além de capacitar mão de obra para o mercado de trabalho, a instituição forma também jovens protagonistas de suas vidas, capazes tanto de ocupar cargos como técnicos em agropecuária na região ou em qualquer lugar do Brasil, como capazes de agir em suas comunidades a fim de transformar suas realidades vivendo de maneira digna com suas famílias sempre calcados nos princípios da agroecologia", salienta.

O professor menciona também que o trabalho do jovem José Francisco dos Santos, que será exposto no evento, também foi apresentado em eventos nacionais e teve repercussão em diversos sites de notícias. "Trata-se de uma técnica que substitui o manejo do arroz com agrotóxicos por cultivo do grão com defensivos naturais.  O estudante participou  do VI Congresso Latino Americano, X Congresso Brasileiro, V Seminário do DF e entorno de Agroecologia 2017, que aconteceram no período de 12 a 15 de setembro em Brasília", informa o diretor.

Participarão do evento, a banca examinadora, toda a comunidade escolar e os convidados dos discentes. Dentre os projetos de pesquisas estão os elementos biofísicos favoráveis à produção e ao cultivo da mangaba; a olericultura do pimentão e o método de irrigação associado a uma alternativa sustetável de produção agroecológica geoambiental; tubetes plásticos na promoção de maior desenvolvimento de mudas frutíferas; conservas de pimenta malagueta; mapeamento de guardiões de semeneste crioulas;  eficácia da raspa da mandioca na alimentção de frango de corte; cultico do maracujá amarelo azedo e a transição do arroz convencional para o agroecológico. 

Escola Família Agrícola

A unidade escolar funciona em regime de comodato com o Estado, Associação Mantenedora da Escola Família Agrícola de Ladeirinhas "A" (Amefal), movimentos sociais, a exemplo do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento dos Sem-Terra (MST), da Rede das Escolas de Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido Baiano (Refaisa), Caritas Propriá, Embrapa, IFS São Cristóvão e Codesvasf.

Atualmente são 67 estudantes cursando os ensinos Médio e Técnico integrados. Os alunos ingressam na escola no 1º ano em semi-internato e para terminarem o curso de Agropecuária têm que realizar um Projeto Profissional Jovem (PPJ).

A didática utilizada na escola é a denominada Prática Pedagógica da Alternância, na qual se utiliza uma série de ferramentas práticas. "É um curso técnico de Agropecuária com internato em regime de alternância. A ideia é de que quem ingresse na escola traga demandas da comunidade. Eles têm a contribuição dos professores e retornam para a comunidade com alguma ação proposta na escola", explicou Carlos Wagner dos Santos, diretor da unidade escolar.