A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), por meio do Departamento de Alimentação Escolar (DAE), promoveu uma reunião de extrema importância para garantir ainda mais qualidade para a merenda escolar da rede pública estadual de ensino. A reunião foi composta pela Comissão da Agricultura Familiar, com os representantes das cooperativas dessa vertente da agricultura, e pelas servidoras do DAE Lucileide Rodrigues, Gabrielle Silva e Kátia Pacheco. O encontro teve como objetivo receber as assinaturas dos contratos de compromisso dessas organizações, selecionadas por meio da Chamada Pública nº 1/2024, em oferecer itens alimentícios destinados aos estudantes da rede estadual.

O encontro aconteceu na sede da Seduc, contando com 11 das 12 cooperativas convocadas no edital. Na ocasião, a diretora do DAE, Lucileide Rodrigues, descreveu que, neste ano, a Seduc irá contemplar novas cooperativas e incluir produtores individuais e novos produtos no cardápio escolar. “A nossa chamada pública tem o objetivo de beneficiar o pequeno agricultor. Nós buscamos firmar com eles a primeira entrega da agricultura familiar para nossas escolas. Se pararmos para pensar direito, vemos um movimento bacana feito pela agricultura familiar. O agricultor colhe, oferece à escola, o filho do agricultor come na escola o que ele planta, e o agricultor obtém a renda e melhora a qualidade de vida dessa família, bem como a educação alimentar dos nossos alunos na rede pública estadual”, explica.

Para este ano, a Seduc investiu exatos R$ 9.742.601,34 para a aquisição de itens alimentícios produzidos por agricultores familiares vindos diretamente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em comparação ao ano passado, o Governo de Sergipe proporcionou um aumento do investimento nesse setor de, aproximadamente, 76% (R$ 5,5 milhões em 2023).

Além de ser um compromisso firmado pela Seduc, um dos fatores primordiais para que isso ocorresse foi a adição e oferta de novos produtos, como é o caso da introdução de frutas como o abacaxi e o melão. Com isso, as merendas escolares recebem 19 itens advindos da produção de agricultura familiar.

Agricultura familiar

O presidente da Cooperativa de Produção e Comercialização e Prestação de Serviço dos Agricultores Familiares de Indiaroba e Região (Coopac), Jadson Lourenço, detalha a aproximação entre Seduc e agricultores familiares, que tem aberto portas para a oferta de novos produtos produzidos nos assentamentos, a exemplo do melão. “A gente vai trabalhar com o melão nas áreas das escolas integrais, e pode ser que a oferta aumente no futuro, podendo chegar a todo o estado. Para a nossa comunidade, isso é muito bom, porque dá uma base para organizar a produção dos agricultores e expandir mais ainda”, descreve o presidente.

Após o primeiro ano de oferta e de grande aprovação do camarão na merenda escolar, as escolas da rede pública estadual continuarão recebendo esse fruto do mar em sua alimentação em 2024. O diretor de compra e logística do Grupo de Jovens Cooperativistas da Colônia Sucupira (Cooperafir), Silvio Felício, comenta que essa inserção é positiva para a comunidade acadêmica, assim como para a economia local. “Indiaroba foi a primeira cidade a colocar o camarão na alimentação escolar. Pegamos os pequenos agricultores, e com o incentivo da Seduc, podemos contribuir com ela”, afirma.

De acordo com o secretário de Estado da Educação e Cultura, Zezinho Sobral, o compromisso da Seduc com a agricultura familiar valoriza os produtos da terra e cria uma economia solidária forte. “Estamos mais uma vez juntos com os agricultores familiares, pois sabemos a importância deles na alimentação dos nossos alunos. E não só isso, também fortalece a relação com o pequeno agricultor. Nossa determinação é para que essa relação se fortaleça cada vez mais”, adiciona o secretário.