A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) promoveu nesta semana o evento que marcou o encontro de sensibilização do 'Programa Acolher em rede: construindo pontes intersetoriais'. Diretamente do auditório da Diretoria Regional de Educação do Agreste Central Sergipano (DRE 3), em Itabaiana, profissionais do Programa Acolher reuniram-se para abordar a importância do diálogo com outras instituições e a articulação entre a rede que compõe o sistema de proteção da criança e do adolescente com a do Programa Acolher, promovendo ações de combate à violência e de assistência social que beneficiam todo o ambiente escolar.

O evento, que contou com a participação de representantes das secretarias municipais de Saúde e Assistência Social, bem como do Terceiro Batalhão da Polícia Militar e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), teve como foco central, é claro, o programa Acolher. Além disso, o encontro contou com a presença de representantes dos conselhos tutelares dos 14 municípios da região do agreste.

De acordo com o diretor da regional, Gladston dos Santos, foi discutido durante o evento como funciona o Acolher e os atendimentos prestados após a sua intervenção inicial nas escolas. Foi ressaltado que o programa opera por meio de parcerias e redes de apoio, visando a fornecer assistência aos estudantes que necessitam de atendimento psicossocial. Essa abordagem colaborativa e interdisciplinar foi enfatizada como essencial para o sucesso do programa, garantindo um suporte abrangente e eficaz aos membros da comunidade escolar.

O evento foi realizado em dois momentos. No primeiro, houve a abertura e breves palestras explicativas sobre a função social do psicólogo e do assistente social na escola, com apresentação da equipe psicossocial da própria DRE 3. No segundo, foi feita uma revisão de alguns estudos de casos de possíveis situações que ocorreriam durante a aplicação do Programa Acolher nas instituições.

A importância da ligação entre setores

Raquel de Oliveira, assistente social do Acolher e palestrante no encontro, detalhou a dinâmica desses estudos de caso. A intenção era promover o entendimento sobre a necessidade de encaminhamentos adequados para essas situações, envolvendo os diversos órgãos da rede de proteção. Grupos foram divididos para discussões que abordaram casos fictícios relacionados a temas como o suicídio, violência sexual e transfobia.

“Fizemos isso para que eles mesmos percebessem que há uma necessidade de medidas serem executadas. De nada adianta lidarmos com esses tipos de situações nas escolas se não conseguirmos dar um encaminhamento adequado para os outros órgãos. A escola tem um limite na questão de até onde podemos conduzir tais situações alinhadas à assistência social. Por isso, essa ligação intersetorial é de extrema importância”, destacou Raquel.

Um dos palestrantes foi o coordenador estadual do Programa Acolher, Pedro Santana. Ele mencionou a realização de um evento significativo que reuniu esses setores, visando a uma interação constante entre o Acolher e a rede de proteção, para melhor atender às necessidades dos estudantes em situações de violência percebidas e/ou praticadas.

“Quando fazemos um evento dessa envergadura, temos a grande preocupação de entender que nossos alunos são protegidos pelo que rege o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A DRE 3 fez um belíssimo trabalho e conseguiu reunir essa rede de proteção e de garantias que envolve toda essa corrente, que tem como grande objetivo pensar nas condições de vida e de estabilidade socioemocional das nossas crianças e adolescentes que estão no universo escolar”, finalizou o coordenador.