A data de 5 de março já era considerada importante no cenário cultural brasileiro por marcar o dia de aniversário do ícone da música clássica, Heitor Villa-Lobos. Agora, esta data também passa a ser significativa no calendário da cultura sergipana por sinalizar o retorno do público à Sala de Concertos Villa-Lobos, do Conservatório de Música de Sergipe (CMSE). A solenidade de reinauguração do espaço aconteceu na noite da terça-feira, 5, com uma programação memorável que contou com a apresentação da Orquestra Aprendiz e do Coral de Musicalização do CMSE, além do concerto ‘Contrapontos’, de João Ventura.
Considerado um dos auditórios com melhor acústica do país e da América Latina, a Sala Villa-Lobos ficou fechada ao público por 15 anos. Para resolver esse problema, o Governo de Sergipe investiu R$ R$ 3.794.248,20 e implementou uma obra de engenharia abrangente no prédio do conservatório, incluindo adaptações de acessibilidade e modernização e melhorias no sistema hidrossanitário e pluviométrico, um problema antigo da instituição que tem um engenhoso sistema de drenagem no seu subterrâneo.
A Sala Villa-Lobos está localizada estrategicamente no Centro de Aracaju. Nela foram construídas novas arquibancadas com confortáveis poltronas. Além disso, toda a sala ganhou revestimento em carpete. Velhos tubos de ar-condicionado foram substituídos por novas instalações e foi feita revisão das instalações elétricas. Com total acessibilidade, também foram instalados corrimão e guarda-copos e foi posta em prática a execução de acesso à arquibancada com sinalização nos degraus.
O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, disse sentir-se feliz por proporcionar essa entrega porque o Conservatório está no coração do povo sergipano. ʺA Sala Villa-Lobos, um marco histórico no estado de Sergipe, é reconhecida por sua excepcional acústica, que inclusive foi elogiada por Baden Powell como uma das melhores que ele experimentou na América Latina. Esta autêntica sala de concertos, situada no coração de Aracaju, tem capacidade para acomodar confortavelmente 277 pessoas, oferecendo um espaço ideal para os apreciadores de boa músicaʺ, afirmou.
O diretor do Conservatório de Música de Sergipe, Heitor Mendonça, lembrou que após um período de mais de 15 anos fechada, a Sala Villa-Lobos reabre suas portas, marcando um momento triunfal para a comunidade do Conservatório de Música de Sergipe. “Esta reabertura ocorre em um período particularmente notável para a instituição, que vem experimentando um renascimento cultural e um crescente interesse pela música. Este entusiasmo é evidente no aumento recorde de participações nos processos seletivos da instituição, ano após ano, refletindo o crescente apreço da população sergipana pelo estudo musical oferecido pelo Conservatório. Por todos esses motivos, a gente está muito feliz com essa obra que foi realizada pelo Governo de Sergipe”, celebrou.
A Sala Villa-Lobos está aberta à sociedade sergipana e contará com uma programação anual de concertos, saraus, oficinas e minicursos que serão oferecidos pelo Conservatório de Música de Sergipe.
Comenda Genaro Plech
A solenidade foi marcada pela entrega da Comenda Genaro Plech, fundador do Conservatório de Música de Sergipe, em 1945, cujo legado e contribuições para a música sergipana são celebrados até os dias atuais.
A Comenda reconhece indivíduos e entidades que fizeram contribuições significativas para o conservatório e para a cultura musical em Sergipe. A comenda será entregue em uma cerimônia formal durante a reinauguração da Sala Villa-Lobos, enfatizando o valor dos homenageados para o conservatório e para a cultura sergipana.
Foram homenageados o governador Fábio Mitidieri, José Macedo Sobral, José Carlos Carvalho de Mendonça, Maria da Cruz Silva, Maria Nivalda de Oliveira Kirmse, Maria Hortência Pimentel Santos, Aglaé D'Ávila Fontes, Marlize de Carvalho Santos Dias, Paulo César Prado Andrade, Vânia Souza Ferreira, Vânia Maria Barroso Santana, Ederlinda Vieira Almeida, Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do Nascimento, Luiz Alberto Santos de Jesus, Maria Olivia Silveira e Antônio Alvino Argollo.
Instrumentos musicais
Na oportunidade de inauguração, o CMSE recebeu 12 acordeons e sanfonas doados por parte da Receita Federal, que serão incorporados ao patrimônio do Estado e utilizados nas oficinas do Conservatório. A vinda desses instrumentos representa uma grande contribuição no fortalecimento da regionalidade, a oportunidade de expandir a educação musical e o estímulo ao talento local.
Os instrumentos serão utilizados nos cursos oferecidos pelo Conservatório, a exemplo das oficinas de Musicalização Infantil, Oficinas de Música (Curso Rápido), Minicursos de Férias (Oficina), Curso de Formação Inicial para músicos de Banda e Orquestra, Curso de Formação Continuada para músicos de Banda e Orquestra, Curso Técnico em Instrumento Musical e Curso Técnico em Canto
História
O Conservatório de Música de Sergipe foi fundado pelo Professor Genaro Plech, no ano de 1945, por meio do Decreto-Lei n° 840, de 28 de novembro, no Governo de Hunaldo Santaflor Cardoso, sendo, desta feita, denominado Instituto de Música e Canto Orfeônico de Sergipe, cuja finalidade era formar profissionais aptos ao Ensino de Música e Canto Orfeônico. Posteriormente, com a retirada da disciplina Canto Orfeônico do ensino regular, em meados da década de 1960, o CMSE passou a ser chamado de Instituto de Música de Sergipe.
Até chegar à sua sede própria e mudar novamente de denominação, o Instituto de Música de Sergipe passou por vários endereços, sempre ocupando prédios cedidos pelo poder público, entre os quais: o prédio onde atualmente está localizada a Procuradoria Geral do Estado, no Parque Teófilo Dantas. Outro endereço foi a antiga sede da Escola Normal, hoje Rua do Turista, e ocupou também o Fórum na rua de Itaporanga. Somente em 14 de março de 1971, sob a direção do professor Leozírio Guimarães, foi inaugurada a sede própria e atual, situada na rua Boquim, quando, por determinação do então governador Dr. João Andrade Garcez e do secretário de Educação e Cultura, Dr. Nestor Piva, passou a denominar-se Conservatório de Música de Sergipe.
Ao longo de sua história, o CMSE passou por várias mudanças de gestão, geralmente contemplando em sua direção grandes músicos sergipanos, a exemplo dos dois professores e maestros supracitados, Genaro Plech e Leozírio Guimarães, assim como se submeteu, por algumas ocasiões, a mudanças de subordinação.
A data de 5 de março já era considerada importante no cenário cultural brasileiro por marcar o dia de aniversário do ícone da música clássica, Heitor Villa-Lobos. Agora, esta data também passa a ser significativa no calendário da cultura sergipana por sinalizar o retorno do público à Sala de Concertos Villa-Lobos, do Conservatório de Música de Sergipe (CMSE). A solenidade de reinauguração do espaço aconteceu na noite da terça-feira, 5, com uma programação memorável que contou com a apresentação da Orquestra Aprendiz e do Coral de Musicalização do CMSE, além do concerto ‘Contrapontos’, de João Ventura.
Considerado um dos auditórios com melhor acústica do país e da América Latina, a Sala Villa-Lobos ficou fechada ao público por 15 anos. Para resolver esse problema, o Governo de Sergipe investiu R$ R$ 3.794.248,20 e implementou uma obra de engenharia abrangente no prédio do conservatório, incluindo adaptações de acessibilidade e modernização e melhorias no sistema hidrossanitário e pluviométrico, um problema antigo da instituição que tem um engenhoso sistema de drenagem no seu subterrâneo.
A Sala Villa-Lobos está localizada estrategicamente no Centro de Aracaju. Nela foram construídas novas arquibancadas com confortáveis poltronas. Além disso, toda a sala ganhou revestimento em carpete. Velhos tubos de ar-condicionado foram substituídos por novas instalações e foi feita revisão das instalações elétricas. Com total acessibilidade, também foram instalados corrimão e guarda-copos e foi posta em prática a execução de acesso à arquibancada com sinalização nos degraus.
O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, disse sentir-se feliz por proporcionar essa entrega porque o Conservatório está no coração do povo sergipano. ʺA Sala Villa-Lobos, um marco histórico no estado de Sergipe, é reconhecida por sua excepcional acústica, que inclusive foi elogiada por Baden Powell como uma das melhores que ele experimentou na América Latina. Esta autêntica sala de concertos, situada no coração de Aracaju, tem capacidade para acomodar confortavelmente 277 pessoas, oferecendo um espaço ideal para os apreciadores de boa músicaʺ, afirmou.
O diretor do Conservatório de Música de Sergipe, Heitor Mendonça, lembrou que após um período de mais de 15 anos fechada, a Sala Villa-Lobos reabre suas portas, marcando um momento triunfal para a comunidade do Conservatório de Música de Sergipe. “Esta reabertura ocorre em um período particularmente notável para a instituição, que vem experimentando um renascimento cultural e um crescente interesse pela música. Este entusiasmo é evidente no aumento recorde de participações nos processos seletivos da instituição, ano após ano, refletindo o crescente apreço da população sergipana pelo estudo musical oferecido pelo Conservatório. Por todos esses motivos, a gente está muito feliz com essa obra que foi realizada pelo Governo de Sergipe”, celebrou.
A Sala Villa-Lobos está aberta à sociedade sergipana e contará com uma programação anual de concertos, saraus, oficinas e minicursos que serão oferecidos pelo Conservatório de Música de Sergipe.
Comenda Genaro Plech
A solenidade foi marcada pela entrega da Comenda Genaro Plech, fundador do Conservatório de Música de Sergipe, em 1945, cujo legado e contribuições para a música sergipana são celebrados até os dias atuais.
A Comenda reconhece indivíduos e entidades que fizeram contribuições significativas para o conservatório e para a cultura musical em Sergipe. A comenda será entregue em uma cerimônia formal durante a reinauguração da Sala Villa-Lobos, enfatizando o valor dos homenageados para o conservatório e para a cultura sergipana.
Foram homenageados o governador Fábio Mitidieri, José Macedo Sobral, José Carlos Carvalho de Mendonça, Maria da Cruz Silva, Maria Nivalda de Oliveira Kirmse, Maria Hortência Pimentel Santos, Aglaé D'Ávila Fontes, Marlize de Carvalho Santos Dias, Paulo César Prado Andrade, Vânia Souza Ferreira, Vânia Maria Barroso Santana, Ederlinda Vieira Almeida, Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do Nascimento, Luiz Alberto Santos de Jesus, Maria Olivia Silveira e Antônio Alvino Argollo.
Instrumentos musicais
Na oportunidade de inauguração, o CMSE recebeu 12 acordeons e sanfonas doados por parte da Receita Federal, que serão incorporados ao patrimônio do Estado e utilizados nas oficinas do Conservatório. A vinda desses instrumentos representa uma grande contribuição no fortalecimento da regionalidade, a oportunidade de expandir a educação musical e o estímulo ao talento local.
Os instrumentos serão utilizados nos cursos oferecidos pelo Conservatório, a exemplo das oficinas de Musicalização Infantil, Oficinas de Música (Curso Rápido), Minicursos de Férias (Oficina), Curso de Formação Inicial para músicos de Banda e Orquestra, Curso de Formação Continuada para músicos de Banda e Orquestra, Curso Técnico em Instrumento Musical e Curso Técnico em Canto
História
O Conservatório de Música de Sergipe foi fundado pelo Professor Genaro Plech, no ano de 1945, por meio do Decreto-Lei n° 840, de 28 de novembro, no Governo de Hunaldo Santaflor Cardoso, sendo, desta feita, denominado Instituto de Música e Canto Orfeônico de Sergipe, cuja finalidade era formar profissionais aptos ao Ensino de Música e Canto Orfeônico. Posteriormente, com a retirada da disciplina Canto Orfeônico do ensino regular, em meados da década de 1960, o CMSE passou a ser chamado de Instituto de Música de Sergipe.
Até chegar à sua sede própria e mudar novamente de denominação, o Instituto de Música de Sergipe passou por vários endereços, sempre ocupando prédios cedidos pelo poder público, entre os quais: o prédio onde atualmente está localizada a Procuradoria Geral do Estado, no Parque Teófilo Dantas. Outro endereço foi a antiga sede da Escola Normal, hoje Rua do Turista, e ocupou também o Fórum na rua de Itaporanga. Somente em 14 de março de 1971, sob a direção do professor Leozírio Guimarães, foi inaugurada a sede própria e atual, situada na rua Boquim, quando, por determinação do então governador Dr. João Andrade Garcez e do secretário de Educação e Cultura, Dr. Nestor Piva, passou a denominar-se Conservatório de Música de Sergipe.
Ao longo de sua história, o CMSE passou por várias mudanças de gestão, geralmente contemplando em sua direção grandes músicos sergipanos, a exemplo dos dois professores e maestros supracitados, Genaro Plech e Leozírio Guimarães, assim como se submeteu, por algumas ocasiões, a mudanças de subordinação.
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