A segunda edição da Olimpíada Dom Luciano de Foguetes (ODLFOG) foi realizada entre os dias 16 e 18 de abril, no Parque da Sementeira, em Aracaju, com a participação de mais de 650 alunos do Ensino Médio em Tempo Integral. A iniciativa é do Centro de Excelência Dom Luciano José Cabral Duarte, em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) e com a Secretaria de Estado de Educação e da Cultura (Seduc).

O principal objetivo da competição é fomentar o interesse pela ciência e tecnologia, incentivando a criatividade e o trabalho em equipe. Ao longo do processo de construção e lançamento dos foguetes, os alunos têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades práticas, desde a concepção da estrutura, com a garrafa pet como material principal, até a análise dos resultados obtidos.

O idealizador da Olimpíada, o professor de Física Tiago Viana, celebrou a realização do evento. “A ODLFOG promove a iniciação científica na construção de foguetes de garrafa pet e outros materiais. Esta segunda edição contou com a participação de mais de 650 alunos e 35 professores”, pontuou.

Tiago destacou ainda suas principais impressões sobre o evento. “A competição de foguetes foi um sucesso. Tivemos lançamentos recordes e concluímos antes do horário previsto. Os alunos ficaram muito animados e ansiosos para o próximo lançamento. Os resultados da competição serão enviados para a Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog). Com isso, a equipe participa de competições regionais e nacionais de foguetes, os alunos recebem bolsas para participar de seletivas internacionais, e o objetivo é aprimorar o projeto e participar de eventos cada vez maiores”, detalhou.

A aluna Eduarda Almeida explicou como funciona a construção de um foguete. “Apoiamos o foguete no lançador e, em seguida, rompemos a bexiga de látex contendo o vinagre para que entre em contato com o bicarbonato de sódio, o que faz com que o foguete suba. Esta é a segunda vez que participo e, no ano passado, o foguete atingiu a altura de 89 metros”, acrescentou.

O projeto abrange diversos campos do conhecimento, incluindo Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática, proporcionando uma experiência multidisciplinar valiosa. A olimpíada se apresenta como uma iniciativa estimulante para o aprendizado de ciências afins, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades e competências relevantes para o sucesso acadêmico e profissional. Além disso, há o incentivo à participação na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a participação na Mobfog.

O estudante Flávio José, do Dom Luciano, avalia a importância da iniciativa. “Queremos ir para a Mobfog, no Rio de Janeiro, e a Olimpíada Dom Luciano de Foguetes é o primeiro passo para a gente. Este é um momento muito especial para nós, em que nos dedicamos à química, à física e à aerodinâmica, que são matérias bem trabalhosas, mas muito legais e importantes. O foguete da minha equipe se chama Apolo, uma homenagem que fizemos para a Nasa. Achamos bem atrativo o resultado”, complementou.

A aluna Iris Gomes, também do Dom Luciano, afirmou que é a primeira vez que está lançando um foguete, e está muito feliz. “Espero que tudo corra bem e que ele voe bem alto, mesmo que eu não ganhe a olimpíada. O importante é participar e se divertir. Nosso foguete foi inspirado nas estrelas e decorado com muito brilho dourado”, enfatizou.

A estudante Rebecca Dantas participou da Mostra Brasileira de Foguetes na edição de 2023. “Obtive o segundo lugar, e isso me proporcionou a oportunidade de representar todas as mulheres de Aracaju no estado do Rio de Janeiro. Estou muito feliz e honrada por essa conquista”, finalizou.