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Segunda-Feira, 20 de Novembro de 2023 às 17:00:00
Escolas da rede pública estadual desenvolvem ações em prol do ensino antirracista
As ações acontecem em alusão ao dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro e continuam ao longo do ano letivo

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, escolas da rede pública de todo o estado de Sergipe realizam ações em celebração a uma data significativa para a história do país. As ações trabalham com os estudantes a educação antirracista, o protagonismo e o respeito dentro e fora do espaço escolar.

As escolas desenvolvem ações e eventos durante todo o ano, com base na Lei nº 10.639/2003, que traz para a discussão e para o ensino-aprendizagem a temática da educação antirracista e a prevenção aos diversos tipos de preconceito. Com isso, o Dia da Consciência Negra não limita suas ações apenas ao 20 de novembro, mas durante todo o ano.

O Centro de Excelência Jonas Amaral, em Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de Aracaju, trabalhou com os alunos do projeto de pesquisa ‘Cinema e Afrofuturismo’, uma mostra fotográfica com os alunos da instituição. O projeto também desenvolve um grupo de estudos com bolsistas sobre a estética afrofuturista e a produção de um vídeo.

Por meio do projeto, os alunos estudam a estética afrofuturista, movimento cultural que valoriza o passado e o futuro, a fim de reconstruir a história apagada e ajudar a imaginar um futuro diferente para as pessoas negras, utilizando o cinema e a pintura como fontes principais de inspiração. Além do estudo, os estudantes produziram uma série fotográfica com os alunos afrodescendentes da escola.

O orientador do projeto, o professor de filosofia José Figueiredo, afirma que a iniciativa vem da necessidade da pesquisa sobre o afrofuturismo no cinema e na sociedade, e a aplicação técnica dos conhecimentos adquiridos sobre cinema e identidade racial. “Compreender a relação entre os conceitos cinematográficos e o movimento afrofuturista é mais um caminho para descolonizar as narrativas da história da população negra”, acrescenta o professor.

Na capital, Aracaju, o Centro de Excelência Djenal Queiroz desenvolverá a ‘2ª Mostra Pedagógica: somos feitos de história’, no dia 23 de novembro. O evento tem como finalidade dar visibilidade aos saberes, vivências, experiências e narrativas das culturas brasileiras periféricas e afro-brasileiras. A mostra deve trabalhar o protagonismo estudantil, juntamente com a educação antirracista, e contará com apresentações musicais e de projetos desenvolvidos pelos próprios alunos.

O diretor do Djenal Queiroz, César Henrique, conta que a comunidade acadêmica trabalha a consciência negra ao longo de todo o ano, e a mostra é a oportunidade de viabilizar histórias e vivências para a sociedade. “Os projetos desenvolvidos aqui trazem uma reflexão sobre o respeito da igualdade racial, estimula o respeito às diferenças. Dentro da nossa escola, temos estudantes de diferentes localidades e raças, e é preciso trabalhar uma educação de valores, respeito às suas origens, respeito à sua cor”, detalha o diretor.

Dentro da mostra, será lançada a ‘Pequena enciclopédia negra da Grande Aracaju’. A obra, desenvolvida pelos alunos do centro de excelência com o apoio do professor André Valença, busca dar visibilidade a saberes, histórias e personagens negros oriundos da região metropolitana de Aracaju. O projeto dá aos alunos a oportunidade de serem protagonistas no desenvolvimento de uma educação antirracista e contar histórias muitas vezes escondidas e marginalizadas.

O orientador do projeto da enciclopédia, o professor de arte André Valença, relata que a ideia da construção da obra nasceu do convívio dos estudantes da escola, oriundos de diferentes regiões com vivências e experiências diferentes. “A gente buscou na produção da enciclopédia tratar sobre os personagens, mas também entender a cultura deles, que por vezes é marginalizada. Assim, nós fazemos com que outros enxerguem espaços culturais e sociais que ocupam”, adiciona o professor.

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Escolas da rede pública estadual desenvolvem ações em prol do ensino antirracista
As ações acontecem em alusão ao dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro e continuam ao longo do ano letivo
Segunda-Feira, 20 de Novembro de 2023 às 17:00:00

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, escolas da rede pública de todo o estado de Sergipe realizam ações em celebração a uma data significativa para a história do país. As ações trabalham com os estudantes a educação antirracista, o protagonismo e o respeito dentro e fora do espaço escolar.

As escolas desenvolvem ações e eventos durante todo o ano, com base na Lei nº 10.639/2003, que traz para a discussão e para o ensino-aprendizagem a temática da educação antirracista e a prevenção aos diversos tipos de preconceito. Com isso, o Dia da Consciência Negra não limita suas ações apenas ao 20 de novembro, mas durante todo o ano.

O Centro de Excelência Jonas Amaral, em Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de Aracaju, trabalhou com os alunos do projeto de pesquisa ‘Cinema e Afrofuturismo’, uma mostra fotográfica com os alunos da instituição. O projeto também desenvolve um grupo de estudos com bolsistas sobre a estética afrofuturista e a produção de um vídeo.

Por meio do projeto, os alunos estudam a estética afrofuturista, movimento cultural que valoriza o passado e o futuro, a fim de reconstruir a história apagada e ajudar a imaginar um futuro diferente para as pessoas negras, utilizando o cinema e a pintura como fontes principais de inspiração. Além do estudo, os estudantes produziram uma série fotográfica com os alunos afrodescendentes da escola.

O orientador do projeto, o professor de filosofia José Figueiredo, afirma que a iniciativa vem da necessidade da pesquisa sobre o afrofuturismo no cinema e na sociedade, e a aplicação técnica dos conhecimentos adquiridos sobre cinema e identidade racial. “Compreender a relação entre os conceitos cinematográficos e o movimento afrofuturista é mais um caminho para descolonizar as narrativas da história da população negra”, acrescenta o professor.

Na capital, Aracaju, o Centro de Excelência Djenal Queiroz desenvolverá a ‘2ª Mostra Pedagógica: somos feitos de história’, no dia 23 de novembro. O evento tem como finalidade dar visibilidade aos saberes, vivências, experiências e narrativas das culturas brasileiras periféricas e afro-brasileiras. A mostra deve trabalhar o protagonismo estudantil, juntamente com a educação antirracista, e contará com apresentações musicais e de projetos desenvolvidos pelos próprios alunos.

O diretor do Djenal Queiroz, César Henrique, conta que a comunidade acadêmica trabalha a consciência negra ao longo de todo o ano, e a mostra é a oportunidade de viabilizar histórias e vivências para a sociedade. “Os projetos desenvolvidos aqui trazem uma reflexão sobre o respeito da igualdade racial, estimula o respeito às diferenças. Dentro da nossa escola, temos estudantes de diferentes localidades e raças, e é preciso trabalhar uma educação de valores, respeito às suas origens, respeito à sua cor”, detalha o diretor.

Dentro da mostra, será lançada a ‘Pequena enciclopédia negra da Grande Aracaju’. A obra, desenvolvida pelos alunos do centro de excelência com o apoio do professor André Valença, busca dar visibilidade a saberes, histórias e personagens negros oriundos da região metropolitana de Aracaju. O projeto dá aos alunos a oportunidade de serem protagonistas no desenvolvimento de uma educação antirracista e contar histórias muitas vezes escondidas e marginalizadas.

O orientador do projeto da enciclopédia, o professor de arte André Valença, relata que a ideia da construção da obra nasceu do convívio dos estudantes da escola, oriundos de diferentes regiões com vivências e experiências diferentes. “A gente buscou na produção da enciclopédia tratar sobre os personagens, mas também entender a cultura deles, que por vezes é marginalizada. Assim, nós fazemos com que outros enxerguem espaços culturais e sociais que ocupam”, adiciona o professor.