A escola pública é uma verdadeira fábrica de talentos. Foi  assim que o público se referiu à primeira edição do Festival Estudantil DEArtes. O evento, promovido pela Diretora de Educação de Aracaju (DEA), aconteceu na tarde desta quinta-feira, 14, no auditório do Teatro Atheneu, na capital sergipana. Na ocasião, os alunos da rede pública estadual de ensino apresentaram trabalhos desenvolvidos ao longo do ano letivo de 2023 por meio de diferentes linguagens artísticas e formas de expressão, a exemplo das artes plásticas, da música e da dança.

A diretora da DEA, Maria Gilvânia Guimarães, explica que a ideia do festival surgiu com a proposta de estimular a socialização dos jovens por meio das artes. “Estamos promovendo um intercâmbio cultural e artístico com os nossos alunos, além de potencializar os talentos produzidos no chão da escola pública”, destaca.  

Aluno do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Jornalista Paulo Costa, Thiago Giovani já é popular entre os colegas pela qualidade de seus desenhos, e agora também quer ser reconhecido na rede por seu talento. “Eu gosto de desenhar animes e caricaturas. Para o festival, eu fiz uma seleção dos meus melhores desenhos para apresentar ao público”, enfatiza.

O cantor e estudante Felipe Kayllan, também conhecido como ‘Lipinho do Arrocha’, aluno do curso técnico de Nutrição e Dietética do Instituto de Educação Rui Barbosa (IERB), deu um show no quesito presença de palco. Ele levou a garotada à loucura cantando um dos hits do momento. “Eu canto desde os meus dez anos e já tenho experiência com apresentações. Então, hoje eu subi ao palco com o objetivo de levantar a galera. Eu vim aqui para animar o público e, se Deus quiser, a gente sai também com a vitória”, diz o jovem de 15 anos.

Para a estudante Lauane, aluna do Colégio Estadual Benedito de Oliveira e integrante do projeto ‘Beneafro’, participar deste primeiro festival estudantil é uma experiência incrível. “Na escola, este projeto fez parte de uma gincana, em que apresentamos a cultura da África do Sul. Nós ensaiamos muito para a gincana e ensaiamos mais ainda para apresentar a nossa dança aos demais estudantes. Acho essa iniciativa muito bacana, pois possibilita transpor os muros da escola com arte”, frisa a dançarina.

A professora de História Edilea Nogueira é incentivadora do projeto ‘Beneafro’; ela enfatiza que a ação surgiu neste ano, com foco na história da África e do Brasil, e ganhou uma nova proporção com a arte da dança. “A partir das pesquisas realizadas em sala de aula pelos alunos, foi pensada uma série de músicas representativas daquela região do Globo e, posteriormente, incorporamos a coreografia. Também investimos no figurino, com roupas em tecido africano e pinturas corporais. Os alunos gostaram muito do resultado final, e nós também”, finaliza.