Foi realizada nesta segunda-feira, 27, a culminância do projeto 'Ilé-Iwé: Formação Continuada em Educação das Relações Étnico-Raciais'. A programação foi implementada pela Promotoria de Igualdade Étnico-Racial do Ministério Público de Sergipe (MPSE) e concebida pela Secretaria Municipal de Aracaju (Semed), em parceria com as secretarias de Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão e da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc).
O Ilé-Iwé é uma iniciativa que busca formar coordenadores pedagógicos e professores para promover o protagonismo negro na história do Brasil dentro das comunidades escolares. O quinto e último encontro, intitulado 'Alamoju' (sabedoria/ápice, da língua Iorubá) encerra o ciclo de formação dos professores promovido pelo projeto, que concorre ao Prêmio Innovare, na categoria Ministério Público. Os presentes tiveram a oportunidade de conhecer os trabalhos que são realizados dentro das escolas das redes públicas estaduais e municipais, e também apresentações culturais que exaltam a arte, a dança e a cultura do povo africano, as quais se entrelaçam com a cultura brasileira ao longo do tempo.
O promotor de Justiça e coordenador da Promotoria de Igualdade Étnico-Racial do MPE/SE, Luis Fausto de Valois, exaltou a felicidade de realizar a última etapa desta edição do Ilé-Iwé. Ele também destacou as atividades conduzidas por professores nas redes públicas municipais de Nossa Senhora do Socorro, Aracaju e São Cristóvão, assim como nas escolas estaduais, em cumprimento à Lei 10.639/2003, que prevê o ensino da cultura e história afro-brasileira e africana.
“Muitas das atividades que são desenvolvidas no dia a dia pelos professores, que cumprem essa lei, precisam ser multiplicadas nas escolas. E, aqui no evento, nós trazemos um pouco desses exemplos, para que sejam trocadas essas experiências e sirvam também de catalisadores, proporcionando que outras instituições multipliquem essas ações de combate ao racismo”, exaltou.
Luiz Fausto também parabenizou a Seduc pela criação do ‘Selo Escola Antirracista Professora Maria Beatriz Nascimento’, como forma de destacar e valorizar a promoção de ações de diálogo e combate ao racismo realizadas no âmbito da rede pública estadual.
Uma das representantes da Seduc no evento foi a coordenadora de Educação do Campo e Diversidade (Cecad) do Departamento de Educação (DED) da Seduc, Geneluça Santana. Ela enfatizou a importância do evento na formação de professores para lidar com as temáticas das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. Outro destaque foi a colaboração entre instituições públicas, com o objetivo comum de promover a implementação dessas leis.
“A Seduc participa dessa parceria para reforçar a formação docente, fortalecendo especialmente o Selo de Escola Antirracista Maria Beatriz Nascimento, que cumpre o seu papel ao garantir que todas as escolas tenham a oportunidade de promover ações antirracistas em seus ambientes educacionais”, finalizou. Vale destacar que o prazo para inscrição das escolas para adquirir o selo foi prorrogado até o dia 15 de dezembro.
Ações dentro das escolas
Uma das palestrantes do evento foi a coordenadora administrativa da EMEF Anísio Teixeira e autora do projeto 'Negritude', Sandra Leite. Em sua fala, a coordenadora destacou o desenvolvimento de atividades dentro do colégio na prática, assim como frisou os processos para que a formação continuada dos professores fosse realizada por meio de todas as etapas do Ilé-Iwé. Para ela, as ações afirmativas implementadas nas escolas das redes públicas, promovendo o respeito à diversidade étnico-racial, têm trabalhado para reconstruir e ressignificar perspectivas na comunidade acadêmica.
“Nesse contexto, o projeto liderado pelo Ilé-Iwé tem realizado oficinas de informação no Ministério Público desde agosto, proporcionando suporte aos professores. O projeto envolve a busca direta nas escolas, compreendendo o contexto educacional, recebendo todo o suporte necessário das secretarias ao oferecer facilitadores, temas e organização de projetos”, disse.
Isabela Oliveira, professora de Língua Portuguesa do EMEF Anísio Teixeira, foi uma das responsáveis pelas oficinas de máscaras e pinturas de telas do colégio, em conjunto com outros professores de língua inglesa e educação física, nas quais os alunos tiveram a oportunidade de se representar através do uso de cores que deram vida às máscaras. Ela destaca a relevância das oficinas no contexto escolar, especialmente ao serem executados trabalhos interdisciplinares sobre a temática da consciência negra, promovendo ações antirracistas e a socialização entre os alunos em relação às culturas afro-brasileiras.
“É muito lindo ver a alegria dos alunos nesse processo de construção de suas identidades por meio das máscaras. A execução e socialização entre os estudantes foi algo muito espontâneo, que fomenta ainda mais a importância desse trabalho em todas as escolas da rede pública”, afirmou.
Ilé-Iwé
Com o objetivo de promover a reflexão acerca da Lei nº 10.639/2003, que inclui história e cultura afro-brasileira nos planos de aulas das escolas, o Ilé-Iwé é direcionado aos professores e gestores das redes municipais de ensino de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e da rede estadual.
O Ilé-Iwé faz parte do Projeto ‘Aracaju sem Racismo’ e conta com o apoio da Promotoria de Igualdade Étnico-Racial do MPSE, da Seduc e das Secretarias Municipais de Educação de São Cristóvão e de Nossa Senhora do Socorro.O apoio é da Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neabi) e do Movimento Negro Unificado (MNU).
Foi realizada nesta segunda-feira, 27, a culminância do projeto 'Ilé-Iwé: Formação Continuada em Educação das Relações Étnico-Raciais'. A programação foi implementada pela Promotoria de Igualdade Étnico-Racial do Ministério Público de Sergipe (MPSE) e concebida pela Secretaria Municipal de Aracaju (Semed), em parceria com as secretarias de Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão e da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc).
O Ilé-Iwé é uma iniciativa que busca formar coordenadores pedagógicos e professores para promover o protagonismo negro na história do Brasil dentro das comunidades escolares. O quinto e último encontro, intitulado 'Alamoju' (sabedoria/ápice, da língua Iorubá) encerra o ciclo de formação dos professores promovido pelo projeto, que concorre ao Prêmio Innovare, na categoria Ministério Público. Os presentes tiveram a oportunidade de conhecer os trabalhos que são realizados dentro das escolas das redes públicas estaduais e municipais, e também apresentações culturais que exaltam a arte, a dança e a cultura do povo africano, as quais se entrelaçam com a cultura brasileira ao longo do tempo.
O promotor de Justiça e coordenador da Promotoria de Igualdade Étnico-Racial do MPE/SE, Luis Fausto de Valois, exaltou a felicidade de realizar a última etapa desta edição do Ilé-Iwé. Ele também destacou as atividades conduzidas por professores nas redes públicas municipais de Nossa Senhora do Socorro, Aracaju e São Cristóvão, assim como nas escolas estaduais, em cumprimento à Lei 10.639/2003, que prevê o ensino da cultura e história afro-brasileira e africana.
“Muitas das atividades que são desenvolvidas no dia a dia pelos professores, que cumprem essa lei, precisam ser multiplicadas nas escolas. E, aqui no evento, nós trazemos um pouco desses exemplos, para que sejam trocadas essas experiências e sirvam também de catalisadores, proporcionando que outras instituições multipliquem essas ações de combate ao racismo”, exaltou.
Luiz Fausto também parabenizou a Seduc pela criação do ‘Selo Escola Antirracista Professora Maria Beatriz Nascimento’, como forma de destacar e valorizar a promoção de ações de diálogo e combate ao racismo realizadas no âmbito da rede pública estadual.
Uma das representantes da Seduc no evento foi a coordenadora de Educação do Campo e Diversidade (Cecad) do Departamento de Educação (DED) da Seduc, Geneluça Santana. Ela enfatizou a importância do evento na formação de professores para lidar com as temáticas das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. Outro destaque foi a colaboração entre instituições públicas, com o objetivo comum de promover a implementação dessas leis.
“A Seduc participa dessa parceria para reforçar a formação docente, fortalecendo especialmente o Selo de Escola Antirracista Maria Beatriz Nascimento, que cumpre o seu papel ao garantir que todas as escolas tenham a oportunidade de promover ações antirracistas em seus ambientes educacionais”, finalizou. Vale destacar que o prazo para inscrição das escolas para adquirir o selo foi prorrogado até o dia 15 de dezembro.
Ações dentro das escolas
Uma das palestrantes do evento foi a coordenadora administrativa da EMEF Anísio Teixeira e autora do projeto 'Negritude', Sandra Leite. Em sua fala, a coordenadora destacou o desenvolvimento de atividades dentro do colégio na prática, assim como frisou os processos para que a formação continuada dos professores fosse realizada por meio de todas as etapas do Ilé-Iwé. Para ela, as ações afirmativas implementadas nas escolas das redes públicas, promovendo o respeito à diversidade étnico-racial, têm trabalhado para reconstruir e ressignificar perspectivas na comunidade acadêmica.
“Nesse contexto, o projeto liderado pelo Ilé-Iwé tem realizado oficinas de informação no Ministério Público desde agosto, proporcionando suporte aos professores. O projeto envolve a busca direta nas escolas, compreendendo o contexto educacional, recebendo todo o suporte necessário das secretarias ao oferecer facilitadores, temas e organização de projetos”, disse.
Isabela Oliveira, professora de Língua Portuguesa do EMEF Anísio Teixeira, foi uma das responsáveis pelas oficinas de máscaras e pinturas de telas do colégio, em conjunto com outros professores de língua inglesa e educação física, nas quais os alunos tiveram a oportunidade de se representar através do uso de cores que deram vida às máscaras. Ela destaca a relevância das oficinas no contexto escolar, especialmente ao serem executados trabalhos interdisciplinares sobre a temática da consciência negra, promovendo ações antirracistas e a socialização entre os alunos em relação às culturas afro-brasileiras.
“É muito lindo ver a alegria dos alunos nesse processo de construção de suas identidades por meio das máscaras. A execução e socialização entre os estudantes foi algo muito espontâneo, que fomenta ainda mais a importância desse trabalho em todas as escolas da rede pública”, afirmou.
Ilé-Iwé
Com o objetivo de promover a reflexão acerca da Lei nº 10.639/2003, que inclui história e cultura afro-brasileira nos planos de aulas das escolas, o Ilé-Iwé é direcionado aos professores e gestores das redes municipais de ensino de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e da rede estadual.
O Ilé-Iwé faz parte do Projeto ‘Aracaju sem Racismo’ e conta com o apoio da Promotoria de Igualdade Étnico-Racial do MPSE, da Seduc e das Secretarias Municipais de Educação de São Cristóvão e de Nossa Senhora do Socorro.O apoio é da Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neabi) e do Movimento Negro Unificado (MNU).