As 96 unidades de ensino da Rede Pública Estadual de Sergipe que ofertam o ensino médio em tempo integral estão movimentadas. O sentimento de encerramento do semestre chega com a culminância das disciplinas eletivas em diversos centros de excelência espalhados por todo o estado.
No Centro de Excelência Professor João Costa, em Aracaju, realizou-se na quinta-feira, 13, a culminância de 19 eletivas, levando ao ambiente escolar um verdadeiro laboratório de experiências de alunos e professores. Além disso, a comunidade escolar é presenteada com a apresentação das atividades desenvolvidas.
Na disciplina eletiva “Empreenda”, da professora Suely Rodrigues, a proposta inicial era levar aos estudantes no último ano do ensino médio a preparação de como eles podem empreender. No entanto, a professora teve uma boa surpresa: alunos dos 1º e 2º anos também se inscreveram. As turmas ficaram tão entusiasmadas que pediram para acrescentar conteúdos sobre educação financeira.
Um dos resultados dessa eletiva foi a elaboração do projeto de negócios para criação de uma agência de marketing digital pela estudante Jamilly Vitória Barros Maia. Segundo ela, o objetivo é assim que sair do colégio ter uma garantia de emprego na área que pretende seguir. “A eletiva ajudou muito nas necessidades sobre o empreendedorismo. A experiência foi bastante enriquecedora, superando assim, minhas expectativas”, conta.
Um outro exemplo é o Centro de Excelência Prefeito Joaldo Lima de Carvalho, em Itabaianinha, que realizou a eletiva “Vem Expressar-te: Vencendo a Nomofobia”. A disciplina tem o objetivo de trabalhar a Nomofobia, termo caracterizado pelo uso exagerado do celular.
A professora Josenilta da Silva Macedo diz que a principal abordagem utilizada é inserindo a arte como ferramenta de transformação dessa realidade, sendo, deste modo, um fator estimulante entre o cognitivo e o afetivo.
O projeto teve boa adesão. A eletiva foi além e tornou-se projeto extracurricular da escola, denominado “Saúde Mental na Rede Social: e fora dos stories você está bem?". A culminância da eletiva chegou a ter apresentações teatrais em outros ambientes fora da unidade de ensino, a exemplo da Universidade Federal de Sergipe (UFS), participando da Feira Científica de Sergipe (Cienart), em 2022.
De acordo com o gestor Givanilton Brito, do Centro de Excelência Cel. José Joaquim Barbosa, em Siriri, o direcionamento das temáticas aos estudantes é feito a partir de um questionário de entrada que os alunos respondem sobre o projeto de vida. “Com isso identificamos as áreas de maior interesse dos estudantes”, acrescenta.
Para a estudante Ithauany Maria Guimarães Barros, também do Centro de Excelência Cel. José Joaquim, participante da disciplina “Teatralizando: das cadeiras aos palcos”, a eletiva ajuda, pois trabalha com aspectos que estão presentes no projeto de vida.
Entenda mais sobre a disciplina eletiva
Mas, afinal, o que é a disciplina eletiva e o que ela proporciona ao estudante? Para responder a esse questionamento, vamos voltar a dez anos atrás, quando foi aprovado o Plano Nacional da Educação, que estabelece diretrizes, metas e objetivos para os próximos 10 anos na educação básica e superior do Brasil.
A Lei Federal nº 13.005/2014, que aprova o plano, prevê que dentro das 20 metas apresentadas, uma delas é “oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos (as) alunos (as) da educação básica”, posteriormente sendo regulamentada com resoluções pelo próprio Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Nesse sentido, em 2017, a Lei Federal nº 13.415/2017, conhecida também como a Reforma do Ensino Médio, alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio, com o aumento da carga horária e um currículo mais flexível.
Com a nova mudança, a base curricular nas escolas públicas ficou mais atraente para o estudante, pois a pessoa vai ter a escolha de disciplinas que vão ao encontro de sua área de atuação. Exemplo disso é a disciplina eletiva. Um aluno que esteja seguindo o itinerário de Ciências Humanas poderá escolher uma disciplina eletiva de jogos matemáticos. Geralmente, as disciplinas eletivas são mais curtas, com duração de apenas um semestre, enquanto as disciplinas obrigatórias, o projeto de vida e os itinerários formativos acompanharão o aluno por toda a jornada do Ensino Médio.
De acordo com a coordenadora geral do Núcleo Gestor de Educação em Tempo Integral (NGETI) da Seduc, Mônica Rodrigues Silva, as eletivas são uma parte importante do programa porque é nelas que os nossos estudantes vão ter a prática do que viram na base curricular. A coordenadora Mônica Rodrigues diz que com as eletivas, os alunos podem mesclar áreas de conhecimento e direcionar conteúdos entre teoria e prática.
As 96 unidades de ensino da Rede Pública Estadual de Sergipe que ofertam o ensino médio em tempo integral estão movimentadas. O sentimento de encerramento do semestre chega com a culminância das disciplinas eletivas em diversos centros de excelência espalhados por todo o estado.
No Centro de Excelência Professor João Costa, em Aracaju, realizou-se na quinta-feira, 13, a culminância de 19 eletivas, levando ao ambiente escolar um verdadeiro laboratório de experiências de alunos e professores. Além disso, a comunidade escolar é presenteada com a apresentação das atividades desenvolvidas.
Na disciplina eletiva “Empreenda”, da professora Suely Rodrigues, a proposta inicial era levar aos estudantes no último ano do ensino médio a preparação de como eles podem empreender. No entanto, a professora teve uma boa surpresa: alunos dos 1º e 2º anos também se inscreveram. As turmas ficaram tão entusiasmadas que pediram para acrescentar conteúdos sobre educação financeira.
Um dos resultados dessa eletiva foi a elaboração do projeto de negócios para criação de uma agência de marketing digital pela estudante Jamilly Vitória Barros Maia. Segundo ela, o objetivo é assim que sair do colégio ter uma garantia de emprego na área que pretende seguir. “A eletiva ajudou muito nas necessidades sobre o empreendedorismo. A experiência foi bastante enriquecedora, superando assim, minhas expectativas”, conta.
Um outro exemplo é o Centro de Excelência Prefeito Joaldo Lima de Carvalho, em Itabaianinha, que realizou a eletiva “Vem Expressar-te: Vencendo a Nomofobia”. A disciplina tem o objetivo de trabalhar a Nomofobia, termo caracterizado pelo uso exagerado do celular.
A professora Josenilta da Silva Macedo diz que a principal abordagem utilizada é inserindo a arte como ferramenta de transformação dessa realidade, sendo, deste modo, um fator estimulante entre o cognitivo e o afetivo.
O projeto teve boa adesão. A eletiva foi além e tornou-se projeto extracurricular da escola, denominado “Saúde Mental na Rede Social: e fora dos stories você está bem?". A culminância da eletiva chegou a ter apresentações teatrais em outros ambientes fora da unidade de ensino, a exemplo da Universidade Federal de Sergipe (UFS), participando da Feira Científica de Sergipe (Cienart), em 2022.
De acordo com o gestor Givanilton Brito, do Centro de Excelência Cel. José Joaquim Barbosa, em Siriri, o direcionamento das temáticas aos estudantes é feito a partir de um questionário de entrada que os alunos respondem sobre o projeto de vida. “Com isso identificamos as áreas de maior interesse dos estudantes”, acrescenta.
Para a estudante Ithauany Maria Guimarães Barros, também do Centro de Excelência Cel. José Joaquim, participante da disciplina “Teatralizando: das cadeiras aos palcos”, a eletiva ajuda, pois trabalha com aspectos que estão presentes no projeto de vida.
Entenda mais sobre a disciplina eletiva
Mas, afinal, o que é a disciplina eletiva e o que ela proporciona ao estudante? Para responder a esse questionamento, vamos voltar a dez anos atrás, quando foi aprovado o Plano Nacional da Educação, que estabelece diretrizes, metas e objetivos para os próximos 10 anos na educação básica e superior do Brasil.
A Lei Federal nº 13.005/2014, que aprova o plano, prevê que dentro das 20 metas apresentadas, uma delas é “oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos (as) alunos (as) da educação básica”, posteriormente sendo regulamentada com resoluções pelo próprio Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Nesse sentido, em 2017, a Lei Federal nº 13.415/2017, conhecida também como a Reforma do Ensino Médio, alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio, com o aumento da carga horária e um currículo mais flexível.
Com a nova mudança, a base curricular nas escolas públicas ficou mais atraente para o estudante, pois a pessoa vai ter a escolha de disciplinas que vão ao encontro de sua área de atuação. Exemplo disso é a disciplina eletiva. Um aluno que esteja seguindo o itinerário de Ciências Humanas poderá escolher uma disciplina eletiva de jogos matemáticos. Geralmente, as disciplinas eletivas são mais curtas, com duração de apenas um semestre, enquanto as disciplinas obrigatórias, o projeto de vida e os itinerários formativos acompanharão o aluno por toda a jornada do Ensino Médio.
De acordo com a coordenadora geral do Núcleo Gestor de Educação em Tempo Integral (NGETI) da Seduc, Mônica Rodrigues Silva, as eletivas são uma parte importante do programa porque é nelas que os nossos estudantes vão ter a prática do que viram na base curricular. A coordenadora Mônica Rodrigues diz que com as eletivas, os alunos podem mesclar áreas de conhecimento e direcionar conteúdos entre teoria e prática.