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Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2025 às 14:15:00
Alunos do Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça desenvolvem aplicativo para promover boas práticas ambientais
Rede Pública Estadual de Ensino reforça o compromisso com a educação ambiental, ciência e tecnologia, através do protagonismo estudantil

O protagonismo estudantil tem se consolidado como marca da Rede Pública Estadual de Ensino de Sergipe. Um exemplo recente vem do Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, em Indiaroba, onde alunos da 3ª série do Ensino Médio desenvolveram o aplicativo ‘Mangue Vivo’, iniciativa inovadora que une ciência, tecnologia e compromisso ambiental.

Sob a orientação da professora de Biologia Luciana Santos Xavier, e coorientação do professor de História Célio Ricardo, os estudantes Izabela Maria Conceição, Plínio Breno Francisco Santos, Emanuel José Calazans dos Santos, Luiz Felipe Ferreira Cardoso e Mayara da Conceição Silva idealizaram o projeto, que já conquistou destaque: é finalista da Feira Científica de Sergipe (Cienart) e, também, está entre os concorrentes ao Prêmio Educador Transformador, promovido pelo Sebrae.

Para a professora orientadora Luciana Santos Xavier, o projeto representa um passo fundamental na valorização da iniciação científica. “Esse projeto começou a ser desenvolvido quando eu estava no meu processo de pós-graduação sobre metodologias ativas em educação ambiental e, a partir daí, começamos o processo de pesquisa. Nossos alunos se tornaram protagonistas em todo o processo, da pesquisa até a parte das ferramentas do aplicativo. Eles vivenciam na prática a ciência e a interdisciplinaridade, percebendo que podem transformar realidades”, ressaltou.

Já o coorientador dessa iniciativa, professor Célio Ricardo, destaca que o projeto também é voltado para vertentes sociais, pensado em como a educação ambiental pode se conectar com a comunidade do município. “Durante o processo, eu, juntamente com a professora Luciana, sempre tentamos conduzir e compartilhar as melhores formas de viabilizar a ideia. Esse projeto surgiu em uma feira científica que aconteceu na escola, e, a partir daí, a gente trabalhou junto para transformar em realidade aquilo que os estudantes pensaram”, pontuou.

O aplicativo começou a ser desenvolvido em 2024, dentro de uma proposta baseada em metodologias ativas em educação ambiental. Criado como ferramenta digital para incentivar a preservação do manguezal, ecossistema essencial para a subsistência e a cultura da comunidade local, o ‘Mangue Vivo’ oferece múltiplos recursos, como a informação sobre os órgãos onde os usuários podem realizar denúncias, até dicas de boas práticas de preservação.

De forma interativa, os usuários cadastrados podem acumular pontuações a cada ação voltada para o cuidado do mangue. Essas pontuações se transformam em bonificações por meio da Moeda Aratu, criada em parceria com o Banco Popular de Indiaroba, conhecido como Banco Aratu, a qual pode ser utilizada no comércio local. O aplicativo ainda reúne um mapa interativo com áreas de fragilidade do manguezal, um guia educativo, registros de fauna e flora e um espaço colaborativo para que moradores relatem problemas ambientais. O lançamento na Play Store já está previsto.

Além de promover a conscientização comunitária, o projeto alia tecnologia e educação ambiental, estimulando jovens e adultos da região a compreenderem a importância desse ecossistema, que garante equilíbrio ecológico e, também, sustento para diversas famílias que vivem da pesca do aratu, do peixe e da coleta de mariscos.

O desenvolvimento foi interdisciplinar. Enquanto as alunas conduziram a pesquisa ambiental, os estudantes assumiram a parte tecnológica. Em Biologia, exploraram conteúdos de ecologia, biodiversidade e educação ambiental, estudando de perto a fauna e a flora do manguezal. Já em História, refletiram sobre industrialização, cidadania e consumismo, analisando os impactos sociais e ambientais da ação humana. O Mangue Vivo vai além de uma proposta tecnológica; ele se torna um exemplo de como a Rede Pública Estadual de Ensino pode integrar ciência, conhecimento crítico e cidadania em prol da preservação ambiental e do fortalecimento da economia local.

Os alunos destacam que criar o aplicativo foi a forma de retribuir à comunidade e ajudar a preservar o que garante o sustento de tantas famílias. A estudante Isabela Maria, responsável por conduzir as pesquisas, reforça que o projeto começou a ser desenvolvido há um ano, sendo realizadas as etapas de observação do manguezal, entrevista com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Indiaroba, coleta de dados sobre a fauna e a flora em sites confiáveis e também uma conversa com os moradores da região. “Levantamos informações junto ao Banco Popular de Indiaroba para sabermos como funciona a comercialização do aratu e como isso é fonte de renda no nosso município. Também utilizamos os conteúdos estudados em sala de aula, como ecologia e educação ambiental, além de discutirmos temas ligados à industrialização e ao uso responsável dos recursos naturais. Encaixamos nosso projeto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no ODS 12 e no ODS 14”, explicou.

Já o estudante responsável por conduzir as ferramentas do aplicativo, Emanuel José, salienta que o aplicativo foi desenvolvido com o objetivo de envolver os moradores da cidade, despertar a consciência ambiental e estimular na escola o interesse pela pesquisa, criação de novas plataformas e preservação do meio ambiente. “Durante o desenvolvimento do aplicativo, utilizei algumas plataformas, e a ideia central era criar algo acessível e que envolvesse a comunidade de Indiaroba. Durante o processo, optamos por partes mais interativas, como quiz, fluxo semanal, ranking mensal e um espaço para denúncias, a fim de que os usuários estivessem mais orientados sobre a preservação. Os quizzes foram criados para conscientizar sobre a importância da preservação do manguezal da nossa cidade. O ranking mensal é patrocinado pelo Banco Aratu, onde disponibilizamos recompensas aos usuários com a moeda local, que pode ser usada no comércio da cidade. Nosso aplicativo foi pensado para fortalecer a consciência ambiental e aproximar a comunidade do patrimônio rico, que é o nosso mangue”, frisou.

 

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Alunos do Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça desenvolvem aplicativo para promover boas práticas ambientais
Rede Pública Estadual de Ensino reforça o compromisso com a educação ambiental, ciência e tecnologia, através do protagonismo estudantil
Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2025 às 14:15:00

O protagonismo estudantil tem se consolidado como marca da Rede Pública Estadual de Ensino de Sergipe. Um exemplo recente vem do Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, em Indiaroba, onde alunos da 3ª série do Ensino Médio desenvolveram o aplicativo ‘Mangue Vivo’, iniciativa inovadora que une ciência, tecnologia e compromisso ambiental.

Sob a orientação da professora de Biologia Luciana Santos Xavier, e coorientação do professor de História Célio Ricardo, os estudantes Izabela Maria Conceição, Plínio Breno Francisco Santos, Emanuel José Calazans dos Santos, Luiz Felipe Ferreira Cardoso e Mayara da Conceição Silva idealizaram o projeto, que já conquistou destaque: é finalista da Feira Científica de Sergipe (Cienart) e, também, está entre os concorrentes ao Prêmio Educador Transformador, promovido pelo Sebrae.

Para a professora orientadora Luciana Santos Xavier, o projeto representa um passo fundamental na valorização da iniciação científica. “Esse projeto começou a ser desenvolvido quando eu estava no meu processo de pós-graduação sobre metodologias ativas em educação ambiental e, a partir daí, começamos o processo de pesquisa. Nossos alunos se tornaram protagonistas em todo o processo, da pesquisa até a parte das ferramentas do aplicativo. Eles vivenciam na prática a ciência e a interdisciplinaridade, percebendo que podem transformar realidades”, ressaltou.

Já o coorientador dessa iniciativa, professor Célio Ricardo, destaca que o projeto também é voltado para vertentes sociais, pensado em como a educação ambiental pode se conectar com a comunidade do município. “Durante o processo, eu, juntamente com a professora Luciana, sempre tentamos conduzir e compartilhar as melhores formas de viabilizar a ideia. Esse projeto surgiu em uma feira científica que aconteceu na escola, e, a partir daí, a gente trabalhou junto para transformar em realidade aquilo que os estudantes pensaram”, pontuou.

O aplicativo começou a ser desenvolvido em 2024, dentro de uma proposta baseada em metodologias ativas em educação ambiental. Criado como ferramenta digital para incentivar a preservação do manguezal, ecossistema essencial para a subsistência e a cultura da comunidade local, o ‘Mangue Vivo’ oferece múltiplos recursos, como a informação sobre os órgãos onde os usuários podem realizar denúncias, até dicas de boas práticas de preservação.

De forma interativa, os usuários cadastrados podem acumular pontuações a cada ação voltada para o cuidado do mangue. Essas pontuações se transformam em bonificações por meio da Moeda Aratu, criada em parceria com o Banco Popular de Indiaroba, conhecido como Banco Aratu, a qual pode ser utilizada no comércio local. O aplicativo ainda reúne um mapa interativo com áreas de fragilidade do manguezal, um guia educativo, registros de fauna e flora e um espaço colaborativo para que moradores relatem problemas ambientais. O lançamento na Play Store já está previsto.

Além de promover a conscientização comunitária, o projeto alia tecnologia e educação ambiental, estimulando jovens e adultos da região a compreenderem a importância desse ecossistema, que garante equilíbrio ecológico e, também, sustento para diversas famílias que vivem da pesca do aratu, do peixe e da coleta de mariscos.

O desenvolvimento foi interdisciplinar. Enquanto as alunas conduziram a pesquisa ambiental, os estudantes assumiram a parte tecnológica. Em Biologia, exploraram conteúdos de ecologia, biodiversidade e educação ambiental, estudando de perto a fauna e a flora do manguezal. Já em História, refletiram sobre industrialização, cidadania e consumismo, analisando os impactos sociais e ambientais da ação humana. O Mangue Vivo vai além de uma proposta tecnológica; ele se torna um exemplo de como a Rede Pública Estadual de Ensino pode integrar ciência, conhecimento crítico e cidadania em prol da preservação ambiental e do fortalecimento da economia local.

Os alunos destacam que criar o aplicativo foi a forma de retribuir à comunidade e ajudar a preservar o que garante o sustento de tantas famílias. A estudante Isabela Maria, responsável por conduzir as pesquisas, reforça que o projeto começou a ser desenvolvido há um ano, sendo realizadas as etapas de observação do manguezal, entrevista com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Indiaroba, coleta de dados sobre a fauna e a flora em sites confiáveis e também uma conversa com os moradores da região. “Levantamos informações junto ao Banco Popular de Indiaroba para sabermos como funciona a comercialização do aratu e como isso é fonte de renda no nosso município. Também utilizamos os conteúdos estudados em sala de aula, como ecologia e educação ambiental, além de discutirmos temas ligados à industrialização e ao uso responsável dos recursos naturais. Encaixamos nosso projeto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no ODS 12 e no ODS 14”, explicou.

Já o estudante responsável por conduzir as ferramentas do aplicativo, Emanuel José, salienta que o aplicativo foi desenvolvido com o objetivo de envolver os moradores da cidade, despertar a consciência ambiental e estimular na escola o interesse pela pesquisa, criação de novas plataformas e preservação do meio ambiente. “Durante o desenvolvimento do aplicativo, utilizei algumas plataformas, e a ideia central era criar algo acessível e que envolvesse a comunidade de Indiaroba. Durante o processo, optamos por partes mais interativas, como quiz, fluxo semanal, ranking mensal e um espaço para denúncias, a fim de que os usuários estivessem mais orientados sobre a preservação. Os quizzes foram criados para conscientizar sobre a importância da preservação do manguezal da nossa cidade. O ranking mensal é patrocinado pelo Banco Aratu, onde disponibilizamos recompensas aos usuários com a moeda local, que pode ser usada no comércio da cidade. Nosso aplicativo foi pensado para fortalecer a consciência ambiental e aproximar a comunidade do patrimônio rico, que é o nosso mangue”, frisou.