A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, através do Comitê Gestor do Programa Alfabetizar Pra Valer, iniciou na manhã desta quarta-feira (16), na sala de reuniões da Seduc, uma oficina para avaliar e ressignificar o material didático complementar. O programa foi lançado em agosto deste ano e foi inspirado em uma ação semelhante do governo cearense, que enviou exemplares do material didático complementar para que possa ser adequado à realidade sergipana.

O Comitê Gestor é composto por Kelly Araújo Valença Oliveira, chefe do Serviço de Ensino Fundamental (SEF); Graziela Evangelista Gomes, técnica educacional do SEF, e Andréa Lima Dantas Barbosa, diretora da Coordenação de Gestão Democrática, Articulação e Assistência aos Municípios (Cogedam).

A oficina terá continuidade na próxima quinta-feira (17), e nesses dois dias, a equipe do Comitê Gestor e professores alfabetizadores de alguns municípios vão analisar o material didático, dar sugestões e adequá-lo à realidade de Sergipe, para ser utilizado nas escolas das redes públicas estadual e municipal. A técnica educacional do SEF, Graziela Evangelista, explica que o material é relativo à Língua Portuguesa do 1º e 2º anos do ensino fundamental, focado em alfabetização. Os municípios participantes do encontro foram selecionados pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

“Essa reunião tem como objetivo fazer a ressignificação do material didático complementar do Programa Alfabetizar Pra Valer. Vamos analisar e personificar, colocar a cara de Sergipe. Queremos aproveitar esse encontro com integrantes dos municípios para que eles deem suas opiniões, contribuições e validem o que o Comitê Gestor já analisou”, explicou.

A chefe do Serviço de Ensino Fundamental, Kelly Valença, destacou que o processo de alfabetização precisa de subsídios pedagógicos para além do livro didático. Ela afirmou ainda que o Programa Alfabetizar Pra Valer consolida a política do regime de colaboração, já que 80% dos alunos do 1º e 2º anos estão nas redes municipais de ensino.

“Não seria importante a gente analisar o material do governo do Ceará sem a presença de professores alfabetizadores dos municípios. Vamos nos debruçar sobre o material complementar e, a partir dele, construir o nosso, com as características do nosso território, as especificidades do nosso povo, algo que seja significativo para a aprendizagem dos nossos estudantes”, disse.

A diretora da Cogedam, Andréa Lima Dantas Barbosa, ressalta que se algum representante municipal tiver dúvidas sobre o programa, pode enviar mensagem para o e-mail: alfabetizarpravaler@gmail.com.

Ressignificação

Durante a oficina foi realizada uma breve apresentação do Programa Alfabetizar Pra Valer, que tem como objetivo alfabetizar os alunos na idade certa. Após isso, foram formados grupos de trabalho para se debruçarem sobre o material didático complementar, analisar e propor sugestões de mudanças, visando ressignificar e adequar à realidade de Sergipe.

Um dos participantes foi Pedro de Santana Santos, assessor especial do gabinete da Secretaria de Educação de Nossa Senhora do Socorro. Ele enfatizou que o estado de Sergipe tem buscado fortalecer a política no campo da alfabetização e que, por isso, esse momento é tão importante. “Temos aqui professores alfabetizadores experimentados em sala de aula que irão analisar cuidadosamente como está posto o material dentro da sua metodologia, que concepções de alfabetização há por trás dele, para que nesse caminho de ressignificação a gente possa trazer traços da nossa sergipanidade, da nossa cultura, de modo que possamos ter sucesso na alfabetização dos nossos alunos”, declarou.

A professora Maria Inês Monteiro Farias Cerqueira, alfabetizadora da rede estadual de ensino, também se mostrou confiante nos resultados dessa ação. “É uma forma de organização. Nós, professores, precisamos ter uma linha de trabalho, um método. Então é de fundamental importância pegar como modelo programas que estão dando certo em outros estados. Estamos aqui para ver todo esse material, ressignificá-lo e aprimorá-lo de acordo com a nossa realidade”, disse.

Quem também compartilhou opinião foi Gleicemara Rodrigues Farias Cerqueira, professora da rede municipal de Aracaju. “Esse é um momento muito rico porque a gente está buscando meios de corrigir erros do passado por meio desse novo projeto de alfabetização. É um anseio muito antigo, e finalmente a gente está conseguindo esse ganho”, afirmou.

Alfabetizar Pra Valer

O programa Alfabetizar Pra Valer – Pacto Sergipano pela Alfabetização na Idade Certa foi lançado pelo governador Belivaldo Chagas em 29 de agosto deste ano, com o objetivo de implementar uma política de Estado que tenha como foco a alfabetização de todos os estudantes da rede pública matriculados nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, com ganhos maiores em Língua Portuguesa e Matemática.

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), pretende, a partir do Programa Alfabetizar Pra Valer, garantir a melhoria do atendimento escolar aos estudantes do ciclo de alfabetização e contribuir para a elevação do nível de proficiência em leitura e escrita, permitindo a progressão escolar e a prevenção do abandono, da evasão e da distorção idade/série nos anos subsequentes à alfabetização. A expectativa é beneficiar, anualmente, mais de 86 mil crianças nas escolas públicas de ensino fundamental de Sergipe.