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Quinta-Feira, 23 de Agosto de 2012 às 12:15:00
Anões de Itabaianinha serão contemplados com academia e oficina de móveis
Município tem a maior concentração de anões do país

Sergipe é o estado brasileiro com maior concentração de anões em todo o país. Apesar de serem vistos por muitos de forma preconceituosa pela baixa estatura, as pessoas que têm nanismo são consideradas deficientes e merecem muita atenção, já que podem desenvolver sérios problemas de saúde. Itabaianinha, a 120 km da capital sergipana, é conhecida como a cidade dos anões, por causa da grande quantidade existente: um para cada 300 habitantes.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos e da Cidadania (Sedhuc), dará um passo pioneiro em prol destas pessoas. Nesta sexta-feira, 24, o coordenador geral de Acessibilidade da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sérgio Nascimento, estará em Sergipe para reunir-se com o secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva, com representantes da Universidade Federal de Sergipe e Instituto Federal Tecnológico de Sergipe para viabilizarem o projeto-piloto voltado para anões, resultado de uma ação conjunta com a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos (SEDH). O encontro será às 9h30 no Instituto Federal de Sergipe.

O projeto-piloto contempla o Estado com uma academia de ginástica e uma oficina de móveis adaptados. De acordo com o secretário da Sedhuc, Luiz Eduardo Oliva, a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República irá liberar os recursos necessários, para que a concretização deste Projeto.  “Fui à Brasília no início desse mês, para discutir uma ação conjunta no desenvolvimento uma tecnologia apropriada para estas pessoas. Especialistas explicam que o anão tem a caixa torácica pequena, mas seus órgãos se desenvolvem normalmente. Por isso, é preciso atenção com a saúde física. A tecnologia para a academia será desenvolvida por estas instituições parceiras”, explicou Oliva.

“É muito importante esta ação em razão de as pessoas com nanismo estarem inseridas dentro da política de pessoas com deficiência, que é extremamente inclusiva e por isso daremos uma contribuição não só para o nosso Estado, mas será um modelo para o país”, complementou o secretário.

Para a pró- reitora do IFS, professora Ruth, esse projeto é de suma importância. “Ele tem a substancial missão de inclusão. O IFS já vem sendo parceiro da Sedhuc e juntos estamos ampliando o leque de ações para que o estado de Sergipe possa ser referência nacional. Assim, fortaleceremos o Estado, instituto e universidades”, observou Ruth.

Tipos de nanismo

O nanismo é uma doença comumente genética que provoca um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um indivíduo de baixa estatura, inferior à da média populacional. Há dois tipos de anões: aqueles que possuem o nanismo pituitário e a acondroplasia.

Acondroplasia é o tipo mais comum de nanismo, pode ser hereditária ou fruto de uma mutação genética, o que significa que pessoas de estatura normal, mesmo sem ascendentes anões com esta síndrome, podem gerar filhos anões com acondroplasia.

As características mais comuns são a baixa estatura, pernas e braços pequenos e desproporcionais ao tamanho da cabeça e ao comprimento do tronco. O encurtamento ocorre principalmente na parte superior dos braços e nas coxas. Adultos com acondroplasia possuem uma curva acentuada no final da coluna vertebral, que apresenta uma saliência. Quase sempre eles têm pernas curvas e pode apresentar limites na movimentação dos cotovelos, pois eles não se dobram completamente. As mãos são pequenas e os pés são curtos e largos.

Várias crianças acondroplásicas podem flexionar a articulação de seus dedos, pulsos, cintura e joelhos a um ângulo muito grande devido a ligamentos frouxos de certas articulações. Esses sinais são normalmente observados no nascimento e a acondroplasia pode ser diagnosticada nessa época, na grande maioria dos casos. Não há geralmente alteração intelectual. A altura dos pais e da criança com acondroplasia parecem não estar ligadas com a altura que ela irá alcançar quando adulta. Psicólogos, pediatras, endocrinologistas, geneticistas, ortopedistas e neurologistas podem oferecer apoio. Diversas pesquisas estão sendo feitas sobre a síndrome e outros problemas de crescimento.

O nanismo pituitário não é considerado o “nanismo verdadeiro”, pois não é de causa genética. Sua causa é uma disfunção na glândula pituitária que causa insuficiência na produção de hormônio do crescimento. Essa insuficiência pode ter causa na inexistência, trauma ou tumor na glândula pituitária. Este tipo de nanismo também pode estar associado à deficiência de outros hormônios.

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Anões de Itabaianinha serão contemplados com academia e oficina de móveis
Município tem a maior concentração de anões do país
Quinta-Feira, 23 de Agosto de 2012 às 12:15:00

Sergipe é o estado brasileiro com maior concentração de anões em todo o país. Apesar de serem vistos por muitos de forma preconceituosa pela baixa estatura, as pessoas que têm nanismo são consideradas deficientes e merecem muita atenção, já que podem desenvolver sérios problemas de saúde. Itabaianinha, a 120 km da capital sergipana, é conhecida como a cidade dos anões, por causa da grande quantidade existente: um para cada 300 habitantes.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos e da Cidadania (Sedhuc), dará um passo pioneiro em prol destas pessoas. Nesta sexta-feira, 24, o coordenador geral de Acessibilidade da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sérgio Nascimento, estará em Sergipe para reunir-se com o secretário de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva, com representantes da Universidade Federal de Sergipe e Instituto Federal Tecnológico de Sergipe para viabilizarem o projeto-piloto voltado para anões, resultado de uma ação conjunta com a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos (SEDH). O encontro será às 9h30 no Instituto Federal de Sergipe.

O projeto-piloto contempla o Estado com uma academia de ginástica e uma oficina de móveis adaptados. De acordo com o secretário da Sedhuc, Luiz Eduardo Oliva, a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República irá liberar os recursos necessários, para que a concretização deste Projeto.  “Fui à Brasília no início desse mês, para discutir uma ação conjunta no desenvolvimento uma tecnologia apropriada para estas pessoas. Especialistas explicam que o anão tem a caixa torácica pequena, mas seus órgãos se desenvolvem normalmente. Por isso, é preciso atenção com a saúde física. A tecnologia para a academia será desenvolvida por estas instituições parceiras”, explicou Oliva.

“É muito importante esta ação em razão de as pessoas com nanismo estarem inseridas dentro da política de pessoas com deficiência, que é extremamente inclusiva e por isso daremos uma contribuição não só para o nosso Estado, mas será um modelo para o país”, complementou o secretário.

Para a pró- reitora do IFS, professora Ruth, esse projeto é de suma importância. “Ele tem a substancial missão de inclusão. O IFS já vem sendo parceiro da Sedhuc e juntos estamos ampliando o leque de ações para que o estado de Sergipe possa ser referência nacional. Assim, fortaleceremos o Estado, instituto e universidades”, observou Ruth.

Tipos de nanismo

O nanismo é uma doença comumente genética que provoca um crescimento esquelético anormal, que geralmente resulta em um indivíduo de baixa estatura, inferior à da média populacional. Há dois tipos de anões: aqueles que possuem o nanismo pituitário e a acondroplasia.

Acondroplasia é o tipo mais comum de nanismo, pode ser hereditária ou fruto de uma mutação genética, o que significa que pessoas de estatura normal, mesmo sem ascendentes anões com esta síndrome, podem gerar filhos anões com acondroplasia.

As características mais comuns são a baixa estatura, pernas e braços pequenos e desproporcionais ao tamanho da cabeça e ao comprimento do tronco. O encurtamento ocorre principalmente na parte superior dos braços e nas coxas. Adultos com acondroplasia possuem uma curva acentuada no final da coluna vertebral, que apresenta uma saliência. Quase sempre eles têm pernas curvas e pode apresentar limites na movimentação dos cotovelos, pois eles não se dobram completamente. As mãos são pequenas e os pés são curtos e largos.

Várias crianças acondroplásicas podem flexionar a articulação de seus dedos, pulsos, cintura e joelhos a um ângulo muito grande devido a ligamentos frouxos de certas articulações. Esses sinais são normalmente observados no nascimento e a acondroplasia pode ser diagnosticada nessa época, na grande maioria dos casos. Não há geralmente alteração intelectual. A altura dos pais e da criança com acondroplasia parecem não estar ligadas com a altura que ela irá alcançar quando adulta. Psicólogos, pediatras, endocrinologistas, geneticistas, ortopedistas e neurologistas podem oferecer apoio. Diversas pesquisas estão sendo feitas sobre a síndrome e outros problemas de crescimento.

O nanismo pituitário não é considerado o “nanismo verdadeiro”, pois não é de causa genética. Sua causa é uma disfunção na glândula pituitária que causa insuficiência na produção de hormônio do crescimento. Essa insuficiência pode ter causa na inexistência, trauma ou tumor na glândula pituitária. Este tipo de nanismo também pode estar associado à deficiência de outros hormônios.