O dia especial sobre Gliricídia foi realizado nesta quarta-feira, 1º, no Campo Experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), no município de Nossa Senhora da Glória. Entre os 70 participantes produtores, técnicos da Embrapa e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), representantes do Banco do Nordeste, secretários de agricultura e meio ambiente dos municípios.
O evento ofereceu informações importantes sobre a cultura da gliricídia. Esta é uma planta forrageira característica do semiárido muito rica em proteína e altamente resistente à seca. O foco principal foi a apresentação de tecnologias para o plantio e métodos consorciados com outras culturas também características da região, além de verificar in loco todo o sistema já implantado em pouco mais de 20 hectares do campo experimental.
Segundo a coordenadora do Projeto Silagem de Gliricídia e Engenheira Agrônoma da Emdagro, Elizabeth Campos, o dia especial faz parte de um projeto elaborado em parceria com a Embrapa Semiárido e o Banco do Nordeste (BNB) com o objetivo de mostrar aos produtores rurais uma alternativa para a alimentação de bovinos e caprinos em períodos de grandes estiagens, tendo como consequência disso a redução dos custos com insumos externos por partes desses produtores.
Ela acrescenta ainda que essa é a primeira fase do projeto, que terá duração de dois anos. “Os participantes conhecerão, de forma ampla, todo o processo da cultura da gliricídia, inclusive em consórcio com outras plantas. O sistema se baseia em uma estrutura agrossilvipastoril com espécies adaptadas à seca, como é o caso da gliricídia, consorciadas com outras culturas como o milho, sorgo, feijão, melancia forrageira e palma”, afirma a coordenadora.
O segundo momento do projeto vai ser um dia de campo, o qual deverá ocorrer no mês de setembro, com a proposta de mostrar aos produtores rurais a forma de confecção da silagem de gliricídia e como fornecê-la aos animais. “Escolhemos setembro por ser um mês adequado para o preparo da silagem com vistas já para o período de seca”, comenta Elizabeth.
A consequência desse processo de multiplicação vai proporcionar, para o próximo mês de agosto, no município de Gararu, um dia de campo, onde serão implantados três áreas de gliricídia através de sementes, mudas e estacas, e mais dois hectares da forrageira consorciada com o milho e o feijão guandu, para que os produtores possam vivenciar tais experiências.
Opinião
Dentro de uma perspectiva otimista, o representante do Banco do Nordeste, Vladimir Araújo, acredita que o projeto de silagem de gliricídia vai mudar a ‘cara do sertão’. “Esse é um dia histórico porque, com a implantação desse sistema, eu vejo um grande futuro para o produtor rural do semiárido e o Banco do Nordeste não poderia ficar de fora do desenvolvimento do homem do campo”, diz.
Produtor rural do município de Nossa Senhora da Glória, Antônio Andrade, diz que há cinco anos faz uso da cultura da gliricídia em sua propriedade e reforça os benefícios da planta para o agricultor rural. “Eu comecei a produzir gliricídia há cinco anos. Hoje, tenho pouco mais de 2 hectares plantados de gliricídia consorciado com a palma, o que me deixa bastante satisfeito com os ganhos que eu venho tendo”, diz o agricultor se referindo aos ganhos com a qualidade na saúde e na produção de seus animais, além da redução nos custos com insumos externos.
“Quem não cultivar gliricídia agora, no futuro não poderá criar animais porque vai ficar fadado ao fracasso econômico”, prever Antônio Andrade, acrescentando que o evento é para ser comemorado pelo produtor, uma vez que, são ações como essas, que possibilitam a troca de informações.
Ele ainda destaca que a Emdagro veem ao longo de 20 anos orientando ao pequeno agricultor a importância de se adotar a cultura da gliricídia. “Há muito tempo atrás, mais ou menos uns 20 anos, que os técnicos da empresa nos orientam sobre a importância da gliricídia, especialmente na alimentação dos animais no período de seca, infelizmente a gente, muitas vezes, não damos ouvidos e fazemos tudo pela nossa cabeça”, conclui o produtor.
Gliricídia
A gliricídia é uma árvore muito rica em proteínas e tão resistente à seca que, mesmo durante o perídio mais seco, ela permanece verde e com altos níveis de proteínas. Há anos ela vem sendo pesquisada e utilizada na alimentação dos animais no período de escassez de chuvas, principalmente no semiárido sergipano.
Seu aproveitamento diminui a necessidade de concentrados, como farelo de soja e de trigo, o que representa um alto custo para os produtores rurais quando comprados especialmente em período secos. Forrageira serve ainda como adubo, cercas vivas e para o sombreamento, o que proporciona mais conforto para os animais, além de poder ser plantada em consórcio com outras culturas, como a palma, o milho, o feijão, entre outros.
Por ser também uma planta leguminosa (por possuir vargens), a gliricídia é muito importante na recuperação do solo por reter nitrogênios na terra garantindo, assim, uma maior adubação não só através de suas folhagens, como também através de suas raízes.
O dia especial sobre Gliricídia foi realizado nesta quarta-feira, 1º, no Campo Experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), no município de Nossa Senhora da Glória. Entre os 70 participantes produtores, técnicos da Embrapa e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), representantes do Banco do Nordeste, secretários de agricultura e meio ambiente dos municípios.
O evento ofereceu informações importantes sobre a cultura da gliricídia. Esta é uma planta forrageira característica do semiárido muito rica em proteína e altamente resistente à seca. O foco principal foi a apresentação de tecnologias para o plantio e métodos consorciados com outras culturas também características da região, além de verificar in loco todo o sistema já implantado em pouco mais de 20 hectares do campo experimental.
Segundo a coordenadora do Projeto Silagem de Gliricídia e Engenheira Agrônoma da Emdagro, Elizabeth Campos, o dia especial faz parte de um projeto elaborado em parceria com a Embrapa Semiárido e o Banco do Nordeste (BNB) com o objetivo de mostrar aos produtores rurais uma alternativa para a alimentação de bovinos e caprinos em períodos de grandes estiagens, tendo como consequência disso a redução dos custos com insumos externos por partes desses produtores.
Ela acrescenta ainda que essa é a primeira fase do projeto, que terá duração de dois anos. “Os participantes conhecerão, de forma ampla, todo o processo da cultura da gliricídia, inclusive em consórcio com outras plantas. O sistema se baseia em uma estrutura agrossilvipastoril com espécies adaptadas à seca, como é o caso da gliricídia, consorciadas com outras culturas como o milho, sorgo, feijão, melancia forrageira e palma”, afirma a coordenadora.
O segundo momento do projeto vai ser um dia de campo, o qual deverá ocorrer no mês de setembro, com a proposta de mostrar aos produtores rurais a forma de confecção da silagem de gliricídia e como fornecê-la aos animais. “Escolhemos setembro por ser um mês adequado para o preparo da silagem com vistas já para o período de seca”, comenta Elizabeth.
A consequência desse processo de multiplicação vai proporcionar, para o próximo mês de agosto, no município de Gararu, um dia de campo, onde serão implantados três áreas de gliricídia através de sementes, mudas e estacas, e mais dois hectares da forrageira consorciada com o milho e o feijão guandu, para que os produtores possam vivenciar tais experiências.
Opinião
Dentro de uma perspectiva otimista, o representante do Banco do Nordeste, Vladimir Araújo, acredita que o projeto de silagem de gliricídia vai mudar a ‘cara do sertão’. “Esse é um dia histórico porque, com a implantação desse sistema, eu vejo um grande futuro para o produtor rural do semiárido e o Banco do Nordeste não poderia ficar de fora do desenvolvimento do homem do campo”, diz.
Produtor rural do município de Nossa Senhora da Glória, Antônio Andrade, diz que há cinco anos faz uso da cultura da gliricídia em sua propriedade e reforça os benefícios da planta para o agricultor rural. “Eu comecei a produzir gliricídia há cinco anos. Hoje, tenho pouco mais de 2 hectares plantados de gliricídia consorciado com a palma, o que me deixa bastante satisfeito com os ganhos que eu venho tendo”, diz o agricultor se referindo aos ganhos com a qualidade na saúde e na produção de seus animais, além da redução nos custos com insumos externos.
“Quem não cultivar gliricídia agora, no futuro não poderá criar animais porque vai ficar fadado ao fracasso econômico”, prever Antônio Andrade, acrescentando que o evento é para ser comemorado pelo produtor, uma vez que, são ações como essas, que possibilitam a troca de informações.
Ele ainda destaca que a Emdagro veem ao longo de 20 anos orientando ao pequeno agricultor a importância de se adotar a cultura da gliricídia. “Há muito tempo atrás, mais ou menos uns 20 anos, que os técnicos da empresa nos orientam sobre a importância da gliricídia, especialmente na alimentação dos animais no período de seca, infelizmente a gente, muitas vezes, não damos ouvidos e fazemos tudo pela nossa cabeça”, conclui o produtor.
Gliricídia
A gliricídia é uma árvore muito rica em proteínas e tão resistente à seca que, mesmo durante o perídio mais seco, ela permanece verde e com altos níveis de proteínas. Há anos ela vem sendo pesquisada e utilizada na alimentação dos animais no período de escassez de chuvas, principalmente no semiárido sergipano.
Seu aproveitamento diminui a necessidade de concentrados, como farelo de soja e de trigo, o que representa um alto custo para os produtores rurais quando comprados especialmente em período secos. Forrageira serve ainda como adubo, cercas vivas e para o sombreamento, o que proporciona mais conforto para os animais, além de poder ser plantada em consórcio com outras culturas, como a palma, o milho, o feijão, entre outros.
Por ser também uma planta leguminosa (por possuir vargens), a gliricídia é muito importante na recuperação do solo por reter nitrogênios na terra garantindo, assim, uma maior adubação não só através de suas folhagens, como também através de suas raízes.