Sergipe poderá sediar o primeiro pólo científico e cultural do Instituto Vital Brazil (IVB) fora do Estado do Rio de Janeiro. A instituição que trabalha com pesquisa e produção, fabricação de produtos veterinários, biológicos e farmacêuticos planeja instalar um centro de pesquisa no Estado. Com esse intuito, foi realizada na manhã desta terça-feira, 10, uma reunião na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), com o secretário Saumíneo Nascimento, assessores da Secretaria, dirigentes das empresas vinculadas (ITPS, Fapitec e Jucese), representantes do IVB e da Rede de Pesquisa Vital para o Brasil, além do SergipeTec, local que deverá abrigar a unidade do instituto.
O IVB comemora 95 anos de atividade e 150 anos do seu fundador - o cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha. Para o presidente do museu Casa de Vital Brazil, Érico Vital Brazil, e um dos netos do pesquisador presentes no encontro, a ideia corrobora com a tradição das instituições que o Vital Brazil fundou, a exemplo do Butantã e do instituto de Niterói, na década de 20 e que eram denominados de postos antiofídicos, para levar informação às localidades mais necessitadas.
“O número de acidentados e de óbitos cai à medida que você leva informação básica, mesmo de cunho científico, mas que é fundamental para as pessoas que estão em contato ou com maior risco desses acidentes”, disse se referindo a fabricação de soros e ao destacar que os pólos atuam na capacitação de pessoal, disseminação da informação e para pesquisa.
“Sergipe é um Estado muito organizado, politicamente estável, com todas as condições para receber um posto de pesquisa desse tipo, sem falar no privilégio de ter alguns ecossistemas, como a caatinga, a restinga e a mata atlântica juntos, em um único território, o que para os pesquisadores é superimportante”, elencou Érico ao destacar os motivos que fizeram o IVB escolher o Estado para esse novo projeto.
De acordo com ele, a ideia de fazer esse levantamento da fauna do Estado, a fim de auxiliar as universidades e os pesquisadores que se interessem pelo tema, com foco nos animais peçonhentos; a receptividade do Governo do Estado, que ofereceu um espaço no SergipeTec; e os contatos que já mantinham em Sergipe, onde mora outro neto do fundador, o pesquisador Ozires Aston Vital Brazil, foram outros motivos que os impulsionou ainda mais para vir a Sergipe.
Acompanhado da presidente da Rede de Pesquisa Vital para o Brasil, a professora Doutora da Universidade Federal da Bahia, Rejane Lyra, Érico Vital esteve na Secretaria de Estado da Saúde (SES) antes de tratar com o secretário Saumíneo Nascimento (Sedetec), sobre o seminário que pretende realizar em agosto próximo, com a presença de toda a diretoria do instituto, a fim de avançar nos entendimentos para a implantação do centro de pesquisa do IVB em Sergipe.
“Para o Governo de Sergipe será uma honra receber o Instituto Vital Brazil, especificamente para fortalecer a nossa atuação em ciência e tecnologia, ampliar a participação de entidades de ciência em nosso Parque Tecnológico e estabelecer conexões com a FAPITEC, o ITPS e as Universidades que atuam no nosso Estado, através dos cursos das áreas médicas. Este poderá ser mais um importante salto na ciência, tecnologia e inovação do Estado de Sergipe”, destacou o secretário Saumíneo Nascimento.
Projeto IVB
Essa foi a segunda vez que o secretário Saumíneo Nascimento reuniu a equipe do Governo para tratar sobre o assunto. No início desse mês ele foi procurado pelo pesquisador Ozires Aston que apresentou a proposta de realizar em Sergipe ações ligadas à área de saúde, de empreendedorismo vinculado à biotecnologia, à produção de fármacos, e principalmente na área social, que até então somente eram realizadas no Estado do Rio de Janeiro, a partir da implantação de um centro de pesquisa do IVB.
“Uma das propostas é começar pela região de Poço Redondo, com assentamentos ligados a reforma agrária, capacitações, realização de cursos para discutir a questão de risco de acidentes com animais peçonhentos, e por fim como atuar no tratamento”, disse Ozires, ressaltando que seu avô, o cientista Vital Brazil (morto em 1950), era muito preocupado com a população de agricultores e camponeses, por serem mais suscetíveis às picadas de animais peçonhentos e a partir daí, a instituição desenvolveu o soro antiofídico, que age contra o veneno de cobra e de outros animais peçonhentos, a exemplo do escorpião e da aranha.
Informações do IVB revelam que a criação dos soros antipeçonhentos específicos e o antiofídico polivalente ofereceu à Medicina, pela primeira vez, um produto realmente eficaz no tratamento do acidente ofídico que, sem substituto, permanece salvando centenas de vidas nos últimos 100 anos. Até hoje não existe tratamento mais eficaz para a picada de cobra. “A nossa ideia é voltar a popularizar, como na época de Vital Brasil, a prevenção de acidentes com animais peçonhentos, além de nos aproximarmos ao público suscetível, como agricultores e pessoas que vivem no meio rural”, explicou Ozires.
Sergipe poderá sediar o primeiro pólo científico e cultural do Instituto Vital Brazil (IVB) fora do Estado do Rio de Janeiro. A instituição que trabalha com pesquisa e produção, fabricação de produtos veterinários, biológicos e farmacêuticos planeja instalar um centro de pesquisa no Estado. Com esse intuito, foi realizada na manhã desta terça-feira, 10, uma reunião na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), com o secretário Saumíneo Nascimento, assessores da Secretaria, dirigentes das empresas vinculadas (ITPS, Fapitec e Jucese), representantes do IVB e da Rede de Pesquisa Vital para o Brasil, além do SergipeTec, local que deverá abrigar a unidade do instituto.
O IVB comemora 95 anos de atividade e 150 anos do seu fundador - o cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha. Para o presidente do museu Casa de Vital Brazil, Érico Vital Brazil, e um dos netos do pesquisador presentes no encontro, a ideia corrobora com a tradição das instituições que o Vital Brazil fundou, a exemplo do Butantã e do instituto de Niterói, na década de 20 e que eram denominados de postos antiofídicos, para levar informação às localidades mais necessitadas.
“O número de acidentados e de óbitos cai à medida que você leva informação básica, mesmo de cunho científico, mas que é fundamental para as pessoas que estão em contato ou com maior risco desses acidentes”, disse se referindo a fabricação de soros e ao destacar que os pólos atuam na capacitação de pessoal, disseminação da informação e para pesquisa.
“Sergipe é um Estado muito organizado, politicamente estável, com todas as condições para receber um posto de pesquisa desse tipo, sem falar no privilégio de ter alguns ecossistemas, como a caatinga, a restinga e a mata atlântica juntos, em um único território, o que para os pesquisadores é superimportante”, elencou Érico ao destacar os motivos que fizeram o IVB escolher o Estado para esse novo projeto.
De acordo com ele, a ideia de fazer esse levantamento da fauna do Estado, a fim de auxiliar as universidades e os pesquisadores que se interessem pelo tema, com foco nos animais peçonhentos; a receptividade do Governo do Estado, que ofereceu um espaço no SergipeTec; e os contatos que já mantinham em Sergipe, onde mora outro neto do fundador, o pesquisador Ozires Aston Vital Brazil, foram outros motivos que os impulsionou ainda mais para vir a Sergipe.
Acompanhado da presidente da Rede de Pesquisa Vital para o Brasil, a professora Doutora da Universidade Federal da Bahia, Rejane Lyra, Érico Vital esteve na Secretaria de Estado da Saúde (SES) antes de tratar com o secretário Saumíneo Nascimento (Sedetec), sobre o seminário que pretende realizar em agosto próximo, com a presença de toda a diretoria do instituto, a fim de avançar nos entendimentos para a implantação do centro de pesquisa do IVB em Sergipe.
“Para o Governo de Sergipe será uma honra receber o Instituto Vital Brazil, especificamente para fortalecer a nossa atuação em ciência e tecnologia, ampliar a participação de entidades de ciência em nosso Parque Tecnológico e estabelecer conexões com a FAPITEC, o ITPS e as Universidades que atuam no nosso Estado, através dos cursos das áreas médicas. Este poderá ser mais um importante salto na ciência, tecnologia e inovação do Estado de Sergipe”, destacou o secretário Saumíneo Nascimento.
Projeto IVB
Essa foi a segunda vez que o secretário Saumíneo Nascimento reuniu a equipe do Governo para tratar sobre o assunto. No início desse mês ele foi procurado pelo pesquisador Ozires Aston que apresentou a proposta de realizar em Sergipe ações ligadas à área de saúde, de empreendedorismo vinculado à biotecnologia, à produção de fármacos, e principalmente na área social, que até então somente eram realizadas no Estado do Rio de Janeiro, a partir da implantação de um centro de pesquisa do IVB.
“Uma das propostas é começar pela região de Poço Redondo, com assentamentos ligados a reforma agrária, capacitações, realização de cursos para discutir a questão de risco de acidentes com animais peçonhentos, e por fim como atuar no tratamento”, disse Ozires, ressaltando que seu avô, o cientista Vital Brazil (morto em 1950), era muito preocupado com a população de agricultores e camponeses, por serem mais suscetíveis às picadas de animais peçonhentos e a partir daí, a instituição desenvolveu o soro antiofídico, que age contra o veneno de cobra e de outros animais peçonhentos, a exemplo do escorpião e da aranha.
Informações do IVB revelam que a criação dos soros antipeçonhentos específicos e o antiofídico polivalente ofereceu à Medicina, pela primeira vez, um produto realmente eficaz no tratamento do acidente ofídico que, sem substituto, permanece salvando centenas de vidas nos últimos 100 anos. Até hoje não existe tratamento mais eficaz para a picada de cobra. “A nossa ideia é voltar a popularizar, como na época de Vital Brasil, a prevenção de acidentes com animais peçonhentos, além de nos aproximarmos ao público suscetível, como agricultores e pessoas que vivem no meio rural”, explicou Ozires.
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