“Quem casa quer casa”. A definição usada pela dona-de-casa Edilane Bispo dos Santos, 23, para expressar seu desejo de ter a casa própria é a mesma de muitos outros assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que irão receber unidades habitacionais graças ao termo de cooperação e parceria firmado entre o Governo do Estado e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) nesta segunda-feira, 18.
A partir de um investimento de R$ 3.110.000,00, dos quais 70% são do Governo Federal, através do Ministério das Cidades e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e o restante do Governo do Estado, por meio das secretarias do Planejamento (Seplan) e da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), serão construídas 311 unidades habitacionais em áreas de reforma agrária em nove municípios sergipanos: Poço Redondo, Canindé de São Francisco, Cristinápolis, Lagarto, Itaporanga D’ajuda, Gararu, Pacatuba, Canhoba e Nossa Senhora do Socorro.
Com a assinatura do termo, o Programa Estadual de Habitação de Interesse Social ‘Casa Nova, Vida Nova’ chega à quantidade de 14.145 novas unidades habitacionais já inauguradas ou em fase de construção. O número representa cerca de 64% da meta da atual administração estadual de reduzir em 22 mil casas o déficit habitacional em Sergipe até dezembro de 2010.
O acréscimo nas cotas do ‘Casa Nova, Vida Nova’ só foi possível por conta da assinatura de um protocolo de intenções em que o Governo do Estado, tendo o BNB como instituição financeira, implementa em Sergipe o Programa de Subsídio a Habitação de Interesse Social (PSH). O ato também aconteceu nesta segunda-feira, antes da efetivação do termo de cooperação e parceria para a construção das casas.
“A atual administração estadual assumiu como grande compromisso a redução do déficit habitacional de Sergipe. Este programa que implementaremos a partir de hoje vem para somar ao ‘Casa Nova, Vida Nova’, ampliando o espectro de atuação do Governo. Também assinamos um protocolo de intenções para que outros projetos como esse, de construção de 311 casas nos assentamentos, seja apenas o primeiro de uma série”, resumiu a secretária-adjunta de Estado do Planejamento, Ana Cristina Prado Dias.
Para a secretária de Estado da Inclusão Social, Conceição Vieira, o Governo garante a inclusão pelo direito ao entregar as unidades habitacionais aos jovens assentados. “As lideranças das comunidades, do campo, dos estudantes e dos sindicatos têm espaço nesse Governo e, por isso, o pensamento com relação ao papel do Estado mudou. É muito gratificante poder estar nesse momento da história política do Brasil e de Sergipe na posição de secretária de Estado e vivenciar e contribuir de perto com essa transformação que vem sendo encabeçada pelo presidente Lula e pelo governador Marcelo Déda”, comentou.
Público especial
As novas casas serão erguidas especificamente para filhos de assentados que moram em situação precária ou aqueles que são casados, têm filhos e residem com os pais. Segundo o líder do MST em Sergipe, João Daniel, a articulação entre o Governo do Estado e o BNB representou um avanço nos programas de moradia que atendem as áreas de reforma agrária. “Essas casas vão contemplar uma demanda que não encontra recursos no Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e o PSH conseguiu encaixar esse público”, disse.
Ainda de acordo com o líder estadual, o programa assume importância fundamental para o Governo, o BNB e o MST, que desenvolve projetos na área produtiva e de infraestrutura por meio da Associação de Cooperação Agrícola do Estado de Sergipe (Acase). “Nosso interesse é de que todos possam viver no campo de forma digna e a moradia decente contribui para isso”, afirmou João Daniel.
Em seu pronunciamento, o superintendente do BNB em Sergipe, Antônio César de Santana, ressaltou o papel de destaque que Sergipe vem apresentando por conta da captação de recursos junto a organismos nacionais e internacionais, a exemplo do ‘Sergipe Cidades’ e do ‘Plano de Combate à Pobreza Rural’. “Para o Banco do Nordeste, a assinatura desse protocolo de intenções representa um divisor de águas. Sergipe está sendo o primeiro estado nordestino a receber esses recursos do Governo Federal. Nós, que já apoiamos políticas públicas através de várias ações, agora nos inserimos em um programa estadual de subsídio à habitação”, ressaltou.
O superintendente também destacou que a atual administração do Estado busca incessantemente ofertar cidadania aos sergipanos. “Oferecer acesso gratuito a moradia adequada aos cidadãos de baixa renda é uma atitude cidadã e o BNB vai continuar junto ao Governo em suas ações”, disse, informando ainda que o Banco do Nordeste tem sido parceiro do Estado no Programa de Reforma Agrária em curso no território do Alto Sertão sergipano e que já assentou, de forma pacífica, quase 200 famílias.
Vida digna
Recém-casada, Edilane dos Santos já não vê a hora de poder morar no seu próprio canto. “Quero ter a minha casa. Só estou esperando isso para ter um filho e construir minha família”, relatou a dona-de-casa, que vive na casa do sogro no povoado Santana dos Frades, município de Pacatuba.
Maria Isabel, 28, também reside em um assentamento rural no município distante 116 km da capital. Segundo ela, que tem um casal de filhos, sair da casa de taipa será um alívio. “É muito ruim, cheio de bicho. As crianças dormem embaixo de um mosquiteiro, porque eu tenho medo. Tem muito piolho de cobra, escorpião, teia de aranha. Às vezes aparece até cobra”, disse.
O jovem casal Fábio de Jesus e Jucilene Santos vive em uma casa de taipa construída no pequeno terreno do pai de Fábio, localizado em Itaporanga D’Ajuda. Casados há cinco anos, eles já tem dois filhos sustentados pela pequena plantação de mandioca, maracujá e mangaba e pela criação de animais. “Os meninos ficam com frio nesse tempo de chuva, mas a gente não pode fazer nada. Se não fosse o Governo, eu iria continuar na casinha de taipa mesmo”, contou Fábio.
Para a esposa do trabalhador rural, a dona-de-casa Jucilene Santos, morar numa casa “de bloco” significa a realização de um sonho. “Vai mudar tudo. A convivência entre a família vai melhorar, os prejuízos vão diminuir, porque temos que ficar consertando as goteiras, e também será melhor para a saúde das crianças, que tem alergia ao barro”, destacou a mãe de dois meninos, um de 3 e outro de 1 ano e meio de vida.
“Quem casa quer casa”. A definição usada pela dona-de-casa Edilane Bispo dos Santos, 23, para expressar seu desejo de ter a casa própria é a mesma de muitos outros assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que irão receber unidades habitacionais graças ao termo de cooperação e parceria firmado entre o Governo do Estado e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) nesta segunda-feira, 18.
A partir de um investimento de R$ 3.110.000,00, dos quais 70% são do Governo Federal, através do Ministério das Cidades e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e o restante do Governo do Estado, por meio das secretarias do Planejamento (Seplan) e da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), serão construídas 311 unidades habitacionais em áreas de reforma agrária em nove municípios sergipanos: Poço Redondo, Canindé de São Francisco, Cristinápolis, Lagarto, Itaporanga D’ajuda, Gararu, Pacatuba, Canhoba e Nossa Senhora do Socorro.
Com a assinatura do termo, o Programa Estadual de Habitação de Interesse Social ‘Casa Nova, Vida Nova’ chega à quantidade de 14.145 novas unidades habitacionais já inauguradas ou em fase de construção. O número representa cerca de 64% da meta da atual administração estadual de reduzir em 22 mil casas o déficit habitacional em Sergipe até dezembro de 2010.
O acréscimo nas cotas do ‘Casa Nova, Vida Nova’ só foi possível por conta da assinatura de um protocolo de intenções em que o Governo do Estado, tendo o BNB como instituição financeira, implementa em Sergipe o Programa de Subsídio a Habitação de Interesse Social (PSH). O ato também aconteceu nesta segunda-feira, antes da efetivação do termo de cooperação e parceria para a construção das casas.
“A atual administração estadual assumiu como grande compromisso a redução do déficit habitacional de Sergipe. Este programa que implementaremos a partir de hoje vem para somar ao ‘Casa Nova, Vida Nova’, ampliando o espectro de atuação do Governo. Também assinamos um protocolo de intenções para que outros projetos como esse, de construção de 311 casas nos assentamentos, seja apenas o primeiro de uma série”, resumiu a secretária-adjunta de Estado do Planejamento, Ana Cristina Prado Dias.
Para a secretária de Estado da Inclusão Social, Conceição Vieira, o Governo garante a inclusão pelo direito ao entregar as unidades habitacionais aos jovens assentados. “As lideranças das comunidades, do campo, dos estudantes e dos sindicatos têm espaço nesse Governo e, por isso, o pensamento com relação ao papel do Estado mudou. É muito gratificante poder estar nesse momento da história política do Brasil e de Sergipe na posição de secretária de Estado e vivenciar e contribuir de perto com essa transformação que vem sendo encabeçada pelo presidente Lula e pelo governador Marcelo Déda”, comentou.
Público especial
As novas casas serão erguidas especificamente para filhos de assentados que moram em situação precária ou aqueles que são casados, têm filhos e residem com os pais. Segundo o líder do MST em Sergipe, João Daniel, a articulação entre o Governo do Estado e o BNB representou um avanço nos programas de moradia que atendem as áreas de reforma agrária. “Essas casas vão contemplar uma demanda que não encontra recursos no Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e o PSH conseguiu encaixar esse público”, disse.
Ainda de acordo com o líder estadual, o programa assume importância fundamental para o Governo, o BNB e o MST, que desenvolve projetos na área produtiva e de infraestrutura por meio da Associação de Cooperação Agrícola do Estado de Sergipe (Acase). “Nosso interesse é de que todos possam viver no campo de forma digna e a moradia decente contribui para isso”, afirmou João Daniel.
Em seu pronunciamento, o superintendente do BNB em Sergipe, Antônio César de Santana, ressaltou o papel de destaque que Sergipe vem apresentando por conta da captação de recursos junto a organismos nacionais e internacionais, a exemplo do ‘Sergipe Cidades’ e do ‘Plano de Combate à Pobreza Rural’. “Para o Banco do Nordeste, a assinatura desse protocolo de intenções representa um divisor de águas. Sergipe está sendo o primeiro estado nordestino a receber esses recursos do Governo Federal. Nós, que já apoiamos políticas públicas através de várias ações, agora nos inserimos em um programa estadual de subsídio à habitação”, ressaltou.
O superintendente também destacou que a atual administração do Estado busca incessantemente ofertar cidadania aos sergipanos. “Oferecer acesso gratuito a moradia adequada aos cidadãos de baixa renda é uma atitude cidadã e o BNB vai continuar junto ao Governo em suas ações”, disse, informando ainda que o Banco do Nordeste tem sido parceiro do Estado no Programa de Reforma Agrária em curso no território do Alto Sertão sergipano e que já assentou, de forma pacífica, quase 200 famílias.
Vida digna
Recém-casada, Edilane dos Santos já não vê a hora de poder morar no seu próprio canto. “Quero ter a minha casa. Só estou esperando isso para ter um filho e construir minha família”, relatou a dona-de-casa, que vive na casa do sogro no povoado Santana dos Frades, município de Pacatuba.
Maria Isabel, 28, também reside em um assentamento rural no município distante 116 km da capital. Segundo ela, que tem um casal de filhos, sair da casa de taipa será um alívio. “É muito ruim, cheio de bicho. As crianças dormem embaixo de um mosquiteiro, porque eu tenho medo. Tem muito piolho de cobra, escorpião, teia de aranha. Às vezes aparece até cobra”, disse.
O jovem casal Fábio de Jesus e Jucilene Santos vive em uma casa de taipa construída no pequeno terreno do pai de Fábio, localizado em Itaporanga D’Ajuda. Casados há cinco anos, eles já tem dois filhos sustentados pela pequena plantação de mandioca, maracujá e mangaba e pela criação de animais. “Os meninos ficam com frio nesse tempo de chuva, mas a gente não pode fazer nada. Se não fosse o Governo, eu iria continuar na casinha de taipa mesmo”, contou Fábio.
Para a esposa do trabalhador rural, a dona-de-casa Jucilene Santos, morar numa casa “de bloco” significa a realização de um sonho. “Vai mudar tudo. A convivência entre a família vai melhorar, os prejuízos vão diminuir, porque temos que ficar consertando as goteiras, e também será melhor para a saúde das crianças, que tem alergia ao barro”, destacou a mãe de dois meninos, um de 3 e outro de 1 ano e meio de vida.