Sexta-feira, 17 de outubro, será o último dia do curso em Propriedade Intelectual que vem ocorrendo durante toda essa semana no Sebrae. O curso foi promovido através de uma parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A atividade teve o apoio do Sebrae e da Universidade Tiradentes.
Este é o terceiro e último módulo do curso, que aconteceu em três etapas: em 2006 foi ministrado o módulo básico, em 2007 o intermediário e desta vez, o módulo avançado. O curso teve como objetivo apresentar uma visão dos contratos de transferência e licenciamento de tecnologia, dos incentivos fiscais existentes e a importância da utilização de financiamentos para o desenvolvimento de novas tecnologias.
O INPI é o órgão responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas. O Instituto utiliza-se destes instrumentos para fomentar a capacitação e competitividade, com intuito de alavancar o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.
Valorização da invenção
O examinador de patente da divulgação de biotecnologia do INPI, Rodrigo Ferraez, ministrou o debate sobre Redação de Patentes. Ele trouxe modelos de pedidos de várias áreas e discutiu com os participantes cada passo da solicitação de patente.
"A grande questão do pedido de patente é saber valorizar sua invenção na hora de escrevê-la. Esta é a grande dificuldade do inventor, mostrar o que ela está fazendo de novo. É vender o peixe. Além disso, o sistema de solicitação de patentes é complexo e burocrático, o que acaba por afastar muitos inventores, a depender da área a liberação pode demorar de sete a nove anos", frisou o examinador.
Segundo Rodrigo Ferraez a demora se dá pela minúcia do exame a qual as invenções são submetidas e pelo fato de que durante quase 10 anos o INPI não realizou concursos públicos, o que resultou em um número reduzido de examinadores. "Na década de 80 eram pedidos entorno de oito a 10 mil patentes. Nesta época, o INPI contava com 300 funcionários. Quando eu entrei em 2004, existiam cerca de 22 mil pedidos de patentes e apenas cem funcionários para analisá-los", afirmou Rodrigo.
Em 2006, entretanto, foi realizado um concurso que contratou mais de cem examinadores e há uma previsão de que ainda este ano, sejam abertas mais 90 vagas.
Inovação
Nos últimos quatro anos houve uma grande mudança em todas as instituições do país que desenvolvem invenções. Hoje elas começam a ver o sistema de patente de uma forma positiva. Para Rodrigo Ferraez se continuarem os investimentos do governo, das instituições, dos estados, do município e das universidades, em 10 anos os investimentos no uso do sistema de patentes aumentará significantemente.
O examinador do INPI acredita que isso se deve principalmente a Lei de Inovação Tecnológica, que promove a interação de empresas centros de pesquisa e agências de fomento, além de promover a criação de parques tecnológicos, centros de pesquisa e incentivar a participação do inventor independente no processo de invenção.
Participantes
O Curso de propriedade intelectual atraiu um público diversificado: farmacêuticos, engenheiros, pesquisadores da área, técnicos e pessoas de outros estados. Um dele é o professor de Direito da Universidade Federal de Alagoas Querino Mallmann, doutor em propriedade intelectual.
O professor pontuou que nesta última década, a questão da propriedade intelectual tem sido muito debatida, principalmente com a disseminação da internet, o aumento da pirataria e da formação da Organização Mundial de Comércio, que trata também de propriedade intelectual neste setor. "Com a globalização e a concorrência internacional os países buscam fortalecer sua economia interna através da proteção de marcas e das patentes de invenções", explicou.
Mallmann vê com bons olhos a promoção de cursos nesta área. "Esses cursos promovidos pela Fapitec com o INPI são de extrema importância no sentido de divulgar cada vez mais a propriedade intelectual. Assim, as pessoas passam a tomar conhecimento de que aquilo que elas inventam pode ser protegido e que elas ainda podem ter um retorno financeiro com suas invenções" finalizou o professor.
Sexta-feira, 17 de outubro, será o último dia do curso em Propriedade Intelectual que vem ocorrendo durante toda essa semana no Sebrae. O curso foi promovido através de uma parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A atividade teve o apoio do Sebrae e da Universidade Tiradentes.
Este é o terceiro e último módulo do curso, que aconteceu em três etapas: em 2006 foi ministrado o módulo básico, em 2007 o intermediário e desta vez, o módulo avançado. O curso teve como objetivo apresentar uma visão dos contratos de transferência e licenciamento de tecnologia, dos incentivos fiscais existentes e a importância da utilização de financiamentos para o desenvolvimento de novas tecnologias.
O INPI é o órgão responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas. O Instituto utiliza-se destes instrumentos para fomentar a capacitação e competitividade, com intuito de alavancar o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.
Valorização da invenção
O examinador de patente da divulgação de biotecnologia do INPI, Rodrigo Ferraez, ministrou o debate sobre Redação de Patentes. Ele trouxe modelos de pedidos de várias áreas e discutiu com os participantes cada passo da solicitação de patente.
"A grande questão do pedido de patente é saber valorizar sua invenção na hora de escrevê-la. Esta é a grande dificuldade do inventor, mostrar o que ela está fazendo de novo. É vender o peixe. Além disso, o sistema de solicitação de patentes é complexo e burocrático, o que acaba por afastar muitos inventores, a depender da área a liberação pode demorar de sete a nove anos", frisou o examinador.
Segundo Rodrigo Ferraez a demora se dá pela minúcia do exame a qual as invenções são submetidas e pelo fato de que durante quase 10 anos o INPI não realizou concursos públicos, o que resultou em um número reduzido de examinadores. "Na década de 80 eram pedidos entorno de oito a 10 mil patentes. Nesta época, o INPI contava com 300 funcionários. Quando eu entrei em 2004, existiam cerca de 22 mil pedidos de patentes e apenas cem funcionários para analisá-los", afirmou Rodrigo.
Em 2006, entretanto, foi realizado um concurso que contratou mais de cem examinadores e há uma previsão de que ainda este ano, sejam abertas mais 90 vagas.
Inovação
Nos últimos quatro anos houve uma grande mudança em todas as instituições do país que desenvolvem invenções. Hoje elas começam a ver o sistema de patente de uma forma positiva. Para Rodrigo Ferraez se continuarem os investimentos do governo, das instituições, dos estados, do município e das universidades, em 10 anos os investimentos no uso do sistema de patentes aumentará significantemente.
O examinador do INPI acredita que isso se deve principalmente a Lei de Inovação Tecnológica, que promove a interação de empresas centros de pesquisa e agências de fomento, além de promover a criação de parques tecnológicos, centros de pesquisa e incentivar a participação do inventor independente no processo de invenção.
Participantes
O Curso de propriedade intelectual atraiu um público diversificado: farmacêuticos, engenheiros, pesquisadores da área, técnicos e pessoas de outros estados. Um dele é o professor de Direito da Universidade Federal de Alagoas Querino Mallmann, doutor em propriedade intelectual.
O professor pontuou que nesta última década, a questão da propriedade intelectual tem sido muito debatida, principalmente com a disseminação da internet, o aumento da pirataria e da formação da Organização Mundial de Comércio, que trata também de propriedade intelectual neste setor. "Com a globalização e a concorrência internacional os países buscam fortalecer sua economia interna através da proteção de marcas e das patentes de invenções", explicou.
Mallmann vê com bons olhos a promoção de cursos nesta área. "Esses cursos promovidos pela Fapitec com o INPI são de extrema importância no sentido de divulgar cada vez mais a propriedade intelectual. Assim, as pessoas passam a tomar conhecimento de que aquilo que elas inventam pode ser protegido e que elas ainda podem ter um retorno financeiro com suas invenções" finalizou o professor.