Considerado um dos mais importantes cursos de água do Brasil e da América Latina, o rio São Francisco celebra 515 anos nesta terça-feira, 04 de outubro. A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), tem uma enorme reverência por esse grandioso rio, não apenas pelo volume de água transportado em uma região semiárida mas, também, pelo potencial hídrico passível de aproveitamento e por sua contribuição histórica e econômica para a região.
A Bacia Hidrográfica do rio São Francisco abrange 639.219 km² de área de drenagem (7,5% do país) e vazão média de 2.850 m³/s (2% do total do país). O rio São Francisco tem 2.700 km de extensão e nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe. A Bacia possui sete unidades da federação (Bahia (48,2%), Minas Gerais (36,8%), Pernambuco (10,9%), Alagoas (2,2%), Sergipe (1,2%), Goiás (0,5%), e Distrito Federal (0,2%)) e 507 municípios (cerca de 9% do total de municípios do país).
Em Sergipe, o Rio São Francisco é o principal manancial de abastecimento de água. Dos 75 municípios sergipanos, 36 recebem água do Velho Chico, o que inclui a Grande Aracaju (Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão), o qual 70% do abastecimento é garantido pelo rio. “O Estado de Sergipe depende basicamente das águas do São Francisco para atender pouco mais de 1 milhão e meio de pessoas. São cerca de 4200 litros de água por segundo, retirados do São Francisco pela Deso”, destaca o coordenador de recursos hídricos da Deso, Luiz Carlos Souza.
Ações de preservação
Como a Companhia de Saneamento de Sergipe tem a responsabilidade de captar, transportar, tratar, reservar e distribuir a água do Rio São Francisco, a empresa adotou a iniciativa de realizar um trabalho de preservação e conservação do manancial junto com outras entidades, como o Ministério Público, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Prefeituras Municipais, a Agência Nacional de Água (ANA) e os órgãos fiscalizadores estaduais, como a Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) e a Adema.
“Existem alguns projetos bem interessantes dentro da bacia hidrográfica que transmitem, também, pra gente a necessidade de envolvimento desse projeto, como por exemplo, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), que é um projeto de fiscalização ambiental dentro da bacia hidrográfica a qual várias entidades se unem num determinado período para diminuir desmames, para atenuar mitigações e principalmente para identificar aqueles agressores do meio ambiente, como proprietários de terra que fazem irrigação de forma irregular, barramentos dos rios que alimentam o Rio São Francisco, o uso indevido das suas águas como para piscicultura ou até mesmo múltiplos usos, pessoas que fazem uso do rio como grande receptor de esgotos para criação de animais, por exemplo, e ai há uma fiscalização intensa por meio de vários órgãos como o Ministério Público Federal, Ibama, SRH, Comitê do São Francisco, a própria Deso”, pontua Luiz Carlos.
A Deso também tem o trabalho de acompanhamento e monitoramento das águas do rio mediante a coleta de suas águas para análise, com objetivo de manter um padrão de qualidade, ao mesmo tempo identificando agentes poluidores. “Nossa equipe de monitoramento frequenta o Rio São Francisco semanalmente em vários pontos, acompanhando todo o trabalho de captação de água e fazendo também a medição de vazão, coleta de água para análise, identificação dos pontos de agressão e acompanhamento das condições ambientais do rio”, afirma o coordenador de recursos hídricos da Deso.
Outro trabalho que a Companhia de Saneamento de Sergipe faz é o de limpeza dos canais fluviais do Rio São Francisco. “Nós temos, agora, sérios problemas com a redução da vazão, e com a chegada de muitas macrófitas flutuantes, principalmente aquelas que nós chamamos de ‘baronesa’, aquelas que fazem interferência direta às margens do rio porque elas se multiplicam de forma rápida, elas morrem e apodrecem ali nas margens do rio alterando consubstancialmente a qualidade dessa água. Nós temos uma equipe aqui na Deso que faz a remoção dessas macrófitas para que a água penetre os canais de irrigação com mais segurança e qualidade. Esse trabalho é feito mensalmente para proteger os pontos de captação de água onde tem influência das macrófitas”, ressalta Luiz Carlos.
Outro trabalho de preservação do Velho Chico, realizado pela Deso em conjunto com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), apoia o reflorestamento das margens dos rios que alimentam o rio. São riachos que conduzem suas águas para a calha do São Francisco, sendo alimentadores dele. “Esse é um importante projeto, pois nós não podemos depender apenas da nascente do rio, que fica em Minas Gerais. Ao longo do rio, existem vários outros afluentes que contribuem para a sua força, e ajudam na manutenção da vazão mínima do São Francisco”, diz.
Esse trabalho inclui um intenso controle junto aos proprietários de terras, plantio de mudas para conservar as nascentes e áreas de recarga e trabalho de conscientização ambiental, realizados junto às comunidades, aos proprietários de terras que passam os afluentes do rio São Francisco.
Junto à Codevasf, o outro trabalho de suma importância realizado pela Deso é a construção de sistemas de esgotamento sanitário completos, o que inclui a coleta e tratamento de esgotos em várias cidades ao longo da Bacia do São Francisco, para que a médio e logo prazo diminua-se totalmente a poluição por meio de afluentes do São Francisco. “Como a gente pode ver existem uma gama de projetos e ações na calha do São Francisco pra mostrar para a sociedade que há um interesse em preservar esse rio porque ele é a principal fonte de água para o nosso estado e para a nossa empresa”.
Para o coordenador de recursos hídricos da Deso, o dia 04 pode ser comemorado, pois há qualidades e benefícios do rio à população sergipana. “Nós temos que comemorar, mesmo porque eu vejo o Rio São Francisco como a dádiva pro sergipano. Nós não seríamos absolutamente nada do que somos sem o Rio São Francisco porque a gente sabe que água é vida e quem nos dá vida é o Rio São Francisco”.
Luiz Carlos comenta que o rio é o único manancial que o sergipano pode contar com quantidade e qualidade para atender os múltiplos usos dessa água, piscicultura, navegação, rizicultura, abastecimento público, geração de energia, entre outras séries de usos necessárias para manter a economia do estado saudável e a sociedade como um elemento tão vital como é a água. “Então eu digo que o trabalho que a gente vem fazendo enaltece mais ainda o orgulho da Deso como Companhia de Saneamento de Sergipe porque nós estamos cuidando desse bem tão precioso para todos os sergipanos. Apesar dos problemas que o rio vem passando ao longo dos últimos anos, nós também temos que comemorar porque a gente vive e sobrevive esse rio” evidencia Luiz Carlos Souza.
Considerado um dos mais importantes cursos de água do Brasil e da América Latina, o rio São Francisco celebra 515 anos nesta terça-feira, 04 de outubro. A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), tem uma enorme reverência por esse grandioso rio, não apenas pelo volume de água transportado em uma região semiárida mas, também, pelo potencial hídrico passível de aproveitamento e por sua contribuição histórica e econômica para a região.
A Bacia Hidrográfica do rio São Francisco abrange 639.219 km² de área de drenagem (7,5% do país) e vazão média de 2.850 m³/s (2% do total do país). O rio São Francisco tem 2.700 km de extensão e nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe. A Bacia possui sete unidades da federação (Bahia (48,2%), Minas Gerais (36,8%), Pernambuco (10,9%), Alagoas (2,2%), Sergipe (1,2%), Goiás (0,5%), e Distrito Federal (0,2%)) e 507 municípios (cerca de 9% do total de municípios do país).
Em Sergipe, o Rio São Francisco é o principal manancial de abastecimento de água. Dos 75 municípios sergipanos, 36 recebem água do Velho Chico, o que inclui a Grande Aracaju (Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão), o qual 70% do abastecimento é garantido pelo rio. “O Estado de Sergipe depende basicamente das águas do São Francisco para atender pouco mais de 1 milhão e meio de pessoas. São cerca de 4200 litros de água por segundo, retirados do São Francisco pela Deso”, destaca o coordenador de recursos hídricos da Deso, Luiz Carlos Souza.
Ações de preservação
Como a Companhia de Saneamento de Sergipe tem a responsabilidade de captar, transportar, tratar, reservar e distribuir a água do Rio São Francisco, a empresa adotou a iniciativa de realizar um trabalho de preservação e conservação do manancial junto com outras entidades, como o Ministério Público, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Prefeituras Municipais, a Agência Nacional de Água (ANA) e os órgãos fiscalizadores estaduais, como a Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) e a Adema.
“Existem alguns projetos bem interessantes dentro da bacia hidrográfica que transmitem, também, pra gente a necessidade de envolvimento desse projeto, como por exemplo, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), que é um projeto de fiscalização ambiental dentro da bacia hidrográfica a qual várias entidades se unem num determinado período para diminuir desmames, para atenuar mitigações e principalmente para identificar aqueles agressores do meio ambiente, como proprietários de terra que fazem irrigação de forma irregular, barramentos dos rios que alimentam o Rio São Francisco, o uso indevido das suas águas como para piscicultura ou até mesmo múltiplos usos, pessoas que fazem uso do rio como grande receptor de esgotos para criação de animais, por exemplo, e ai há uma fiscalização intensa por meio de vários órgãos como o Ministério Público Federal, Ibama, SRH, Comitê do São Francisco, a própria Deso”, pontua Luiz Carlos.
A Deso também tem o trabalho de acompanhamento e monitoramento das águas do rio mediante a coleta de suas águas para análise, com objetivo de manter um padrão de qualidade, ao mesmo tempo identificando agentes poluidores. “Nossa equipe de monitoramento frequenta o Rio São Francisco semanalmente em vários pontos, acompanhando todo o trabalho de captação de água e fazendo também a medição de vazão, coleta de água para análise, identificação dos pontos de agressão e acompanhamento das condições ambientais do rio”, afirma o coordenador de recursos hídricos da Deso.
Outro trabalho que a Companhia de Saneamento de Sergipe faz é o de limpeza dos canais fluviais do Rio São Francisco. “Nós temos, agora, sérios problemas com a redução da vazão, e com a chegada de muitas macrófitas flutuantes, principalmente aquelas que nós chamamos de ‘baronesa’, aquelas que fazem interferência direta às margens do rio porque elas se multiplicam de forma rápida, elas morrem e apodrecem ali nas margens do rio alterando consubstancialmente a qualidade dessa água. Nós temos uma equipe aqui na Deso que faz a remoção dessas macrófitas para que a água penetre os canais de irrigação com mais segurança e qualidade. Esse trabalho é feito mensalmente para proteger os pontos de captação de água onde tem influência das macrófitas”, ressalta Luiz Carlos.
Outro trabalho de preservação do Velho Chico, realizado pela Deso em conjunto com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), apoia o reflorestamento das margens dos rios que alimentam o rio. São riachos que conduzem suas águas para a calha do São Francisco, sendo alimentadores dele. “Esse é um importante projeto, pois nós não podemos depender apenas da nascente do rio, que fica em Minas Gerais. Ao longo do rio, existem vários outros afluentes que contribuem para a sua força, e ajudam na manutenção da vazão mínima do São Francisco”, diz.
Esse trabalho inclui um intenso controle junto aos proprietários de terras, plantio de mudas para conservar as nascentes e áreas de recarga e trabalho de conscientização ambiental, realizados junto às comunidades, aos proprietários de terras que passam os afluentes do rio São Francisco.
Junto à Codevasf, o outro trabalho de suma importância realizado pela Deso é a construção de sistemas de esgotamento sanitário completos, o que inclui a coleta e tratamento de esgotos em várias cidades ao longo da Bacia do São Francisco, para que a médio e logo prazo diminua-se totalmente a poluição por meio de afluentes do São Francisco. “Como a gente pode ver existem uma gama de projetos e ações na calha do São Francisco pra mostrar para a sociedade que há um interesse em preservar esse rio porque ele é a principal fonte de água para o nosso estado e para a nossa empresa”.
Para o coordenador de recursos hídricos da Deso, o dia 04 pode ser comemorado, pois há qualidades e benefícios do rio à população sergipana. “Nós temos que comemorar, mesmo porque eu vejo o Rio São Francisco como a dádiva pro sergipano. Nós não seríamos absolutamente nada do que somos sem o Rio São Francisco porque a gente sabe que água é vida e quem nos dá vida é o Rio São Francisco”.
Luiz Carlos comenta que o rio é o único manancial que o sergipano pode contar com quantidade e qualidade para atender os múltiplos usos dessa água, piscicultura, navegação, rizicultura, abastecimento público, geração de energia, entre outras séries de usos necessárias para manter a economia do estado saudável e a sociedade como um elemento tão vital como é a água. “Então eu digo que o trabalho que a gente vem fazendo enaltece mais ainda o orgulho da Deso como Companhia de Saneamento de Sergipe porque nós estamos cuidando desse bem tão precioso para todos os sergipanos. Apesar dos problemas que o rio vem passando ao longo dos últimos anos, nós também temos que comemorar porque a gente vive e sobrevive esse rio” evidencia Luiz Carlos Souza.