Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para o desenvolvimento rural sustentável, para a diversidade da agricultura familiar e da redução das desigualdades e para as políticas públicas, além da Gestão, financiamento, demanda e ofertas de serviços de ater e a metodologia de abordagens de extensão, esses foram os eixos temáticos apreciados na I Conferência Territorial de Ater do Baixo São Francisco, ocorrida no último dia 10 de fevereiro em Japoatã. O evento reuniu 65 representantes da agricultura familiar e outros segmentos relacionados e envolvidos com o desenvolvimento agropecuário no campo.
 
O documento base foi o parâmetro de todos os grupos, que buscaram contextualizar o meio rural, a Ater no Brasil e os avanços obtidos, seus desafios e proposições para cada um dos eixos temáticos abordados. Nos grupos fizeram parte os Técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), representantes da Delegacia Federal do MDA em Sergipe, Colegiado Territorial, prefeituras, câmaras de vereadores, associações, cooperativas, Escola Família Agrícola, sindicatos rurais, sindicatos de trabalhadores rurais, ONGs, movimentos sociais, agricultores (as) familiares, e assentados de reforma agrária dos municípios do Território.
 
As Conferências Territoriais estão previstas para ocorrer nos oito Territórios Rurais do estado, cujos encontros irão subsidiar o planejamento das estratégias a ser definidas durante a 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Cnater), a ser realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), entre os dias 23 e 26 de abril, em Brasília (DF).
 
As conferências territoriais têm como objetivo discutir um conjunto de políticas públicas que buscam mudar as condições socioeconômicas dos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Esse objetivo também fará parte de pauta das conferências estaduais. Entre eles está o fortalecimento das políticas de Ater, quantitativa e qualitativamente, e como é possível promover um desenvolvimento rural sustentável.

Formatação
 
Os encontros territoriais de Sergipe foram estruturados de acordo com a proporção recomendada pelo MDA para a formação das etapas estaduais e nacionais. Por isso, o encontro é composto em sua maioria por representantes da sociedade civil. Esse grupo equivale à 2/3 do público presente na reunião.
 
Os membros do governo correspondem a 1/3. Do percentual da sociedade civil, 75% são agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Os 25% restantes são oriundos de entidades não governamentais executoras de serviços de Ater. Os membros do governo estão divididos em duas classes: 60% são de entidades governamentais executoras de serviços de assistência técnica e 40% de órgãos públicos dos poderes executivo, legislativo e judiciário das esferas estadual e municipal. A proporção é a mesma definida pelo MDA para a formação das etapas estaduais e nacional, que também mantém a paridade no número de homens e mulheres.
 
Programação
 
Iniciadas em 10 de fevereiro, as conferências territoriais sergipanas estão programadas para ocorrer até o último dia do mês. A iniciativa inédita abrangerá os territórios do Baixo São Francisco, Alto Sertão, Médio Sertão, Agreste Central, Centro Sul, Sul Sergipano, Grande Aracaju, Leste Sergipano, conforme calendário abaixo: