"Em um único ano, o Brasil reduziu a pobreza em 21% e conseguiu reduzir em 16% a extrema pobreza. A fome não é mais um fenômeno estendido e sim isolado. Esses dados mostram uma revolução que está acontecendo no Brasil a partir do Bolsa Família", disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, citando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/2012).
A informação foi dada durante entrevista para 20 jornalistas estrangeiros e brasileiros que estavam no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (23), para a cobertura da Copa do Mundo FIFA 2014. Ela respondeu perguntas de profissionais interessados em conhecer as políticas brasileiras de combate à pobreza.
Segundo Campello, os resultados obtidos até agora permitem derrubar alguns mitos com relação ao Programa Bolsa Família. O primeiro mito é o de que as mulheres teriam mais filhos para receber mais recursos do programa. Isso não ocorreu: a taxa de fecundidade caiu nesse período, principalmente entre os beneficiários do programa. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,4 filhos por mulher no ano 2000 para 1,77 em 2013.
O segundo mito era o de que as pessoas gastariam mal o dinheiro do benefício, mas as pesquisas demonstram que o recurso é gasto prioritariamente com itens como alimentação, roupas, calçados e medicamentos.
O terceiro mito era de que os beneficiários deixariam de trabalhar para viver somente do Bolsa. “Os dados mostram que 70% dos adultos do programa trabalham e já são 1,2 milhão de matrículas feitas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que permitirá a inclusão profissional dos beneficiários no mercado de trabalho”, destacou.
De acordo com a ministra, entre 2002 e 2012, diminuiu em quase 40% a defasagem na relação idade/ano escolar entre os 20% mais pobres, considerando os jovens de 15 anos, e o resto dos estudantes (na mesma faixa etária).
Campello informou ainda que a mortalidade infantil por desnutrição caiu 58% desde 2002. Isso permitiu ao Brasil alcançar já em 2011 a Meta do Milênio para este item, fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o ano de 2015. No entanto, ela lembra que há 300 mil famílias fora do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e, portanto, sem acesso aos serviços públicos.
Durante a coletiva, ela também reforçou que um dos grandes desafios do Brasil será o de promover alimentação saudável e sustentável a partir da promoção da agricultura familiar e orgânica.
Fonte: Ascom/MDS
"Em um único ano, o Brasil reduziu a pobreza em 21% e conseguiu reduzir em 16% a extrema pobreza. A fome não é mais um fenômeno estendido e sim isolado. Esses dados mostram uma revolução que está acontecendo no Brasil a partir do Bolsa Família", disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, citando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/2012).
A informação foi dada durante entrevista para 20 jornalistas estrangeiros e brasileiros que estavam no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (23), para a cobertura da Copa do Mundo FIFA 2014. Ela respondeu perguntas de profissionais interessados em conhecer as políticas brasileiras de combate à pobreza.
Segundo Campello, os resultados obtidos até agora permitem derrubar alguns mitos com relação ao Programa Bolsa Família. O primeiro mito é o de que as mulheres teriam mais filhos para receber mais recursos do programa. Isso não ocorreu: a taxa de fecundidade caiu nesse período, principalmente entre os beneficiários do programa. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,4 filhos por mulher no ano 2000 para 1,77 em 2013.
O segundo mito era o de que as pessoas gastariam mal o dinheiro do benefício, mas as pesquisas demonstram que o recurso é gasto prioritariamente com itens como alimentação, roupas, calçados e medicamentos.
O terceiro mito era de que os beneficiários deixariam de trabalhar para viver somente do Bolsa. “Os dados mostram que 70% dos adultos do programa trabalham e já são 1,2 milhão de matrículas feitas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que permitirá a inclusão profissional dos beneficiários no mercado de trabalho”, destacou.
De acordo com a ministra, entre 2002 e 2012, diminuiu em quase 40% a defasagem na relação idade/ano escolar entre os 20% mais pobres, considerando os jovens de 15 anos, e o resto dos estudantes (na mesma faixa etária).
Campello informou ainda que a mortalidade infantil por desnutrição caiu 58% desde 2002. Isso permitiu ao Brasil alcançar já em 2011 a Meta do Milênio para este item, fixada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o ano de 2015. No entanto, ela lembra que há 300 mil famílias fora do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e, portanto, sem acesso aos serviços públicos.
Durante a coletiva, ela também reforçou que um dos grandes desafios do Brasil será o de promover alimentação saudável e sustentável a partir da promoção da agricultura familiar e orgânica.
Fonte: Ascom/MDS