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Terça-Feira, 28 de Julho de 2015 às 07:11:00
Investimento de R$ 16 milhões garante apoio financeiro a agricultores sergipanos
Nesta quarta-feira, dia 29, 700 cortadores de cana da região de Capela recebem a primeira parcela do Mão Amiga

A subsistência de 24.595 trabalhadores rurais sergipanos está assegurada graças a dois programas implantados em Sergipe, Mão Amiga e Garantia Safra. As duas iniciativas garantem apoio financeiro nos períodos entre uma safra e outra de laranja e cana-de-açúcar, e de perdas de produção devido à seca ou excesso de chuvas, respectivamente. São mais de R$ 16.209 milhões investidos em benefícios, repassados parceladamente. Para este ano, o Governo do Estado já iniciou o pagamento para 3.595 cortadores de cana-de-açúcar de 20 municípios sergipanos. Os programas integram o Plano de fortalecimento da agricultura familiar executado pelo Governo do Estado.

Mantido pelo Governo do Estado, o Mão Amiga objetiva suavizar os efeitos do desemprego, causado pelos períodos de entressafra, segundo explica a diretora de inclusão produtiva da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (Seidh), Heleonora Cerqueira. O programa garante o benefício de quatro parcelas no valor de R$ 190 cada. Em contrapartida, os beneficiários obrigatoriamente participam de capacitações oferecidas pelo comitê gestor do programa. 

Os trabalhadores também recebem o benefício extra, o Bolsa Estudo, com três parcelas de R$ 100, cada, para incentivar analfabetos a ingressarem em turmas ofertadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). De 2009 até o pagamento da 1ª parcela da cana-de-açúcar em 2015, o programa já investiu mais de R$ 30 milhões. Somente a primeira parcela corresponde a R$ 683.050. O benefício deste ano começou a ser pagp no último dia 22e termina nesta quarta-feira, dia 29. São 3.595 cortadores de cana-de-açúcar beneficiados.

Uma das beneficiadas do Mão Amiga é a cortadora de cana Adriana dos Santos, que mora no município de Areia Branca, Agreste Central do estado. “Recebo o auxílio há cerca de três anos e ele me ajuda muito no pagamento de contas e compra de alimentos. Se não tivesse esse dinheiro, iria ser muito ruim”. Ela ainda conta que antes de estar cadastrada no programa, durante o período de entressafra, precisava viajar até Aracaju para fazer faxina e arrecadar uma quantia que complementasse a renda familiar.

Quem também testemunha as dificuldades no período da entressafra, desta vez da laranja, é a catadora Maria Luciene de Jesus. “Quando não tem laranja fica muito difícil para sobreviver. Por isso agradeço demais essa ajuda que recebo do Mão Amiga. Esse dinheiro serve para comprar comida, remédio e roupa para meu filho. A gente mora na roça, mas tem as mesmas necessidades de quem vive na cidade, então precisamos de uma renda pra fazer tudo isso”, destacou.

De acordo com Roberta Bueno, psicóloga da Secretaria de Assistência Social, Combate a Pobreza e da Mulher de Japaratuba [município de cultura da cana-de-açúcar], o Mão Amiga surgiu como um alívio para os trabalhadores rurais. “Esse é um dinheiro certo para os agricultores. Existe todo um trabalho feito pelo Governo do Estado, que, inclusive, inclui ações de capacitação e alfabetização. Acompanho o projeto desde o início e vejo que o número de beneficiários vem aumentando”, comentou.

Os municípios sergipanos beneficiados com o Mão Amiga são: Areia Branca, Pacatuba, São Francisco, Japoatã, São Cristóvão, Laranjeiras, Riachuelo, Divina Pastora, Santa Rosa de Lima, Maruim, Rosário, Siriri, Dores, Neópolis, Santana de São Francisco, Muribeca, Malhada dos Bois, Japaratuba, Capela e Santo Amaro. Já os meses de entressafra da cana vão de maio a agosto, e da laranja de novembro a fevereiro.

Para participar do programa é necessário realizar inscrição anualmente na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais ou da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) do município beneficiado, e levar identidade, CPF, número da Inscrição Social e cópia da Carteira de Trabalho.

Garantia Safra

25 mil acessos. Essa é a proposta do Garantia Safra para Sergipe em 2015. O programa, que objetiva garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores familiares dos municípios sujeitos a perdas de safra em razão do fenômeno de estiagem ou excesso de chuva, movimenta R$ 13,477 milhões em Glória, Monte Alegre, Gararu, Poço Redondo, Porto da Folha e Canindé do São Francisco, segundo conta o secretário estadual de Agricultura, Esmeraldo Leal. Até o momento 23.164 trabalhadores já estão inscritos na iniciativa.

Em 2014, foram mais de 23 mil acessos ao programa. “No ano anterior tivemos um número significativo de beneficiários. Para 2015, ainda estamos em processo de credenciamento. A adesão das prefeituras encerra este mês e o Estado já se prepara para fazer o aporte”, relatou Esmeraldo Leal, acrescentando que o benefício é de R$ 850, pago em cinco parcelas.

O Garantia Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), implantado pelo Governo Federal e apoiado pelo Estadual. São beneficiados os municípios onde são verificadas perdas de, pelo menos, 50% do conjunto da produção de feijão, milho, arroz, mandioca, algodão ou outras culturas definidas pelo órgão gestor. Para se inscrever, o agricultor deve ficar atento se a localidade onde mora está inscrita no programa e ainda ter uma rena familiar mensal inferior a um e meio salário mínimo. Além disso, a adesão deve ser feita antes do plantio e o candidato não pode ter área superior a quatro módulos fiscais. O último requisito é que a área total a ser plantada deve ser de, no mínimo, 0,6 hectares e, no máximo, 5.

O agricultor Sebastião, de Poço Verde, já foi beneficiado pelo Garantia Safra e disse que investiu o dinheiro na compra de sementes e quitação de despesas domésticas. “Perdi toda produção de feijão e milho de três tarefas plantadas. O programa me ajudou muito, pois consegui comprar sementes para outro plantio e paguei as despesas da casa. O saco com 60 kg de semente de feijão era R$ 180. Se não fosse o benefício, ficaria muito mais apertado porque o que produzimos é para consumo”, afirmou.

Vale destacar que o benefício do Garantia Safra não é contínuo, mas sim pontual. Caso ocorra novo prejuízo, os governos estaduais e municipais socorrem novamente os agricultores e solicita ao Governo Federal nova adesão ao programa.

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Investimento de R$ 16 milhões garante apoio financeiro a agricultores sergipanos
Nesta quarta-feira, dia 29, 700 cortadores de cana da região de Capela recebem a primeira parcela do Mão Amiga
Terça-Feira, 28 de Julho de 2015 às 07:11:00

A subsistência de 24.595 trabalhadores rurais sergipanos está assegurada graças a dois programas implantados em Sergipe, Mão Amiga e Garantia Safra. As duas iniciativas garantem apoio financeiro nos períodos entre uma safra e outra de laranja e cana-de-açúcar, e de perdas de produção devido à seca ou excesso de chuvas, respectivamente. São mais de R$ 16.209 milhões investidos em benefícios, repassados parceladamente. Para este ano, o Governo do Estado já iniciou o pagamento para 3.595 cortadores de cana-de-açúcar de 20 municípios sergipanos. Os programas integram o Plano de fortalecimento da agricultura familiar executado pelo Governo do Estado.

Mantido pelo Governo do Estado, o Mão Amiga objetiva suavizar os efeitos do desemprego, causado pelos períodos de entressafra, segundo explica a diretora de inclusão produtiva da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (Seidh), Heleonora Cerqueira. O programa garante o benefício de quatro parcelas no valor de R$ 190 cada. Em contrapartida, os beneficiários obrigatoriamente participam de capacitações oferecidas pelo comitê gestor do programa. 

Os trabalhadores também recebem o benefício extra, o Bolsa Estudo, com três parcelas de R$ 100, cada, para incentivar analfabetos a ingressarem em turmas ofertadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). De 2009 até o pagamento da 1ª parcela da cana-de-açúcar em 2015, o programa já investiu mais de R$ 30 milhões. Somente a primeira parcela corresponde a R$ 683.050. O benefício deste ano começou a ser pagp no último dia 22e termina nesta quarta-feira, dia 29. São 3.595 cortadores de cana-de-açúcar beneficiados.

Uma das beneficiadas do Mão Amiga é a cortadora de cana Adriana dos Santos, que mora no município de Areia Branca, Agreste Central do estado. “Recebo o auxílio há cerca de três anos e ele me ajuda muito no pagamento de contas e compra de alimentos. Se não tivesse esse dinheiro, iria ser muito ruim”. Ela ainda conta que antes de estar cadastrada no programa, durante o período de entressafra, precisava viajar até Aracaju para fazer faxina e arrecadar uma quantia que complementasse a renda familiar.

Quem também testemunha as dificuldades no período da entressafra, desta vez da laranja, é a catadora Maria Luciene de Jesus. “Quando não tem laranja fica muito difícil para sobreviver. Por isso agradeço demais essa ajuda que recebo do Mão Amiga. Esse dinheiro serve para comprar comida, remédio e roupa para meu filho. A gente mora na roça, mas tem as mesmas necessidades de quem vive na cidade, então precisamos de uma renda pra fazer tudo isso”, destacou.

De acordo com Roberta Bueno, psicóloga da Secretaria de Assistência Social, Combate a Pobreza e da Mulher de Japaratuba [município de cultura da cana-de-açúcar], o Mão Amiga surgiu como um alívio para os trabalhadores rurais. “Esse é um dinheiro certo para os agricultores. Existe todo um trabalho feito pelo Governo do Estado, que, inclusive, inclui ações de capacitação e alfabetização. Acompanho o projeto desde o início e vejo que o número de beneficiários vem aumentando”, comentou.

Os municípios sergipanos beneficiados com o Mão Amiga são: Areia Branca, Pacatuba, São Francisco, Japoatã, São Cristóvão, Laranjeiras, Riachuelo, Divina Pastora, Santa Rosa de Lima, Maruim, Rosário, Siriri, Dores, Neópolis, Santana de São Francisco, Muribeca, Malhada dos Bois, Japaratuba, Capela e Santo Amaro. Já os meses de entressafra da cana vão de maio a agosto, e da laranja de novembro a fevereiro.

Para participar do programa é necessário realizar inscrição anualmente na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais ou da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) do município beneficiado, e levar identidade, CPF, número da Inscrição Social e cópia da Carteira de Trabalho.

Garantia Safra

25 mil acessos. Essa é a proposta do Garantia Safra para Sergipe em 2015. O programa, que objetiva garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores familiares dos municípios sujeitos a perdas de safra em razão do fenômeno de estiagem ou excesso de chuva, movimenta R$ 13,477 milhões em Glória, Monte Alegre, Gararu, Poço Redondo, Porto da Folha e Canindé do São Francisco, segundo conta o secretário estadual de Agricultura, Esmeraldo Leal. Até o momento 23.164 trabalhadores já estão inscritos na iniciativa.

Em 2014, foram mais de 23 mil acessos ao programa. “No ano anterior tivemos um número significativo de beneficiários. Para 2015, ainda estamos em processo de credenciamento. A adesão das prefeituras encerra este mês e o Estado já se prepara para fazer o aporte”, relatou Esmeraldo Leal, acrescentando que o benefício é de R$ 850, pago em cinco parcelas.

O Garantia Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), implantado pelo Governo Federal e apoiado pelo Estadual. São beneficiados os municípios onde são verificadas perdas de, pelo menos, 50% do conjunto da produção de feijão, milho, arroz, mandioca, algodão ou outras culturas definidas pelo órgão gestor. Para se inscrever, o agricultor deve ficar atento se a localidade onde mora está inscrita no programa e ainda ter uma rena familiar mensal inferior a um e meio salário mínimo. Além disso, a adesão deve ser feita antes do plantio e o candidato não pode ter área superior a quatro módulos fiscais. O último requisito é que a área total a ser plantada deve ser de, no mínimo, 0,6 hectares e, no máximo, 5.

O agricultor Sebastião, de Poço Verde, já foi beneficiado pelo Garantia Safra e disse que investiu o dinheiro na compra de sementes e quitação de despesas domésticas. “Perdi toda produção de feijão e milho de três tarefas plantadas. O programa me ajudou muito, pois consegui comprar sementes para outro plantio e paguei as despesas da casa. O saco com 60 kg de semente de feijão era R$ 180. Se não fosse o benefício, ficaria muito mais apertado porque o que produzimos é para consumo”, afirmou.

Vale destacar que o benefício do Garantia Safra não é contínuo, mas sim pontual. Caso ocorra novo prejuízo, os governos estaduais e municipais socorrem novamente os agricultores e solicita ao Governo Federal nova adesão ao programa.