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Segunda-Feira, 31 de Agosto de 2020 às 10:45:00
Professor de escola estadual cria laboratório virtual para impulsionar ações escolares em Indiaroba
Lotado no Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, unidade que oferta o ensino médio em tempo integral, em Indiaroba, o professor Matheus Ribeiro adotou os conceitos de Educomunicação em suas práticas educacionais.

Ressignificar o fazer pedagógico em tempos de pandemia é um princípio utilizado por muitos educadores da rede estadual de Sergipe. E é o que tem feito o professor Matheus Ribeiro Menezes, do Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, unidade escolar que oferta o ensino médio em tempo integral, no município de Indiaroba, no Sul de Sergipe, o qual desenvolveu a versão virtual do Laboratório de Tecnologias em Educomunicação (Lateeducom), trabalho criado em 2017 na unidade. Com a suspensão das atividades na escola, o laboratório é o principal canal utilizado para manutenção das aulas não presenciais, podendo ser acessado no YouTube:

Desde então, o Lateeducom tem contribuído para impulsionar as ações do colégio, apoiando a equipe pedagógica na construção de palestras, conferências e videoaulas para o ambiente virtual. “De uma forma orquestrada, os docentes gravam as aulas e enviam a mim para edição, finalização e postagem a fim de que os alunos possam assistir às aulas remotas. O atual coordenador Jadson Teles está usando essa expertise para fazer a primeira ´Feira Virtual das Profissões´ para a qual ele traz profissionais de diversas áreas, estimulando os nossos alunos a alinharem seus projetos de vida por meio do audiovisual, relatos de como é a formação do profissional entrevistado, seu campo de trabalho, os desafios enfrentados, dentre outros aspectos”, explicou o professor de Espanhol e Arte, Matheus Ribeiro.

Antes disso, o educador sergipano, que tem formação em Design Gráfico, Licenciaturas em Artes Visuais e Letras Português/Espanhol, além de graduação em Comunicação Social – Audiovisual, já vinha construindo uma vasta trajetória e expressiva contribuição para a disseminação da Educacomunicação na Educação Básica de Sergipe. Em uma escola particular de Aracaju, deu os primeiros passos ministrando aulas de Desenho Geométrico e Informática. Anos depois, na rede municipal de ensino da capital, como oficineiro do projeto Mais Educação, conduziu o curso Rádio Escola.

Em 2015, o professor Matheus Ribeiro começou a lecionar no Colégio Estadual Benedito Barreto do Nascimento, em Umbaúba, onde colocou em prática algumas de suas ideias sobre Educação e Comunicação Social a fim de integrar a comunidade estudantil. Em seguida, em 2017, lotado no Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, em Indiaroba, com o apoio da equipe gestora, o educador empreendeu novas estratégias na rotina dos estudantes com o Laboratório de Tecnologias em Educomunicação (Lateeducom), que resultou na reestruturação da rádio escolar, momento no qual foram realizadas a manutenção e a recuperação de computadores.

“No Arquibaldo, fui convidado pelo coordenador a ministrar uma disciplina eletiva que trabalhava as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na educação. A direção, na época, abdicou de sua sala e permitiu que eu criasse um laboratório, o que resultou no Lateeducom. A criação desse laboratório se deu a partir dos antigos equipamentos do projeto Arte com Ciência que, por sorte, essa escola em que estou também havia sido contemplada, por meio de investimento financeiro próprio e de apoio logístico da Diretoria Regional de Educação 1 (DRE 1)”, contou Matheus, elencando alguns trabalhos desenvolvidos, como o teatro de fantoches da eletiva ‘Vozes do Além’, produzido em parceria com a professora de Português, Jussara Passos; o quadro ‘Drica Explica’, videoaulas da professora de Educação Física, Adriana Ferraz, além das aulas de Espanhol e Arte.

Para o professor Joedson Teles, diretor interino do Arquibaldo, em tempos pandêmicos, se faz necessária a busca de novas formas de educar e transmitir o conhecimento, de maneira que o papel da escola nesses períodos é reordenar o olhar e o pensamento em busca de novos mecanismos que operam em consonância com as novas necessidades que se abrem no cotidiano de todos que fazem a escola.

“Sendo assim, o Lateeducom, que surgiu como resultado de uma disciplina eletiva, é nada mais natural que se tornasse uma ferramenta que ajudasse sobremaneira a reconfigurar o modo que mediamos os conteúdos e a comunicação com os nossos discentes. Dessa forma, aproveitamos o canal no laboratório presente no YouTube para transmitir aulas síncronas e assíncronas, projetos virtuais como a ‘Feira Virtual das Profissões’, por meio das disciplinas Projeto de vida e Pós-médio, ministradas pelos professores Micaelle Rocha e Célio Ricardo. O canal verdadeiramente tem sido um diferencial significativo na busca de transmitir aos nossos alunos um conjunto de competências e habilidades necessárias para a apreensão de um aprendizado significativo”, declarou o gestor.

O aluno Thiago Galotti conta que o laboratório o ajudou muito no seu desenvolvimento escolar, com ganhos especificamente na redação de matérias para o jornal da escola, além da edição de vídeos. Outro jovem protagonista do Lateeducom é o estudante Samuel Mendes, que faz locução e orienta outros colegas no projeto. “Estamos trabalhando para que essa iniciativa venha crescer cada vez mais”, frisou Samuel.

Parcerias

A fim de incentivar a comunidade estudantil sobre os conceitos do audiovisual e uso da oralidade nas produções cinematográficas, a parceria entre os professores Jussara Passos e Matheus Ribeiro, a qual se deu partir de uma eletiva do EMTI, culminou na criação do teatro de fantoches, que pode ser acessado no YouTube:

“Fizemos uma releitura de um conto de Natal e os alunos atuaram. Foi um trabalho muito rico porque inicialmente esses estudantes tinham vergonha de falar em público, de expressar seus pontos de vista, e com o teatro eles conseguem desenvolver com maior facilidade a comunicação oral”, disse Jussara, que atualmente leciona no Centro de Excelência Senador Walter Franco, em Estância.

Outra parceira do Lateeducom, a professora Adriana Ferraz levou para o ambiente virtual videoaulas com o ‘Drica Explica’, conteúdo da disciplina Educação Física, alternativa criada para abordar alguns conceitos básicos. Ela conta que a parceria começou após o Lateeducom criar uma nova roupagem para o projeto Arte com Ciência (2015/2016) e que proporcionou um elo entre aluno, professor e o conhecimento. “Neste momento, as mídias sociais têm nos permitido grandes experiências, mantendo o vínculo com a comunidade escolar, que continua conectada com a aprendizagem”, enfatizou, informando que além do YouTube, outros aplicativos, como TikTok e plataformas de podcast, têm ajudado na construção das aulas a distância.

Entusiasta e defensor da Educomunicação, o professor Matheus Ribeiro vislumbra uma maior discussão em torno da Educação, Comunicação e Tecnologia nas escolas. “Isso estimula muitos de nossos alunos, mesmo em meio à pandemia, a não desistirem de estudar e almejar uma profissão. Esse é o Lateeducom: mais que um laboratório, um conceito concretizado do que a comunicação e a educação podem fazer na comunidade escolar”, concluiu o professor.

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Professor de escola estadual cria laboratório virtual para impulsionar ações escolares em Indiaroba
Lotado no Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, unidade que oferta o ensino médio em tempo integral, em Indiaroba, o professor Matheus Ribeiro adotou os conceitos de Educomunicação em suas práticas educacionais.
Segunda-Feira, 31 de Agosto de 2020 às 10:45:00

Ressignificar o fazer pedagógico em tempos de pandemia é um princípio utilizado por muitos educadores da rede estadual de Sergipe. E é o que tem feito o professor Matheus Ribeiro Menezes, do Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, unidade escolar que oferta o ensino médio em tempo integral, no município de Indiaroba, no Sul de Sergipe, o qual desenvolveu a versão virtual do Laboratório de Tecnologias em Educomunicação (Lateeducom), trabalho criado em 2017 na unidade. Com a suspensão das atividades na escola, o laboratório é o principal canal utilizado para manutenção das aulas não presenciais, podendo ser acessado no YouTube:

Desde então, o Lateeducom tem contribuído para impulsionar as ações do colégio, apoiando a equipe pedagógica na construção de palestras, conferências e videoaulas para o ambiente virtual. “De uma forma orquestrada, os docentes gravam as aulas e enviam a mim para edição, finalização e postagem a fim de que os alunos possam assistir às aulas remotas. O atual coordenador Jadson Teles está usando essa expertise para fazer a primeira ´Feira Virtual das Profissões´ para a qual ele traz profissionais de diversas áreas, estimulando os nossos alunos a alinharem seus projetos de vida por meio do audiovisual, relatos de como é a formação do profissional entrevistado, seu campo de trabalho, os desafios enfrentados, dentre outros aspectos”, explicou o professor de Espanhol e Arte, Matheus Ribeiro.

Antes disso, o educador sergipano, que tem formação em Design Gráfico, Licenciaturas em Artes Visuais e Letras Português/Espanhol, além de graduação em Comunicação Social – Audiovisual, já vinha construindo uma vasta trajetória e expressiva contribuição para a disseminação da Educacomunicação na Educação Básica de Sergipe. Em uma escola particular de Aracaju, deu os primeiros passos ministrando aulas de Desenho Geométrico e Informática. Anos depois, na rede municipal de ensino da capital, como oficineiro do projeto Mais Educação, conduziu o curso Rádio Escola.

Em 2015, o professor Matheus Ribeiro começou a lecionar no Colégio Estadual Benedito Barreto do Nascimento, em Umbaúba, onde colocou em prática algumas de suas ideias sobre Educação e Comunicação Social a fim de integrar a comunidade estudantil. Em seguida, em 2017, lotado no Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça, em Indiaroba, com o apoio da equipe gestora, o educador empreendeu novas estratégias na rotina dos estudantes com o Laboratório de Tecnologias em Educomunicação (Lateeducom), que resultou na reestruturação da rádio escolar, momento no qual foram realizadas a manutenção e a recuperação de computadores.

“No Arquibaldo, fui convidado pelo coordenador a ministrar uma disciplina eletiva que trabalhava as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na educação. A direção, na época, abdicou de sua sala e permitiu que eu criasse um laboratório, o que resultou no Lateeducom. A criação desse laboratório se deu a partir dos antigos equipamentos do projeto Arte com Ciência que, por sorte, essa escola em que estou também havia sido contemplada, por meio de investimento financeiro próprio e de apoio logístico da Diretoria Regional de Educação 1 (DRE 1)”, contou Matheus, elencando alguns trabalhos desenvolvidos, como o teatro de fantoches da eletiva ‘Vozes do Além’, produzido em parceria com a professora de Português, Jussara Passos; o quadro ‘Drica Explica’, videoaulas da professora de Educação Física, Adriana Ferraz, além das aulas de Espanhol e Arte.

Para o professor Joedson Teles, diretor interino do Arquibaldo, em tempos pandêmicos, se faz necessária a busca de novas formas de educar e transmitir o conhecimento, de maneira que o papel da escola nesses períodos é reordenar o olhar e o pensamento em busca de novos mecanismos que operam em consonância com as novas necessidades que se abrem no cotidiano de todos que fazem a escola.

“Sendo assim, o Lateeducom, que surgiu como resultado de uma disciplina eletiva, é nada mais natural que se tornasse uma ferramenta que ajudasse sobremaneira a reconfigurar o modo que mediamos os conteúdos e a comunicação com os nossos discentes. Dessa forma, aproveitamos o canal no laboratório presente no YouTube para transmitir aulas síncronas e assíncronas, projetos virtuais como a ‘Feira Virtual das Profissões’, por meio das disciplinas Projeto de vida e Pós-médio, ministradas pelos professores Micaelle Rocha e Célio Ricardo. O canal verdadeiramente tem sido um diferencial significativo na busca de transmitir aos nossos alunos um conjunto de competências e habilidades necessárias para a apreensão de um aprendizado significativo”, declarou o gestor.

O aluno Thiago Galotti conta que o laboratório o ajudou muito no seu desenvolvimento escolar, com ganhos especificamente na redação de matérias para o jornal da escola, além da edição de vídeos. Outro jovem protagonista do Lateeducom é o estudante Samuel Mendes, que faz locução e orienta outros colegas no projeto. “Estamos trabalhando para que essa iniciativa venha crescer cada vez mais”, frisou Samuel.

Parcerias

A fim de incentivar a comunidade estudantil sobre os conceitos do audiovisual e uso da oralidade nas produções cinematográficas, a parceria entre os professores Jussara Passos e Matheus Ribeiro, a qual se deu partir de uma eletiva do EMTI, culminou na criação do teatro de fantoches, que pode ser acessado no YouTube:

“Fizemos uma releitura de um conto de Natal e os alunos atuaram. Foi um trabalho muito rico porque inicialmente esses estudantes tinham vergonha de falar em público, de expressar seus pontos de vista, e com o teatro eles conseguem desenvolver com maior facilidade a comunicação oral”, disse Jussara, que atualmente leciona no Centro de Excelência Senador Walter Franco, em Estância.

Outra parceira do Lateeducom, a professora Adriana Ferraz levou para o ambiente virtual videoaulas com o ‘Drica Explica’, conteúdo da disciplina Educação Física, alternativa criada para abordar alguns conceitos básicos. Ela conta que a parceria começou após o Lateeducom criar uma nova roupagem para o projeto Arte com Ciência (2015/2016) e que proporcionou um elo entre aluno, professor e o conhecimento. “Neste momento, as mídias sociais têm nos permitido grandes experiências, mantendo o vínculo com a comunidade escolar, que continua conectada com a aprendizagem”, enfatizou, informando que além do YouTube, outros aplicativos, como TikTok e plataformas de podcast, têm ajudado na construção das aulas a distância.

Entusiasta e defensor da Educomunicação, o professor Matheus Ribeiro vislumbra uma maior discussão em torno da Educação, Comunicação e Tecnologia nas escolas. “Isso estimula muitos de nossos alunos, mesmo em meio à pandemia, a não desistirem de estudar e almejar uma profissão. Esse é o Lateeducom: mais que um laboratório, um conceito concretizado do que a comunicação e a educação podem fazer na comunidade escolar”, concluiu o professor.