A Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) realizou o último concerto do ano, acompanhada do Coro Sinfônico e do Coro Infantil da Orquestra Jovem de Sergipe, nessa quinta-feira, 19, no Teatro Tobias Barreto (TTB). O grupo de 140 músicos executou integralmente a cantata profana Carmina Burana, de Carl Orff, realizada pela última vez em 2014. O TTB ficou lotado e o público saiu encantado com o espetáculo. A Orsse é uma realização do Governo de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap).
Para o mestre do Coro Sinfônico da Orsse, Leonardo de Rezende, a peça apresentada é bastante desafiadora. “É uma peça do compositor alemão Carl Orff, do início do século XX, que exige bastantes contrastes sonoros, em relação a mudanças de andamento, sonoridades, expressividades. Foi muito difícil trabalhar o coro por conta de ser um coro amador, mas claro que com bastante tempo de preparo, eles foram aderindo à peça, trazendo bastante expressividade a essa belíssima obra”, disse.
O maestro da Orquestra Jovem de Sergipe, Márcio Bonifácio, afirma ter sido um momento bastante especial. “Fazer parte da Carmina Burana foi uma grande honra, a gente fez a primeira edição em 2014, então isso é um fato importante. E, agora, depois de 10 anos, foi muito especial voltar a fazer essa participação. É uma honra não só por executar uma peça dessa, como fazer parte da Orsse, que é um símbolo do estado. Além disso, tem crianças, jovens que participaram em 2014 e, hoje, tiveram a possibilidade de assistir essa nova geração. Isso significa que a orquestra tem um ciclo e esse ciclo vai se expandindo, é muito gratificante”, concluiu.
A assistente social Maria Bela Alves ficou admirada com a participação dos coros. “A participação das crianças da Orquestra Jovem foi muito bonita. A integração com os coros e também a participação dos solistas. Foi maravilhoso e emocionante. Que tenha sempre essa união, da Orsse com a Orquestra Jovem”, destacou.
A advogada aposentada Augusta Nascimento assistiu à apresentação da orquestra na companhia da irmã. “Minha irmã me convidou. Eu achei um espetáculo belíssimo. Já assisti algumas vezes, mas hoje foi perfeito”, confessou.
A servidora pública aposentada Vânia Maria Nascimento, irmã de Augusta, contou que eventualmente prestigia a Orsse. “Eu adorei essa apresentação. Carmina Burana foi a primeira vez que a gente viu e achei de uma complexidade fantástica. A orquestra está de parabéns. A perfeição, o público também, muito educado, preparado para assistir. Eu nem esperava, para falar a verdade, que o teatro estivesse tão lotado hoje e foi essa maravilha”, ressaltou.
Denise Oliva é aposentada e sempre que possível, prestigia os espetáculos da orquestra. “A orquestra sempre me impressiona, mas em especial hoje, porque Carmina Burana é muito grandiosa. O coro estava belíssimo, afinadíssimo. Eles estão de parabéns. Aliás, essa temporada desse ano em especial foi muito bonita. Infelizmente, não assisti todas, mas pelo menos uns 15 eu vi e foram todas especiais”, finalizou.
O maestro da Orquestra Sinfônica de Sergipe, Guilherme Mannis, se mostrou satisfeito com a finalização da temporada 2024. “Hoje nós fizemos nosso 37º concerto da temporada 2024 e nós costumamos dizer, no meio musical e no meio artístico também, que foi o 'grand finale'. O concerto de hoje foi de uma grandiosa peça que foi apresentada poucas vezes em Aracaju, a última vez há dez anos, e nós estamos trouxemos de volta ao público. Foram 140 cabeças pensantes em torno de uma ideia musical, que transmite uma energia extremamente contagiante para o público. Foi uma das nossas grandes atrações, que tocou a todos”, reforçou o maestro.