Chegando à sua sexta edição, o Festival Sergipano de Artes Cênicas e Diversidade Cultural ocupa os principais espaços culturais do estado com uma extensa programação gratuita para todos os públicos. Promovido pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), em convênio com o Ministério da Cultura, o Festival foi iniciado na noite desta segunda-feira, 4, com a apresentação de dança ‘Canções encrenca com + de 70’, da Cia Loucurart, no Teatro Tobias Barreto, na capital sergipana.

Já nesta terça, 5, pela manhã, também em Aracaju, o grupo Eitcha Cia de Teatro levou o espetáculo ‘Dando nó em pingo d’água’ ao Restaurante Popular Padre Pedro, mantido pela Secretaria de Estado da Assistência Social e da Cidadania (Seasc). Pela tarde, foi a vez da instituição filantrópica Creche Ação Solidária Almir do Picolé, em Nossa Senhora do Socorro, receber o festival, com a apresentação ‘Baile do Cheiroso’, do grupo de teatro de bonecos Mamulengo de Cheiroso. 

Na plateia, com olhares atentos e curiosos, as crianças assistidas pela creche se divertiram com os bonecos e músicas. Fundada em 2003 pelo sergipano Almir Almeida, a instituição beneficia famílias carentes com o serviço de creche, oferecendo equipe especializada no cuidado às crianças, acompanhamento pedagógico, cuidados médicos e alfabetização. Atualmente, 100 crianças de 9 meses a 5 anos são assistidas pela iniciativa. Segundo a presidente da creche, Jacirene Custódio, a ação do Governo de Sergipe proporcionou uma tarde diferente para os pequenos, que se encantaram com a apresentação dos bonecos.

“Para mim, e creio que para as mães de todos que estão aqui também, isso é muito importante. Está sendo uma tarde de alegria para eles. São assim coisas que vão ficar na memória. Eu acredito que o teatro, não só para as crianças, como também para os adultos, é um privilégio. Eles estão se divertindo muito do jeitinho deles, porque criança, quando vê novidade, fica eufórica. Quero agradecer. Que venham outras oportunidades”, comemorou.

E quem estava por trás da coxia também aprovou a iniciativa do Governo de Sergipe. Para o ator Augusto Barreto, fundador e diretor artístico do Mamulengo de Cheiroso, ver os olhares curiosos e ouvir as risadas das crianças que assistiram à sua arte foi uma experiência grandiosa. “Não poderia ser melhor. Almir do picolé é um ser humano de luz. Eu acho que surtiu efeito, porque as crianças participaram, entenderam a mensagem. O Mamulengo de Cheiroso leva brincadeira, faz uma recreação, uma celebração do viver”, ressaltou o artista.

Em seus 45 anos de história, o Mamulengo de Cheiroso marcou presença em todas as outras edições do Festival Sergipano de Artes Cênicas e Diversidade Cultural, o qual Augusto Barreto considera fundamental para o fomento à arte e cultura no estado. “O artista vive do público e, para viver do público, precisa dos patrocínios. É muito bom, porque estimula o artista e o exercício da arte, da dramaturgia, da música e da dança”, acrescentou. 

De acordo com a assessora técnica da Diretoria de Cultura da Funcap, Grazielle Coutinho, o Festival tem como objetivo, além da valorização dos artistas sergipanos, promover o acesso à cultura para a população.

“Hoje é um dia muito especial, porque a gente atendeu o Restaurante Padre Pedro, e foi muito lindo ver os assistidos pelo restaurante assistindo ao grupo de teatro popular. Agora a gente está aqui em Almir do Picolé trazendo o Mamulengo de Cheiroso para essas crianças, para que elas tenham acesso e conheçam o que é teatro de forma lúdica. Quando a gente começa a montar a programação, a gente tem essa preocupação, principalmente neste governo. Quando o governador fala e apresenta essa questão da interiorização, de a gente atender às diversas camadas sociais que existem, a gente tem essa preocupação de levar o espetáculo para onde o povo está”, considerou.

Assim como ela, a presidente da Funcap, Antônia Amorosa, reforça que a iniciativa proporciona uma maior visibilidade aos movimentos de artes cênicas produzidos em Sergipe e facilita o acesso à arte e à cultura. “Essas apresentações estão sendo realizadas tanto nos equipamentos públicos quanto em espaços que desenvolvem trabalhos sociais, a exemplo de Almir do Picolé, do espaço Padre Pedro”, detalhou.

A programação do VI Festival Sergipano de Artes Cênicas e Diversidade Cultural segue até o final deste mês de setembro, percorrendo diversos pontos do estado. Serão mais de 30 espetáculos apresentados, contemplando as mais diversas linguagens artísticas – teatro, dança, circo e música

Programação

Sexta-feira, 8 de setembro
Teatro - S.E.M. Cia de Teatro
A mulher Monstro
Horário: 20h
Local: Teatro Atheneu (Aracaju)

Sábado, 9 de setembro
Dança - Cia de Dança Carpe Diem
O ressurgir da fênix
Horário: 19h
Local: Teatro Atheneu (Aracaju)

Sábado, 16 de setembro
Teatro - Cia de Artistas Catálise
Volúpia: Circo dos desejos
Horário: 19h
Local: Teatro Atheneu (Aracaju)

Domingo, 17 de setembro
Teatro - Grupo Caixa Cênica
Respire
Horário: 20h
Local: Sede do Grupo Imbuaça (Aracaju)

Quarta-feira, 20 de setembro
Teatro - Cigari (Cia Gentileza de Artes Integradas)
Procura-se uma palhaça só
Horário: 15h
Local: Teatro Atheneu (Aracaju)

Quinta-feira, 21 de setembro
Circo - Fabrícia Alves - Trupe Kadabra
Era uma vez um circo
Horário: 15h30
Local: Oratório de Bebé (Aracaju)

Sexta-feira, 22 de setembro
Teatro - Tinho Torquato
Desencontro
Horário: 20h
Local: Teatro Atheneu (Aracaju)

Sábado, 23 de setembro

Teatro - Davi Cavalcante
Não seque por dentro}
Horário: 16h30
Local: Centro de Criatividade (Aracaju)

Teatro - Grupo de Teatro Imbuaça
Peleja de Leandro na trilha do cordel
Horário: 16h
Local: Praça da Igreja Matriz (Itabaiana)

Segunda-feira, 25 de setembro
Teatro - Pablo Vieira - Sociedade T
Para onde voam os pássaros
Horário: 15h
Local: Teatro Tobias Barreto (Aracaju)

Quarta-feira, 27 de setembro
Teatro - Cia de Teatro da UFS
Desterrados
Horário: 20h
Local: Teatro Atheneu (Aracaju)

Quinta-feira, 28 de setembro
Música
Local: Centro de Criatividade (Aracaju)
19h - NG Lampião da Rima - NG tá em kasa
20h - Arauto - As ruas falam
21h - Trio Cacimba Nova - E se fosse o forró?

Sexta-feira, 29 de setembro

Teatro - Coletivo Teatro de Mala
Sou mulher, não sou invenção
Horário: 15h
Local: Auditório do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - Campus Lagarto

Teatro - Dicuri Produções
Piedade, ao seu dispô
Horário: 19h
Local: Auditório do Senai (Estância)

Música
Local: Centro de Criatividade (Aracaju)
19h - A banda dos corações partidos - Coretos, serestas e corações partidos
20h - Mestre Madruguinha - Mestre Madruguinha 10 anos
21h - Banda Dona Santta - Sambando com Dona Santta

Sábado, 30 de setembro

Teatro - Grupo A Tua Lona
Vai dar cacho na cabeça do bebê, mainha?
Horário: 15h
Local: Clube Cultural Caiçara (Simão Dias)

Mirante da Orla (Propriá)
Teatro
18h - Grupo Teatro Carrancas: Opará - Contos e Recontos
19h - Grupo Teatral Boca de Cena: Remundados

Centro de Criatividade (Aracaju)
Música 
19h - Naurêa - Se baila
20h - Anne Carol - Semblantes
21h - Sandyalê - Espera