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Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 2025 às 16:30:00
Sergipe encerra 2025 com avanços na doação de órgãos
Solidariedade das famílias e fortalecimento dos protocolos permitiram salvar e transformar vidas ao longo do ano

Uma dor que se transforma em esperança com a doação de órgãos. Os últimos dias de 2025 trouxeram exemplos marcantes da força desse gesto solidário com o registro de quatro doações de múltiplos órgãos no estado. As captações foram realizadas no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), no Hospital da Unimed e no Hospital e Maternidade Santa Isabel. Além dos rins, fígados e córneas, também foi captado um coração.

Em 2025, Sergipe registrou avanços significativos no aproveitamento dos órgãos captados, resultado direto do fortalecimento dos protocolos, da integração das equipes de saúde e, sobretudo, da solidariedade das famílias sergipanas.

A coordenadora da Organização de Procura de Órgãos de Sergipe (OPO/SE), Darcyana Costa, destacou a importância da doação. “Mesmo diante de uma dor imensurável, essas famílias encontraram força para dizer ‘sim’ à doação. Esse gesto transforma a dor em esperança e permite que outras vidas sejam salvas. É uma decisão que demonstra amor ao próximo e reforça a importância de falarmos cada vez mais sobre doação de órgãos”, ressaltou.

“Tivemos avanços, aumento da efetividade do processo de captação, o que se deve à conscientização da sociedade e ao trabalho de todos as equipes de saúde. Além disso, salientamos o papel fundamental das famílias que autorizam a doação. É preciso continuar investindo em informação, capacitação profissional e políticas públicas que incentivem a doação de órgãos”, enfatizou a coordenadora.

Números

Ao longo de 2025, foram registrados 54 doadores de órgãos, uma queda de pouco mais de 5% se comparado a 2024. No entanto, houve um melhor aproveitamento dos órgãos, permitindo que mais pessoas tivessem uma nova chance de viver.

Os números reforçam esse cenário: em 2025, foram captados seis corações, um aumento de 50% em relação a 2024, quando foram quatro. O número de rins doados passou de 56, em 2024, para 65 no ano de 2025, crescimento de pouco mais de 16%. Já os fígados tiveram um aumento ainda mais expressivo, saindo de 22 em 2024 para 29 órgãos captados em 2025, aumento superior a 30%. 

Para o coordenador da Central Estadual de Transplantes (CET), Benito Fernandez, o sentimento é de gratidão. “Graças à solidariedade das famílias sergipanas e ao apoio dos profissionais de saúde, muitas pessoas tiveram uma nova oportunidade de vida e outras tantas voltaram a viver com mais qualidade. Nossa eterna gratidão a todos os doadores”, frisou.

Nos transplantes de córnea, o avanço também foi significativo com 248 doações em 2025, um crescimento de 9,25%, se comparado com o ano anterior.

Como doar

Para ser um doador é preciso manifestar, em vida, o desejo à família, pois a doação de órgãos e tecidos só acontece após autorização familiar. O protocolo para a doação de órgãos é iniciado com a identificação de pacientes neurocríticos, que estejam em Glasgow 03 (escala de coma), indicando uma provável morte encefálica. Esses pacientes são acompanhados pela Organização de Procura de Órgãos (OPO) e, quando constatada a morte encefálica, o protocolo de doação é iniciado, sempre respeitando a decisão dos familiares. 

“É imprescindível que os familiares sejam comunicados pelo paciente sobre o desejo de ser um doador, pois a legislação brasileira estabelece que cônjuge ou parentes até segundo grau são os responsáveis em autorizar a doação de órgãos. Assim, deixe claro para seus familiares esse desejo, afinal o transplante só acontece se houver o doador e qualquer pessoa pode precisar de um transplante. Salve vidas doando órgãos”, enfatizou Darcyana Costa.

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Sergipe encerra 2025 com avanços na doação de órgãos
Solidariedade das famílias e fortalecimento dos protocolos permitiram salvar e transformar vidas ao longo do ano
Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 2025 às 16:30:00

Uma dor que se transforma em esperança com a doação de órgãos. Os últimos dias de 2025 trouxeram exemplos marcantes da força desse gesto solidário com o registro de quatro doações de múltiplos órgãos no estado. As captações foram realizadas no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), no Hospital da Unimed e no Hospital e Maternidade Santa Isabel. Além dos rins, fígados e córneas, também foi captado um coração.

Em 2025, Sergipe registrou avanços significativos no aproveitamento dos órgãos captados, resultado direto do fortalecimento dos protocolos, da integração das equipes de saúde e, sobretudo, da solidariedade das famílias sergipanas.

A coordenadora da Organização de Procura de Órgãos de Sergipe (OPO/SE), Darcyana Costa, destacou a importância da doação. “Mesmo diante de uma dor imensurável, essas famílias encontraram força para dizer ‘sim’ à doação. Esse gesto transforma a dor em esperança e permite que outras vidas sejam salvas. É uma decisão que demonstra amor ao próximo e reforça a importância de falarmos cada vez mais sobre doação de órgãos”, ressaltou.

“Tivemos avanços, aumento da efetividade do processo de captação, o que se deve à conscientização da sociedade e ao trabalho de todos as equipes de saúde. Além disso, salientamos o papel fundamental das famílias que autorizam a doação. É preciso continuar investindo em informação, capacitação profissional e políticas públicas que incentivem a doação de órgãos”, enfatizou a coordenadora.

Números

Ao longo de 2025, foram registrados 54 doadores de órgãos, uma queda de pouco mais de 5% se comparado a 2024. No entanto, houve um melhor aproveitamento dos órgãos, permitindo que mais pessoas tivessem uma nova chance de viver.

Os números reforçam esse cenário: em 2025, foram captados seis corações, um aumento de 50% em relação a 2024, quando foram quatro. O número de rins doados passou de 56, em 2024, para 65 no ano de 2025, crescimento de pouco mais de 16%. Já os fígados tiveram um aumento ainda mais expressivo, saindo de 22 em 2024 para 29 órgãos captados em 2025, aumento superior a 30%. 

Para o coordenador da Central Estadual de Transplantes (CET), Benito Fernandez, o sentimento é de gratidão. “Graças à solidariedade das famílias sergipanas e ao apoio dos profissionais de saúde, muitas pessoas tiveram uma nova oportunidade de vida e outras tantas voltaram a viver com mais qualidade. Nossa eterna gratidão a todos os doadores”, frisou.

Nos transplantes de córnea, o avanço também foi significativo com 248 doações em 2025, um crescimento de 9,25%, se comparado com o ano anterior.

Como doar

Para ser um doador é preciso manifestar, em vida, o desejo à família, pois a doação de órgãos e tecidos só acontece após autorização familiar. O protocolo para a doação de órgãos é iniciado com a identificação de pacientes neurocríticos, que estejam em Glasgow 03 (escala de coma), indicando uma provável morte encefálica. Esses pacientes são acompanhados pela Organização de Procura de Órgãos (OPO) e, quando constatada a morte encefálica, o protocolo de doação é iniciado, sempre respeitando a decisão dos familiares. 

“É imprescindível que os familiares sejam comunicados pelo paciente sobre o desejo de ser um doador, pois a legislação brasileira estabelece que cônjuge ou parentes até segundo grau são os responsáveis em autorizar a doação de órgãos. Assim, deixe claro para seus familiares esse desejo, afinal o transplante só acontece se houver o doador e qualquer pessoa pode precisar de um transplante. Salve vidas doando órgãos”, enfatizou Darcyana Costa.