O Governo do Estado, por meio da Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan), da Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC) e da Agência Sergipe de Desenvolvimento (Desenvolve-SE), encerrou nesta quinta-feira, 8, o 1º Seminário Sergipe 2050 com oficinas que tiveram como finalidade dialogar sobre os aspectos fundamentais que irão conduzir as estratégias de planejamento do Sergipe 2050, política de Estado cujo legado beneficiará as gerações de hoje e de amanhã.
Mediadas pela professora Dra. Elaine Marcial, especialista em cenários prospectivos, as oficinas estavam alinhadas ao tema central do evento 'Sementes de Futuro para a Construção de Cenários Prospectivos' e tiveram como direcionamento articular as ideias sugeridas por cerca de 300 especialistas indicados pelas instituições parceiras do projeto e pelo Governo do Estado, somando 700 sementes de futuro.
“A partir das megatendências que vão impactar o desenvolvimento de Sergipe nos próximos 26 anos, foram identificadas quais são as grandes ameaças e oportunidades para o desenvolvimento de Sergipe frente a essas forças. Em cima disso, foram identificados quais seriam os grandes desafios para o Estado e, a partir dos desafios, as incertezas. O objetivo maior desse projeto, pelo menos para este ano, é a construção de cenários para o desenvolvimento de Sergipe, e as incertezas são as sementes de futuro utilizadas para a construção desses cenários”, explicou a professora e especialista Dra. Elaine Marcial.
Todo o processo de análise foi feito a partir da construção participativa com grupos de trabalho, que chegaram a um resultado categorizado em um ranking de incertezas, com base na questão que orienta o projeto e no grau de cada incerteza. Com isso, é possível visualizar os eventos que influenciam na ocorrência dos demais, quem são os principais atores e quais serão suas estratégias. “A ideia é que seja de construção coletiva realmente, porque você não consegue mover uma sociedade em prol do desenvolvimento de uma área se você não formar alguns pactos e os diversos elementos da sociedade não se sentirem participativos daquele processo”, completou Elaine.
“Mais do que apenas sistematizar um diagnóstico, tendências, nós temos que tratar da governança. Nós queremos construir um futuro desejado. Há de termos um modelo de governança que estruture o processo de levantamento situacional a cada momento, porque a conjuntura é muito dinâmica, e é preciso que nós tenhamos capacidade de conferir flexibilidade ao nosso projeto”, destacou o secretário de Planejamento, Orçamento e Inovação, Julio Filgueira.
Sementes de futuro
O Sergipe 2050 é uma iniciativa que define como horizonte os próximos 26 anos de planejamento para as ações a serem priorizadas pelo Executivo estadual. Além da coordenação da Seplan e da SECC e da coordenação executiva da Desenvolve-SE, o projeto é composto por agentes de diferentes setores que integram o Comitê Gestor: Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Banco do Estado de Sergipe (Banese), Central Única das Favelas de Sergipe (Cufa/SE), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecormércio Sergipe), Fórum Empresarial, Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Instituto Banese, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Tiradentes Innovation, Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Universidade Tiradentes (Unit).
Ciência, tecnologia e informação, indústria 4.0, mudanças climáticas e inclusão da diversidade social são alguns dos aspectos que definem as mais de 700 sementes de futuro, agrupadas pelo projeto e trabalhadas durante o 1º Seminário Sergipe 2050.
“É um processo muito rico, porque todo mundo aprende um pouco de todas as áreas, agrega o seu saber, sistematiza o pensamento sobre Sergipe, e esse é um dos pontos altos desse processo. Isso tudo vai ajudar em nossas ações cotidianas dentro das organizações”, disse o diretor de Projetos Estruturantes e Planejamento de Longo Prazo da Desenvolve-SE, Guilherme Rebouças.