O Governo de Sergipe, por meio de representantes das secretarias do Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan) e do Meio Ambiente e Ações Climáticas (Semac), integra o Comitê Científico de Monitoramento e Enfrentamento das Emergências Climáticas, criado pelo Consórcio Nordeste. Na última quinta-feira, 17, a subsecretária de Desenvolvimento Regional e gestão Metropolitana, Danilla Andrade, e o Gerente de Meteorologia, Mudanças Climáticas e Combate à Desertificação da Semac, Vinícius Albert, estiveram em Brasília (DF) para participar de uma reunião preparatória para a instalação do grupo de trabalho.
O objetivo do comitê é pensar um plano de ação para o enfrentamento das mudanças climáticas no Nordeste, priorizando a participação dos estados para o desenvolvimento de políticas públicas em conjunto para a região, para apresentação aos respectivos governadores. A subsecretária da Seplan, que faz parte do comitê, destacou a importância da implantação deste comitê específico para tratar das questões do clima.
“É uma iniciativa importante e urgente, proposta pelo Consórcio Nordeste, e que também reafirma o compromisso dos estados da nossa região com o enfrentamento aos problemas climáticos que vivenciamos, com ações de curto, médio e longo prazo. O Estado de Sergipe está empenhado em colaborar de forma ativa neste comitê para que, juntos, possamos encontrar soluções para mitigar os problemas climáticos que vêm se agravando ao longo dos anos”, afirmou.
Ainda segundo Danilla, na reunião de instalação do comitê foram abordadas outras questões além do meio ambiente. “Recebemos, na reunião, representantes do CNPq e da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde e Ambiente, que trouxeram os problemas do meio ambiente também pela ótica da saúde. Eles destacaram o surgimento de novas síndromes gripais e variações da dengue, de forma desenfreada, que estão diretamente ligadas às questões climáticas”, complementou.
Diagnóstico
Para o representante da Semac, Vinícius Albert, a criação do comitê representa um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas no Nordeste. “Ao reunir pesquisadores e cientistas dos nove estados da região, o comitê tem como objetivo principal desenvolver um plano de ação regional que contemple as particularidades de cada estado, especialmente do bioma Caatinga”, explicou.
Ainda segundo o representante, o trabalho acontecerá por meio da elaboração de um diagnóstico detalhado da situação climática dos estados para buscar identificar as principais ameaças e oportunidades, propondo políticas públicas mais eficazes e adaptadas às realidades locais. “Essa iniciativa demonstra o compromisso dos governos estaduais em trabalhar em conjunto para fortalecer a resiliência do Nordeste, protegendo seus ecossistemas e garantindo um futuro mais sustentável para a região”, acrescentou.
O comitê é formado por dois representantes de cada estado do Nordeste, além de membros do Governo Federal e de instituições ligadas ao tema, como o Ministério do Meio Ambiente e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.