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Quinta-Feira, 08 de Junho de 2023 às 18:15:00
Capela na Vila do Forró remete às tradições juninas e ao turismo religioso
Turistas se mostram encantados com a réplica de uma pequena igreja, onde são recepcionados pelo ‘Padre Belga’ e a ‘Irmã Iris’

O mês de junho traz à tona as tradições religiosas em homenagem a santos da Igreja Católica. Nesse período, Santo Antônio, São Pedro e São João são celebrados em atos religiosos e culturais em todo o Nordeste. Em Sergipe, aliás, é o período em que há a maior e mais popular manifestação cultural. No Arraiá do Povo, promovido pelo Governo do Estado na Orla da Atalaia, em Aracaju, toda essa religiosidade é evidenciada na capela montada na Vila do Forró.

A igrejinha, que faz parte da cidade cenográfica com direito a coreto e a charmosas casinhas coloridas, está maior este ano. Na fachada amarela – cor vibrante muitas vezes replicada em capelas no interior de Sergipe –, há imagens de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e de Santa Irmã Dulce dos Pobres. Esta, como noviça e freira, residiu no Convento do Carmo, na histórica São Cristóvão, quarta cidade mais antiga do Brasil e a primeira capital do estado, intitulada Cidade Mãe de Sergipe.

No interior da capela, o visitante se sente em uma igreja de verdade. Ali, a religiosidade é ressaltada no altar, onde há um grande crucifixo ao centro e uma mesa do tipo comumente usado na celebração de missas, além de imagens dos santos juninos e de reproduções de janelas com vitrais. Já os bancos de madeira parecem convidar o visitante a se sentar enquanto faz uma oração sob as bênçãos dos santos.

O ‘Padre Belga’ e a ‘Freira Iris’, personagens representados, respectivamente, pelos atores Gariolando Silva e Márcia Iris Alves, recepcionam os visitantes. Falando com sotaque de ‘origem’, o ‘Padre Belga’ explica que, há 21 anos, participa dessa manifestação cultural junina. Ele ressalta que, neste ano, houve um capricho maior na feitura da igrejinha. “A capela ficou perfeita. Todos que vêm aqui se admiram, têm um impacto e perguntam se a pequena igreja é de verdade. Encantam-se, também, com nossa atuação, pois passamos para o turista a alegria do nosso povo, para que ele saia daqui com uma imagem maravilhosa dos nossos festejos juninos e da nossa Vila do Forró”, explica.

Em parceria com o ‘Padre Belga’, a ‘Freira Iris’ também faz parte desse projeto cultural há mais de duas décadas. Ela revela que está muito feliz com a retomada dos festejos juninos neste ano. “Sinto muita gratidão a Deus pelo fato de as festas tradicionais do nosso estado estarem acontecendo depois de uma parada de dois anos, por causa da pandemia de Covid-19. Este ano, viemos com tudo. Isso é maravilhoso, porque é um encontro dos amigos”, opina.

‘Fiéis’ se encantam

O empresário Luiz Carlos Araújo trouxe a família da Bahia para conhecer o Arraiá do Povo. Aproveitou para pedir a benção do ‘Padre Belga’ e dos santos juninos na igrejinha. “Apesar de a minha filha residir em Aracaju, eu não conhecia o Arraiá do Povo. Essa é nossa primeira vez, e estamos gostando bastante. É diferente da cidade de onde viemos. Aqui é um grande investimento, com muito espaço e uma linda decoração. Mesmo com um grande público, é bem tranquilo”, salienta Luiz Carlos.

A universitária Maria Eduarda Gomes, que é de Aracaju, também se encantou com a capela. Os detalhes cênicos tão bem elaborados trazem, segundo ela, uma autenticidade que chega a comovê-la. “É tudo lindo. Está perfeito. Me senti entrando em uma igreja para homenagear São João e os outros santos desta época. Além disso, esse projeto é uma forma de valorizar o turismo religioso do nosso estado, que é tão importante’, acrescentou.

O turismo religioso, aliás, é importante indutor do desenvolvimento regional em Sergipe. Entre os inúmeros roteiros, destaque para a Romaria do Senhor dos Passos, em São Cristóvão, durante a Quaresma. Já Laranjeiras chama a atenção para a Semana Santa, Festa de Reis e a tradicional Festa do Padroeiro, Sagrado Coração de Jesus. Além das festividades voltadas ao catolicismo, há celebrações ligadas às religiões de matrizes africanas, também muito fortes naquele município.

Outro exemplo é o turismo religioso em Divina Pastora, no leste do estado, marcado pela tradicional peregrinação. O evento católico acontece sempre no mês de outubro, quando os fiéis saem do município de Riachuelo com destino ao Santuário de Divina Pastora, padroeira de Sergipe, construído no século XIX e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan).

‘País do Forró’

Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, os festejos acontecerão em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e Bairro 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.

Os festejos juninos realizados pelo Governo de Sergipe têm o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e TAG, além de apoio da Energisa e do MOB.

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Capela na Vila do Forró remete às tradições juninas e ao turismo religioso
Turistas se mostram encantados com a réplica de uma pequena igreja, onde são recepcionados pelo ‘Padre Belga’ e a ‘Irmã Iris’
Quinta-Feira, 08 de Junho de 2023 às 18:15:00

O mês de junho traz à tona as tradições religiosas em homenagem a santos da Igreja Católica. Nesse período, Santo Antônio, São Pedro e São João são celebrados em atos religiosos e culturais em todo o Nordeste. Em Sergipe, aliás, é o período em que há a maior e mais popular manifestação cultural. No Arraiá do Povo, promovido pelo Governo do Estado na Orla da Atalaia, em Aracaju, toda essa religiosidade é evidenciada na capela montada na Vila do Forró.

A igrejinha, que faz parte da cidade cenográfica com direito a coreto e a charmosas casinhas coloridas, está maior este ano. Na fachada amarela – cor vibrante muitas vezes replicada em capelas no interior de Sergipe –, há imagens de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e de Santa Irmã Dulce dos Pobres. Esta, como noviça e freira, residiu no Convento do Carmo, na histórica São Cristóvão, quarta cidade mais antiga do Brasil e a primeira capital do estado, intitulada Cidade Mãe de Sergipe.

No interior da capela, o visitante se sente em uma igreja de verdade. Ali, a religiosidade é ressaltada no altar, onde há um grande crucifixo ao centro e uma mesa do tipo comumente usado na celebração de missas, além de imagens dos santos juninos e de reproduções de janelas com vitrais. Já os bancos de madeira parecem convidar o visitante a se sentar enquanto faz uma oração sob as bênçãos dos santos.

O ‘Padre Belga’ e a ‘Freira Iris’, personagens representados, respectivamente, pelos atores Gariolando Silva e Márcia Iris Alves, recepcionam os visitantes. Falando com sotaque de ‘origem’, o ‘Padre Belga’ explica que, há 21 anos, participa dessa manifestação cultural junina. Ele ressalta que, neste ano, houve um capricho maior na feitura da igrejinha. “A capela ficou perfeita. Todos que vêm aqui se admiram, têm um impacto e perguntam se a pequena igreja é de verdade. Encantam-se, também, com nossa atuação, pois passamos para o turista a alegria do nosso povo, para que ele saia daqui com uma imagem maravilhosa dos nossos festejos juninos e da nossa Vila do Forró”, explica.

Em parceria com o ‘Padre Belga’, a ‘Freira Iris’ também faz parte desse projeto cultural há mais de duas décadas. Ela revela que está muito feliz com a retomada dos festejos juninos neste ano. “Sinto muita gratidão a Deus pelo fato de as festas tradicionais do nosso estado estarem acontecendo depois de uma parada de dois anos, por causa da pandemia de Covid-19. Este ano, viemos com tudo. Isso é maravilhoso, porque é um encontro dos amigos”, opina.

‘Fiéis’ se encantam

O empresário Luiz Carlos Araújo trouxe a família da Bahia para conhecer o Arraiá do Povo. Aproveitou para pedir a benção do ‘Padre Belga’ e dos santos juninos na igrejinha. “Apesar de a minha filha residir em Aracaju, eu não conhecia o Arraiá do Povo. Essa é nossa primeira vez, e estamos gostando bastante. É diferente da cidade de onde viemos. Aqui é um grande investimento, com muito espaço e uma linda decoração. Mesmo com um grande público, é bem tranquilo”, salienta Luiz Carlos.

A universitária Maria Eduarda Gomes, que é de Aracaju, também se encantou com a capela. Os detalhes cênicos tão bem elaborados trazem, segundo ela, uma autenticidade que chega a comovê-la. “É tudo lindo. Está perfeito. Me senti entrando em uma igreja para homenagear São João e os outros santos desta época. Além disso, esse projeto é uma forma de valorizar o turismo religioso do nosso estado, que é tão importante’, acrescentou.

O turismo religioso, aliás, é importante indutor do desenvolvimento regional em Sergipe. Entre os inúmeros roteiros, destaque para a Romaria do Senhor dos Passos, em São Cristóvão, durante a Quaresma. Já Laranjeiras chama a atenção para a Semana Santa, Festa de Reis e a tradicional Festa do Padroeiro, Sagrado Coração de Jesus. Além das festividades voltadas ao catolicismo, há celebrações ligadas às religiões de matrizes africanas, também muito fortes naquele município.

Outro exemplo é o turismo religioso em Divina Pastora, no leste do estado, marcado pela tradicional peregrinação. O evento católico acontece sempre no mês de outubro, quando os fiéis saem do município de Riachuelo com destino ao Santuário de Divina Pastora, padroeira de Sergipe, construído no século XIX e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan).

‘País do Forró’

Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, os festejos acontecerão em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e Bairro 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.

Os festejos juninos realizados pelo Governo de Sergipe têm o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e TAG, além de apoio da Energisa e do MOB.