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Sexta-Feira, 14 de Maio de 2021 às 10:30:00
Perícia: Instituto de Pesquisas recebe investimento de R$ 486 mil para maior segurança nas análises
Foram adquiridos capelas e cromatógrafo líquido,  equipamentos que permitem a realização de análises, exames e emissão de laudos no estado com maior segurança à saúde dos peritos criminais

Os investimentos na segurança pública pelo Governo do Estado resultaram na aquisição de nove capelas de exaustão para o Instituto de Pesquisas e Análises Forenses (IAPF). As capelas de laboratório químico são equipamentos fundamentais para os peritos criminais que lidam com produtos que geram gases ou vapores perigosos à saúde humana. A função primária do equipamento é exaurir essas substâncias, além de ser utilizada como uma barreira física entre as reações químicas e o ambiente do laboratório. Com as capelas, há também a proteção contra a exposição a gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo.

Os bens foram adquiridos pelo convênio 894200/2019, firmado entre a Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública (Segen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e a Secretaria da Segurança Pública (SSP). As nove capelas representam um investimento de R$ 126 mil; já o sistema de cromatografia, conhecido como HPLC, é um incremento de R$ 360 mil no aperfeiçoamento da perícia sergipana. O valor total do convênio é de R$ 486 mil. Os investimentos contemplam diversos itens e materiais de extrema necessidade às atividades dos servidores das instituições vinculadas à Secretaria da Segurança Pública (SSP). 

O perito criminal e coordenador dos laboratórios de química do IAPF, Nailson Correia, destacou que os novos equipamentos são essenciais para garantir que os resultados dos exames periciais forneçam laudos inequívocos da análise de substâncias encaminhadas pelas unidades policiais.“Varios investimentos ocorreram nos últimos anos. Devo ressaltar, por exemplo, em 2021, a chegada das capelas, nos laboratórios de química, e do cromatógrafo líquido, conhecido como HPLC, que vieram reforçar as análises e nas perícias criminais as substâncias que nos são encaminhadas pelas diversas delegacias”, ressaltou.

Nailson Correia explicou que as capelas funcionam criando uma barreira entre as reações das substâncias e o perito criminal, de modo a garantir a saúde dos profissionais do IAPF. “As capelas funcionam como barreiras físicas, impedindo que gases e vapores tóxicos, tendo em vista que trabalhamos com substâncias extremamente nocivas, como combustíveis, materiais explosivos e drogas sintéticas, que liberam gases no ambiente, que venham a contaminar o perito criminal e as pessoas ao redor. Esses equipamentos vieram dar mais segurança ao perito criminal”, ressaltou.

Equipamento HPLC

Além das capelas, outro equipamento adquirido para o IAPF foi o cromatógrafo líquido de alta performance, do inglês High-performance liquid chromatography (HPCL). O equipamento realiza a cromatografia líquida de alta eficiência. O HPCL é útil para a separação de grandes materiais de peso molecular que possuem volatilidade muito baixa e não podem ser separados por cromatografia gasosa. De forma sintética, a cromatografia líquida em alta eficiência utiliza uma fase móvel líquida para separar os componentes da amostra. 

Os componentes são dissolvidos em um solvente e, em seguida, forçados a passar por uma coluna de alta pressão. Os componentes, então, interagem com a fase estacionária e saem em diferentes momentos, da mesma forma que na cromatografia gasosa. O cromatógrafo irá auxiliar a perícia estadual na análise de materiais apreendidos em posse de pessoas suspeitas de cometimento de crimes como os de tráfico de drogas, de abuso e de fármacos de uso proscrito ou proibido no Brasil.

O equipamento também é de grande importância, principalmente, para a identificação de substâncias presentes em amostras apreendidas suspeitas de adulteração, que são comparadas com padrões existentes, tais como, alimentos, água, solo, sangue, urina, dentre outras. A técnica também é utilizada para a realização de análises qualitativas de drogas (medicamentos), sais, proteínas, produtos químicos orgânicos, além de outras substâncias.

Nailson Correia detalhou que, com o HCPL, análises de substâncias, que estavam custodiadas no IAPF, passam a ser periciadas no próprio instituto, sem a necessidade de encaminhamento a outros laboratórios do país. “Tínhamos medicamentos e substâncias custodiadas no IAPF desde 2016, e que passaram a ser analisadas, a partir de 2021, com a chegada do cromatógrafo líquido. Estamos adquirindo diversos padrões para que todas essas perícias possam ser feitas aqui no nosso instituto. Esses cromatográficos e capelas vieram dar respaldo técnico que o perito oficial precisa para fazer essas análises e identificar, de forma inequívoca, a substância que é encaminhada ao IAPF”, assinalou.

Funcionamento do HPLC

O perito criminal Altino Azevedo detalhou que o equipamento permite a identificação da presença tanto de substâncias lícitas, quanto ilícitas. “A perícia criminal de Sergipe vem utilizando equipamentos de cromatografia, que tem nos auxiliado na identificação de substâncias, proscritas ou não, e nas amostras de sangue. O HPLC é o método de separação de substâncias na fase móvel, que é líquida, e na fase estacionária, que é sólida. Para que possamos ter eficiência na identificação de substâncias, é preciso que os elementos que fazem parte da amostra interajam de forma diferente em ambas as fases”, mencionou.

Com o equipamento, na prática, os exames podem contribuir com o indiciamento de suspeitos detidos com as substâncias durante as operações das polícias Civil e Militar em todo o estado de Sergipe. “Nesse equipamento fazemos a identificação de substâncias presentes em amostras apreendidas e que são encaminhadas ao IAPF. Ele será utilizado para substâncias que tenham peso molecular elevado, instabilidade térmica e são pouco voláteis. Nos equipamentos anteriores, não seria possível de forma simples. Com esse equipamento podemos identificar ecstasy, anfetaminas e remédios de uma forma geral, como, por exemplo, aqueles com suspeita de falsificação”, pontuou.

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Perícia: Instituto de Pesquisas recebe investimento de R$ 486 mil para maior segurança nas análises
Foram adquiridos capelas e cromatógrafo líquido,  equipamentos que permitem a realização de análises, exames e emissão de laudos no estado com maior segurança à saúde dos peritos criminais
Sexta-Feira, 14 de Maio de 2021 às 10:30:00

Os investimentos na segurança pública pelo Governo do Estado resultaram na aquisição de nove capelas de exaustão para o Instituto de Pesquisas e Análises Forenses (IAPF). As capelas de laboratório químico são equipamentos fundamentais para os peritos criminais que lidam com produtos que geram gases ou vapores perigosos à saúde humana. A função primária do equipamento é exaurir essas substâncias, além de ser utilizada como uma barreira física entre as reações químicas e o ambiente do laboratório. Com as capelas, há também a proteção contra a exposição a gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo.

Os bens foram adquiridos pelo convênio 894200/2019, firmado entre a Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública (Segen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e a Secretaria da Segurança Pública (SSP). As nove capelas representam um investimento de R$ 126 mil; já o sistema de cromatografia, conhecido como HPLC, é um incremento de R$ 360 mil no aperfeiçoamento da perícia sergipana. O valor total do convênio é de R$ 486 mil. Os investimentos contemplam diversos itens e materiais de extrema necessidade às atividades dos servidores das instituições vinculadas à Secretaria da Segurança Pública (SSP). 

O perito criminal e coordenador dos laboratórios de química do IAPF, Nailson Correia, destacou que os novos equipamentos são essenciais para garantir que os resultados dos exames periciais forneçam laudos inequívocos da análise de substâncias encaminhadas pelas unidades policiais.“Varios investimentos ocorreram nos últimos anos. Devo ressaltar, por exemplo, em 2021, a chegada das capelas, nos laboratórios de química, e do cromatógrafo líquido, conhecido como HPLC, que vieram reforçar as análises e nas perícias criminais as substâncias que nos são encaminhadas pelas diversas delegacias”, ressaltou.

Nailson Correia explicou que as capelas funcionam criando uma barreira entre as reações das substâncias e o perito criminal, de modo a garantir a saúde dos profissionais do IAPF. “As capelas funcionam como barreiras físicas, impedindo que gases e vapores tóxicos, tendo em vista que trabalhamos com substâncias extremamente nocivas, como combustíveis, materiais explosivos e drogas sintéticas, que liberam gases no ambiente, que venham a contaminar o perito criminal e as pessoas ao redor. Esses equipamentos vieram dar mais segurança ao perito criminal”, ressaltou.

Equipamento HPLC

Além das capelas, outro equipamento adquirido para o IAPF foi o cromatógrafo líquido de alta performance, do inglês High-performance liquid chromatography (HPCL). O equipamento realiza a cromatografia líquida de alta eficiência. O HPCL é útil para a separação de grandes materiais de peso molecular que possuem volatilidade muito baixa e não podem ser separados por cromatografia gasosa. De forma sintética, a cromatografia líquida em alta eficiência utiliza uma fase móvel líquida para separar os componentes da amostra. 

Os componentes são dissolvidos em um solvente e, em seguida, forçados a passar por uma coluna de alta pressão. Os componentes, então, interagem com a fase estacionária e saem em diferentes momentos, da mesma forma que na cromatografia gasosa. O cromatógrafo irá auxiliar a perícia estadual na análise de materiais apreendidos em posse de pessoas suspeitas de cometimento de crimes como os de tráfico de drogas, de abuso e de fármacos de uso proscrito ou proibido no Brasil.

O equipamento também é de grande importância, principalmente, para a identificação de substâncias presentes em amostras apreendidas suspeitas de adulteração, que são comparadas com padrões existentes, tais como, alimentos, água, solo, sangue, urina, dentre outras. A técnica também é utilizada para a realização de análises qualitativas de drogas (medicamentos), sais, proteínas, produtos químicos orgânicos, além de outras substâncias.

Nailson Correia detalhou que, com o HCPL, análises de substâncias, que estavam custodiadas no IAPF, passam a ser periciadas no próprio instituto, sem a necessidade de encaminhamento a outros laboratórios do país. “Tínhamos medicamentos e substâncias custodiadas no IAPF desde 2016, e que passaram a ser analisadas, a partir de 2021, com a chegada do cromatógrafo líquido. Estamos adquirindo diversos padrões para que todas essas perícias possam ser feitas aqui no nosso instituto. Esses cromatográficos e capelas vieram dar respaldo técnico que o perito oficial precisa para fazer essas análises e identificar, de forma inequívoca, a substância que é encaminhada ao IAPF”, assinalou.

Funcionamento do HPLC

O perito criminal Altino Azevedo detalhou que o equipamento permite a identificação da presença tanto de substâncias lícitas, quanto ilícitas. “A perícia criminal de Sergipe vem utilizando equipamentos de cromatografia, que tem nos auxiliado na identificação de substâncias, proscritas ou não, e nas amostras de sangue. O HPLC é o método de separação de substâncias na fase móvel, que é líquida, e na fase estacionária, que é sólida. Para que possamos ter eficiência na identificação de substâncias, é preciso que os elementos que fazem parte da amostra interajam de forma diferente em ambas as fases”, mencionou.

Com o equipamento, na prática, os exames podem contribuir com o indiciamento de suspeitos detidos com as substâncias durante as operações das polícias Civil e Militar em todo o estado de Sergipe. “Nesse equipamento fazemos a identificação de substâncias presentes em amostras apreendidas e que são encaminhadas ao IAPF. Ele será utilizado para substâncias que tenham peso molecular elevado, instabilidade térmica e são pouco voláteis. Nos equipamentos anteriores, não seria possível de forma simples. Com esse equipamento podemos identificar ecstasy, anfetaminas e remédios de uma forma geral, como, por exemplo, aqueles com suspeita de falsificação”, pontuou.