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Quarta-Feira, 14 de Julho de 2021 às 13:30:00
Perícia atua na busca de vestígios do tráfico de drogas e identificação de substâncias entorpecentes em Sergipe
Exames periciais possibilitam chegada aos envolvidos no crime, detalhamento das substâncias apreendidas e fornecimento de provas materiais às investigações

O enfrentamento às drogas também é parte do trabalho diário da Coordenadoria Geral de Perícias (Corgerp). A Perícia Forense de Sergipe conta com profissionais capacitados e laboratórios equipados com tecnologia avançada para auxiliar o trabalho desempenhado pelas polícias Civil e Militar. Em situações de descoberta de laboratórios clandestinos, por exemplo, é o Instituto de Criminalística (IC), que vai até o local periciar e coletar provas. As drogas encontradas são encaminhadas para o Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) para análise e emissão de laudo que vai auxiliar no inquérito policial.

Os peritos oficiais possuem a importante e fundamental missão no combate ao tráfico de drogas. Os profissionais da Cogerp atuam no sentido de materializar a prova, além de identificar e qualificar o entorpecente apreendido para que, no processo penal, possa ser indicado à Justiça a ocorrência do crime de tráfico de drogas.

O perito criminal Nailson Correia, do IAPF, destacou que a integração entre o Instituto de Análises e Pesquisas Forenses com o Instituto de Criminalística, assim como com as polícias é fundamental no combate ao tráfico de drogas. “O IAPF, que faz parte da Cogerp, tem como atribuição receber todos os vestígios encontrados em local de crime para que seja feita a análise e identificação dos componentes encontrados e, com isso, ajudar a encontrar a materialidade e a autoria do delito. A parceria, não só com os peritos do IC, mas também com as polícias Civil e Militar é sempre importante, é fundamental, para elucidação dos crimes”, reiterou.

Dentre os entorpecentes recebidos para realização da perícia e emissão dos laudos, estão as drogas sintéticas, conforme evidenciou Nailson Correia. O perito criminal alertou que os criminosos alteram a composição desses entorpecentes, tornando ainda mais fundamental o trabalho pericial na identificação da droga. “Nos últimos anos, temos notado que muitas drogas sintéticas vêm sendo apreendidas em Sergipe. E vemos que o tráfico de drogas vem sempre tentando driblar as autoridades policiais fazendo alterações químicas nas estruturas desses novos componentes. O perito de laboratório tem o conhecimento necessário para conseguir identificar essa nova substância e com isso ajudar a autoridade policial com a emissão do laudo pericial”, enfatizou.

Segundo Nailson Correia, grande parte das solicitações de laudos periciais, que são recebidas pelo IAPF, é referente às drogas que são apreendidas nas ações policiais. “Podemos fazer um comparativo de 2020 até junho de 2021. Em 2020, foram solicitados 3,2 mil laudos para o laboratório de química forense, destes, cerca de 2,7 mil estão relacionados com drogas. Já em 2021, até junho, nós já recebemos mais de 1,6 mil solicitações de laudos de drogas, a maior parte de drogas brutas - como cocaína e maconha - mas notamos e nos preocupamos com o grande número de drogas sintéticas que têm sido encaminhadas ao IAPF nos últimos três anos”, detalhou.
 
O perito criminal Uilames Reis, do IC, ressaltou a integração entre as instituições e destacou os procedimentos que são adotados no trabalho pericial de identificação de entorpecentes e da autoria dos crimes envolvidos nesse contexto do tráfico de drogas. “A perícia no local onde é encontrado um laboratório de drogas pode ser dividida em três etapas. Primeiramente, realizamos o registro de tudo o que foi encontrado naquela cena, desde máquinas e embalagens, até as próprias substâncias”, salientou.

“Em um segundo momento, realizamos a busca por vestígios que possam identificar possíveis suspeitos. Para tanto, são realizados dois exames principais. Primeiro, o de levantamento de impressões digitais, para isso contamos com o papiloscopista. Além disso, realizamos a busca por material genético que possa ser utilizado no exame de DNA. Posteriormente, encaminhamos essas substâncias ao IAPF para que sejam submetidas a exames complementares”, especificou Uilames Reis.

Tráfico de drogas e prisões

No ranking dos crimes mais comuns entre os detentos do Brasil, o tráfico de drogas lidera a posição em primeiro lugar, considerando as pessoas já condenadas e os presos provisórios. A apuração é do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias de 2019, divulgado em fevereiro de 2020 pelo Governo Federal. Em seguida, aparecem os crimes contra o patrimônio, como o roubo qualificado, com mais de 115 mil citações. O estudo traçou um perfil da população carcerária e constatou um crescimento de quase 4%, chegando a 773 mil pessoas em junho de 2019. Nesse contingente há 163,2 mil incidências de crimes de tráfico de drogas.

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Perícia atua na busca de vestígios do tráfico de drogas e identificação de substâncias entorpecentes em Sergipe
Exames periciais possibilitam chegada aos envolvidos no crime, detalhamento das substâncias apreendidas e fornecimento de provas materiais às investigações
Quarta-Feira, 14 de Julho de 2021 às 13:30:00

O enfrentamento às drogas também é parte do trabalho diário da Coordenadoria Geral de Perícias (Corgerp). A Perícia Forense de Sergipe conta com profissionais capacitados e laboratórios equipados com tecnologia avançada para auxiliar o trabalho desempenhado pelas polícias Civil e Militar. Em situações de descoberta de laboratórios clandestinos, por exemplo, é o Instituto de Criminalística (IC), que vai até o local periciar e coletar provas. As drogas encontradas são encaminhadas para o Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) para análise e emissão de laudo que vai auxiliar no inquérito policial.

Os peritos oficiais possuem a importante e fundamental missão no combate ao tráfico de drogas. Os profissionais da Cogerp atuam no sentido de materializar a prova, além de identificar e qualificar o entorpecente apreendido para que, no processo penal, possa ser indicado à Justiça a ocorrência do crime de tráfico de drogas.

O perito criminal Nailson Correia, do IAPF, destacou que a integração entre o Instituto de Análises e Pesquisas Forenses com o Instituto de Criminalística, assim como com as polícias é fundamental no combate ao tráfico de drogas. “O IAPF, que faz parte da Cogerp, tem como atribuição receber todos os vestígios encontrados em local de crime para que seja feita a análise e identificação dos componentes encontrados e, com isso, ajudar a encontrar a materialidade e a autoria do delito. A parceria, não só com os peritos do IC, mas também com as polícias Civil e Militar é sempre importante, é fundamental, para elucidação dos crimes”, reiterou.

Dentre os entorpecentes recebidos para realização da perícia e emissão dos laudos, estão as drogas sintéticas, conforme evidenciou Nailson Correia. O perito criminal alertou que os criminosos alteram a composição desses entorpecentes, tornando ainda mais fundamental o trabalho pericial na identificação da droga. “Nos últimos anos, temos notado que muitas drogas sintéticas vêm sendo apreendidas em Sergipe. E vemos que o tráfico de drogas vem sempre tentando driblar as autoridades policiais fazendo alterações químicas nas estruturas desses novos componentes. O perito de laboratório tem o conhecimento necessário para conseguir identificar essa nova substância e com isso ajudar a autoridade policial com a emissão do laudo pericial”, enfatizou.

Segundo Nailson Correia, grande parte das solicitações de laudos periciais, que são recebidas pelo IAPF, é referente às drogas que são apreendidas nas ações policiais. “Podemos fazer um comparativo de 2020 até junho de 2021. Em 2020, foram solicitados 3,2 mil laudos para o laboratório de química forense, destes, cerca de 2,7 mil estão relacionados com drogas. Já em 2021, até junho, nós já recebemos mais de 1,6 mil solicitações de laudos de drogas, a maior parte de drogas brutas - como cocaína e maconha - mas notamos e nos preocupamos com o grande número de drogas sintéticas que têm sido encaminhadas ao IAPF nos últimos três anos”, detalhou.
 
O perito criminal Uilames Reis, do IC, ressaltou a integração entre as instituições e destacou os procedimentos que são adotados no trabalho pericial de identificação de entorpecentes e da autoria dos crimes envolvidos nesse contexto do tráfico de drogas. “A perícia no local onde é encontrado um laboratório de drogas pode ser dividida em três etapas. Primeiramente, realizamos o registro de tudo o que foi encontrado naquela cena, desde máquinas e embalagens, até as próprias substâncias”, salientou.

“Em um segundo momento, realizamos a busca por vestígios que possam identificar possíveis suspeitos. Para tanto, são realizados dois exames principais. Primeiro, o de levantamento de impressões digitais, para isso contamos com o papiloscopista. Além disso, realizamos a busca por material genético que possa ser utilizado no exame de DNA. Posteriormente, encaminhamos essas substâncias ao IAPF para que sejam submetidas a exames complementares”, especificou Uilames Reis.

Tráfico de drogas e prisões

No ranking dos crimes mais comuns entre os detentos do Brasil, o tráfico de drogas lidera a posição em primeiro lugar, considerando as pessoas já condenadas e os presos provisórios. A apuração é do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias de 2019, divulgado em fevereiro de 2020 pelo Governo Federal. Em seguida, aparecem os crimes contra o patrimônio, como o roubo qualificado, com mais de 115 mil citações. O estudo traçou um perfil da população carcerária e constatou um crescimento de quase 4%, chegando a 773 mil pessoas em junho de 2019. Nesse contingente há 163,2 mil incidências de crimes de tráfico de drogas.