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Quinta-Feira, 13 de Maio de 2021 às 10:45:00
Laboratório de DNA acelera identificação de corpos e ossadas em Sergipe
O laboratório tornou mais rápida a liberação de ossadas aos familiares

Dezembro de 2005. A atual diretora do Instituto de Pesquisas e Análises Forenses (IAPF), a perita Maria Auxiliadora, se deslocava para Recife, em um veículo, com várias amostras de corpos recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML). Na época, Sergipe não possuía Laboratório de DNA. Todos os procedimentos eram feitos fora do estado, dependendo do fluxo local, o que demandava meses e até anos para que os familiares tivessem a resposta sobre a identificação de um ente querido no último estágio da identificação de corpos. Hoje, Sergipe conta com um laboratório de DNA, o que torna a resposta muito mais rápida sobre a identificação de um corpo, diminuindo a espera dos familiares para o sepultamento.

O diretor do IML, Victor Barros, explicou que, quando não há possibilidade de confronto papiloscópico, há outros procedimentos para a identificação de corpos. “Nós temos peritas odontolegistas no IML que, caso o indivíduo não tenha condição de ser identificado pelas digitais, seja por elas estarem deterioradas, ou porque em vida não havia documento com digital, elas fazem todo o trabalho de análise da arcada dentária, comparado com as fichas odontológicas”, detalhou.

A médica odontolegista Suzana Marciel ressaltou que o processo de identificação nesses casos acaba levando mais tempo do que o confronto papiloscópico. “A entrega de uma ossada, de um corpo para a família, que passou pela antropologia, por ter chegado em estado avançado de putrefação ou em ossada, demanda um processo que leva mais tempo, Existem respostas que precisamos dar para a investigação, para a família e para a sociedade: Como aquela pessoa morreu? Quem ela é? Quando morreu? São perguntas que respondemos estudando esses ossos”, evidenciou.

O perito criminal Cleber Santos destacou que, com a implantação do laboratório de DNA em Sergipe, os exames de DNA passaram a ser feitos no próprio estado, sem a necessidade de deslocamento para outras unidades da federação. “Com a inauguração do laboratório, todas as análises são feitas aqui no estado, sendo um ganho imensurável tanto para o estado, que diminui os custos, quanto para a sociedade, pois o tempo de resposta passou a ser mais rápido. Hoje, em um caso de identificação humana damos uma resposta, dependendo da amostra e do protocolo, em até uma semana”, assinalou.

A mãe de uma das vítimas identificada pelo exame de DNA, Tatiana de Jesus, demonstrou alívio diante da identificação do filho pelas equipes do IML e do IAPF. “Para mim significa muito, pois fazia um ano e cinco meses na esperança de ele estar vivo. Mas, tinha feito o DNA e estava esperando o resultado. E recebi a ligação e foi confirmado que era ele. Para mim é um alívio e uma grande dor, mas é saber que vou poder enterrá-lo, fazer um enterro digno. Obrigado a todos”, agradeceu.

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Laboratório de DNA acelera identificação de corpos e ossadas em Sergipe
O laboratório tornou mais rápida a liberação de ossadas aos familiares
Quinta-Feira, 13 de Maio de 2021 às 10:45:00

Dezembro de 2005. A atual diretora do Instituto de Pesquisas e Análises Forenses (IAPF), a perita Maria Auxiliadora, se deslocava para Recife, em um veículo, com várias amostras de corpos recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML). Na época, Sergipe não possuía Laboratório de DNA. Todos os procedimentos eram feitos fora do estado, dependendo do fluxo local, o que demandava meses e até anos para que os familiares tivessem a resposta sobre a identificação de um ente querido no último estágio da identificação de corpos. Hoje, Sergipe conta com um laboratório de DNA, o que torna a resposta muito mais rápida sobre a identificação de um corpo, diminuindo a espera dos familiares para o sepultamento.

O diretor do IML, Victor Barros, explicou que, quando não há possibilidade de confronto papiloscópico, há outros procedimentos para a identificação de corpos. “Nós temos peritas odontolegistas no IML que, caso o indivíduo não tenha condição de ser identificado pelas digitais, seja por elas estarem deterioradas, ou porque em vida não havia documento com digital, elas fazem todo o trabalho de análise da arcada dentária, comparado com as fichas odontológicas”, detalhou.

A médica odontolegista Suzana Marciel ressaltou que o processo de identificação nesses casos acaba levando mais tempo do que o confronto papiloscópico. “A entrega de uma ossada, de um corpo para a família, que passou pela antropologia, por ter chegado em estado avançado de putrefação ou em ossada, demanda um processo que leva mais tempo, Existem respostas que precisamos dar para a investigação, para a família e para a sociedade: Como aquela pessoa morreu? Quem ela é? Quando morreu? São perguntas que respondemos estudando esses ossos”, evidenciou.

O perito criminal Cleber Santos destacou que, com a implantação do laboratório de DNA em Sergipe, os exames de DNA passaram a ser feitos no próprio estado, sem a necessidade de deslocamento para outras unidades da federação. “Com a inauguração do laboratório, todas as análises são feitas aqui no estado, sendo um ganho imensurável tanto para o estado, que diminui os custos, quanto para a sociedade, pois o tempo de resposta passou a ser mais rápido. Hoje, em um caso de identificação humana damos uma resposta, dependendo da amostra e do protocolo, em até uma semana”, assinalou.

A mãe de uma das vítimas identificada pelo exame de DNA, Tatiana de Jesus, demonstrou alívio diante da identificação do filho pelas equipes do IML e do IAPF. “Para mim significa muito, pois fazia um ano e cinco meses na esperança de ele estar vivo. Mas, tinha feito o DNA e estava esperando o resultado. E recebi a ligação e foi confirmado que era ele. Para mim é um alívio e uma grande dor, mas é saber que vou poder enterrá-lo, fazer um enterro digno. Obrigado a todos”, agradeceu.