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Quarta-Feira, 08 de Março de 2023 às 16:45:00
Governo de Sergipe oficializa Observatório Beatriz Nascimento e reforça compromisso com as políticas voltadas às mulheres
Antes denominado Observatório da Mulher, Observatório Beatriz Nascimento homenageia intelectual negra sergipana e traz informações referentes à realidade das mulheres em Sergipe

Com status de diretoria desde a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o Observatório da Mulher, que faz o levantamento de dados referentes às mulheres sergipanas, foi transformado, nesta quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, em Observatório Beatriz Nascimento. A oficialização ocorreu por meio de um decreto assinado pelo governador do Estado, Fábio Mitidieri, e pela titular da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Danielle Garcia. 

A mudança de nome é uma homenagem a uma mulher negra, sergipana, mãe, historiadora, roteirista, poeta e ativista. Ela foi vítima de feminicídio praticado pelo companheiro de uma amiga, por achar que ela interferia em sua vida privada, após ela aconselhar esta amiga a terminar a relação por sofrer agressões. Em 28 de janeiro de 1995, a sergipana levou cinco tiros pelas costas.

“Beatriz Nascimento foi impulsionadora de debates no movimento negro e contribuiu de forma singular para o pensamento social brasileiro. Ela vive nas recordações, nos estudos e nas reflexões de muita gente. Mas ainda precisa ter sua memória reparada. Por isso, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres decidiu fazer essa homenagem a Maria Beatriz Nascimento, contribuindo para eternizar sua história”, destacou a secretária Danielle Garcia.

O Observatório busca mapear informações relativas à mulher sergipana nas áreas da saúde, segurança, trabalho e social, auxiliando no desenvolvimento da elaboração de políticas públicas para mulheres. “Com esses dados, elaboramos o Mapa da Mulher Sergipana, que foi lançado durante o ato do governo no Dia Internacional da Mulher, e embasamos as ações da SPM”, detalhou a secretária.

O Mapa terá periodicidade mensal e cada edição contará com temáticas específicas. Depois de 12 meses, será lançado o Anuário. A primeira edição do levantamento vai trazer o recorte da mulher referente à segurança e à pobreza.

“Não podemos dar tiros no escuro. É preciso agir nos principais pontos com ações direcionadas. Para definir os focos de atuação, o Observatório é uma ferramenta gigantesca. Por isso, é importante que esteja sendo oficializado hoje, para dar mais robustez em curto, médio e longo prazo nas definições de políticas públicas efetivas. Ou seja, é um governo que pensa, que cuida, e essa tem que ser a nossa marca”,  enfatizou o governador Fábio Mitidieri. 

Maria Beatriz Nascimento

Graduada em História, com especialização e mestrado, a sergipana Maria Beatriz Nascimento impulsionou debates no movimento negro e colaborou para o pensamento social brasileiro. Parte de sua pesquisa, realizada de maneira independente de qualquer instituição acadêmica, consistia em observar — em campo e via documentação — os quilombos como sistemas alternativos à estrutura escravista, com potencial continuidade em favelas, particularmente no caso do Rio de Janeiro.

Beatriz chegou a iniciar o mestrado na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) como aluna do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura (PPGCOM), sob orientação do professor Muniz Sodré, em 1994. Recebeu o título de doutora honoris causa pelo Conselho Universitário da UFRJ em 2021.

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Governo de Sergipe oficializa Observatório Beatriz Nascimento e reforça compromisso com as políticas voltadas às mulheres
Antes denominado Observatório da Mulher, Observatório Beatriz Nascimento homenageia intelectual negra sergipana e traz informações referentes à realidade das mulheres em Sergipe
Quarta-Feira, 08 de Março de 2023 às 16:45:00

Com status de diretoria desde a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o Observatório da Mulher, que faz o levantamento de dados referentes às mulheres sergipanas, foi transformado, nesta quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, em Observatório Beatriz Nascimento. A oficialização ocorreu por meio de um decreto assinado pelo governador do Estado, Fábio Mitidieri, e pela titular da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Danielle Garcia. 

A mudança de nome é uma homenagem a uma mulher negra, sergipana, mãe, historiadora, roteirista, poeta e ativista. Ela foi vítima de feminicídio praticado pelo companheiro de uma amiga, por achar que ela interferia em sua vida privada, após ela aconselhar esta amiga a terminar a relação por sofrer agressões. Em 28 de janeiro de 1995, a sergipana levou cinco tiros pelas costas.

“Beatriz Nascimento foi impulsionadora de debates no movimento negro e contribuiu de forma singular para o pensamento social brasileiro. Ela vive nas recordações, nos estudos e nas reflexões de muita gente. Mas ainda precisa ter sua memória reparada. Por isso, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres decidiu fazer essa homenagem a Maria Beatriz Nascimento, contribuindo para eternizar sua história”, destacou a secretária Danielle Garcia.

O Observatório busca mapear informações relativas à mulher sergipana nas áreas da saúde, segurança, trabalho e social, auxiliando no desenvolvimento da elaboração de políticas públicas para mulheres. “Com esses dados, elaboramos o Mapa da Mulher Sergipana, que foi lançado durante o ato do governo no Dia Internacional da Mulher, e embasamos as ações da SPM”, detalhou a secretária.

O Mapa terá periodicidade mensal e cada edição contará com temáticas específicas. Depois de 12 meses, será lançado o Anuário. A primeira edição do levantamento vai trazer o recorte da mulher referente à segurança e à pobreza.

“Não podemos dar tiros no escuro. É preciso agir nos principais pontos com ações direcionadas. Para definir os focos de atuação, o Observatório é uma ferramenta gigantesca. Por isso, é importante que esteja sendo oficializado hoje, para dar mais robustez em curto, médio e longo prazo nas definições de políticas públicas efetivas. Ou seja, é um governo que pensa, que cuida, e essa tem que ser a nossa marca”,  enfatizou o governador Fábio Mitidieri. 

Maria Beatriz Nascimento

Graduada em História, com especialização e mestrado, a sergipana Maria Beatriz Nascimento impulsionou debates no movimento negro e colaborou para o pensamento social brasileiro. Parte de sua pesquisa, realizada de maneira independente de qualquer instituição acadêmica, consistia em observar — em campo e via documentação — os quilombos como sistemas alternativos à estrutura escravista, com potencial continuidade em favelas, particularmente no caso do Rio de Janeiro.

Beatriz chegou a iniciar o mestrado na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) como aluna do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura (PPGCOM), sob orientação do professor Muniz Sodré, em 1994. Recebeu o título de doutora honoris causa pelo Conselho Universitário da UFRJ em 2021.