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Quarta-Feira, 10 de Novembro de 2021 às 14:15:00
Engenharia dos Golpes: saiba como funciona o golpe da central telefônica
Golpistas ligam ou enviam mensagens se passando pelos bancos e convencem a vítima repassar dados pessoais que são utilizados em movimentações financeiras

Uma simples ligação telefônica pode resultar em um grande prejuízo financeiro. Esse é o alerta que o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil, faz à população. Dentre as mais de 26 mil ocorrências de estelionato em Sergipe, que foram registradas apenas entre os meses de janeiro e setembro deste ano, está o golpe da falsa central telefônica. No crime, os golpistas se passam por funcionários de instituições financeiras e ligam para as vítimas para obter dados das contas e fazer transações bancárias.

A delegada Viviane Pessoa, diretora do Depatri, explicou que o golpe começa com uma ligação telefônica ou uma mensagem de texto que parece autêntica e que é feita pelo próprio banco. “Então o golpista fala que precisa liberar alguma chave de acesso para que o cliente continue utilizando os serviços das instituições financeiras e passa um endereço de site que supostamente seria do banco”, detalhou.

Mas, o site é falso. “A página redireciona a vítima para uma página semelhante ao site oficial, mas que pertence ao golpista. Daí ele irá conseguir roubar todas as credenciais da vítima, como o número da conta e as senhas. Quando a vítima digita os dados no site falso, o golpista faz transferências e consegue obter todo o dinheiro da conta da vítima para uma outra conta bancária”, esclareceu.

E se o golpe utilizar apenas a ligação telefônica, o autor do estelionato age como se fosse um funcionário da instituição bancária. “Então quando a pessoa recebe a ligação observa que é o mesmo número, pois eles mascaram o telefone. Eles conseguem mascarar o número por meio de uma ferramenta. Para dar credibilidade ao golpe, eles falam para desligar aquela ligação e ligar para o número que está no verso do cartão”, revelou.
 
Então, a pessoa desliga o telefone, mas o golpista continua na linha. “A vítima telefona acreditando que está ligando para o banco, mas na verdade eles mantêm a ligação. Então quando a pessoa liga, cai na mesma linha, no mesmo lugar. O golpista já tem pessoas que trabalham como se fosse um call center. A vítima tem que ter cuidado com as ligações, porque o banco não faz esse contato telefônico”, acrescentou a delegada.

Nesse golpe, a prática pode iniciar também com uma simples mensagem de texto por SMS ou até mesmo por aplicativos de mensagens instantâneas pela internet. Diante desse modo de atuação, a delegada Viviane Pessoa orienta que as pessoas nunca repassem informações por meio de telefonemas ou de mensagens de aplicativos e sempre procurem a instituição bancária por meio dos canais oficiais de comunicação.

“Se o banco tem algo a destacar, vai orientar que procure a agência bancária e procure o gerente, mas não vai orientar que o cliente faça essa movimentação de cadastrar ou de dar informações e passar alguma senha. Por isso, nunca clique em links ou repasse senha, de maneira nenhuma”, pontuou Viviane Pessoa. 

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Engenharia dos Golpes: saiba como funciona o golpe da central telefônica
Golpistas ligam ou enviam mensagens se passando pelos bancos e convencem a vítima repassar dados pessoais que são utilizados em movimentações financeiras
Quarta-Feira, 10 de Novembro de 2021 às 14:15:00

Uma simples ligação telefônica pode resultar em um grande prejuízo financeiro. Esse é o alerta que o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil, faz à população. Dentre as mais de 26 mil ocorrências de estelionato em Sergipe, que foram registradas apenas entre os meses de janeiro e setembro deste ano, está o golpe da falsa central telefônica. No crime, os golpistas se passam por funcionários de instituições financeiras e ligam para as vítimas para obter dados das contas e fazer transações bancárias.

A delegada Viviane Pessoa, diretora do Depatri, explicou que o golpe começa com uma ligação telefônica ou uma mensagem de texto que parece autêntica e que é feita pelo próprio banco. “Então o golpista fala que precisa liberar alguma chave de acesso para que o cliente continue utilizando os serviços das instituições financeiras e passa um endereço de site que supostamente seria do banco”, detalhou.

Mas, o site é falso. “A página redireciona a vítima para uma página semelhante ao site oficial, mas que pertence ao golpista. Daí ele irá conseguir roubar todas as credenciais da vítima, como o número da conta e as senhas. Quando a vítima digita os dados no site falso, o golpista faz transferências e consegue obter todo o dinheiro da conta da vítima para uma outra conta bancária”, esclareceu.

E se o golpe utilizar apenas a ligação telefônica, o autor do estelionato age como se fosse um funcionário da instituição bancária. “Então quando a pessoa recebe a ligação observa que é o mesmo número, pois eles mascaram o telefone. Eles conseguem mascarar o número por meio de uma ferramenta. Para dar credibilidade ao golpe, eles falam para desligar aquela ligação e ligar para o número que está no verso do cartão”, revelou.
 
Então, a pessoa desliga o telefone, mas o golpista continua na linha. “A vítima telefona acreditando que está ligando para o banco, mas na verdade eles mantêm a ligação. Então quando a pessoa liga, cai na mesma linha, no mesmo lugar. O golpista já tem pessoas que trabalham como se fosse um call center. A vítima tem que ter cuidado com as ligações, porque o banco não faz esse contato telefônico”, acrescentou a delegada.

Nesse golpe, a prática pode iniciar também com uma simples mensagem de texto por SMS ou até mesmo por aplicativos de mensagens instantâneas pela internet. Diante desse modo de atuação, a delegada Viviane Pessoa orienta que as pessoas nunca repassem informações por meio de telefonemas ou de mensagens de aplicativos e sempre procurem a instituição bancária por meio dos canais oficiais de comunicação.

“Se o banco tem algo a destacar, vai orientar que procure a agência bancária e procure o gerente, mas não vai orientar que o cliente faça essa movimentação de cadastrar ou de dar informações e passar alguma senha. Por isso, nunca clique em links ou repasse senha, de maneira nenhuma”, pontuou Viviane Pessoa.