Fotos: Janaína Santos/Márcio Dantas/ASNAté a manhã desta quinta-feira, 18, o detento Sílvio Tojal, 47 anos, dividia com mais cinco presos um cubículo de seis metros quadrados na Casa de Detenção de Aracaju (CDA). O presidiário Jéferson Bittencourt, 35, também se virava como podia numa das celas das três alas da CDA para sobreviver à superlotação e insalubridade do prédio de 80 anos localizado no bairro América. Eles são dois dos 206 presos que receberão tratamento digno com a transferência para um dos dois novos pavilhões no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan). A transferência dos detentos ocorreu na manhã desta quinta, menos de 24 horas depois de o governador Marcelo Déda ter anunciado a desativação da Casa de Detenção.
Nos 180 cubículos da CDA, sanitários sujos e colchões velhos se misturavam aos alimentos e objetos pessoais dos 512 presos. "A gente vivia em péssimas condições de higiene. Na nova penitenciária, acho que vai ser melhor. A cadeia antiga era cheia de lixo", diz Sílvio, detido há três anos por assalto a mão armada. "A higiene era precária, todo mundo vivia como bicho. Agora vou me sentir mais gente", afirmou Jéferson, detido por tentativa de homicídio.
Há 10 anos trabalhando na CDA como agente penitenciário, José Francisco dos Santos, 46, também avalia que a transferência vai melhorar a qualidade de vida dos internos e dos próprios servidores. "A situação aqui estava fora de controle. Muitos dormiam no corredor, por conta da superlotação. A água da torneira era armazenada em baldes que ficavam nos cantos dos corredores e servia tanto para beber como para tomar banho. Agora as coisas vão melhorar", afirmou. Até o fim de fevereiro, os demais 306 detentos que permanecem na Casa de Detenção serão transferidos.
Novo pavilhão
No quarto pavilhão do Copemcan, 20 celas distribuídas em duas alas oferecem uma estrutura com oito camas e banheiro, num espaço de 28 metros quadrados cada. De acordo com o diretor do Complexo, tenente-coronel Brauner Poti, os detentos transferidos receberão kit de higiene pessoal, colchão, lençol e fardamento. "Aqui temos condições de abrigá-los com segurança e higiene. Temos sala de enfermagem e cada preso irá receber uma cartilha, com seus deveres, direitos e rotina da disciplina", disse o tenente-coronel Poti.
Especialista em Direitos Humanos, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), tenente-coronel Henrique Rocha, afirmou que os pertences pessoais de cada detento transferido foram colocados em sacolas plásticas e entregues às famílias. "É a primeira vez que o Estado faz uma transferência de presos desse tamanho e com esse cuidado. O novo Governo tem a preocupação dar um novo tratamento aos detentos, com dignidade e respeito aos direitos humanos", disse o tenente-coronel Rocha. Uma lista com os nomes dos detentos transferidos para o Copemcan está disponível para consulta de familiares na CDA.
Leia mais: Detentos são transferidos da Casa de Detenção para o Copemcan
Fotos: Janaína Santos/Márcio Dantas/ASNAté a manhã desta quinta-feira, 18, o detento Sílvio Tojal, 47 anos, dividia com mais cinco presos um cubículo de seis metros quadrados na Casa de Detenção de Aracaju (CDA). O presidiário Jéferson Bittencourt, 35, também se virava como podia numa das celas das três alas da CDA para sobreviver à superlotação e insalubridade do prédio de 80 anos localizado no bairro América. Eles são dois dos 206 presos que receberão tratamento digno com a transferência para um dos dois novos pavilhões no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan). A transferência dos detentos ocorreu na manhã desta quinta, menos de 24 horas depois de o governador Marcelo Déda ter anunciado a desativação da Casa de Detenção.
Nos 180 cubículos da CDA, sanitários sujos e colchões velhos se misturavam aos alimentos e objetos pessoais dos 512 presos. "A gente vivia em péssimas condições de higiene. Na nova penitenciária, acho que vai ser melhor. A cadeia antiga era cheia de lixo", diz Sílvio, detido há três anos por assalto a mão armada. "A higiene era precária, todo mundo vivia como bicho. Agora vou me sentir mais gente", afirmou Jéferson, detido por tentativa de homicídio.
Há 10 anos trabalhando na CDA como agente penitenciário, José Francisco dos Santos, 46, também avalia que a transferência vai melhorar a qualidade de vida dos internos e dos próprios servidores. "A situação aqui estava fora de controle. Muitos dormiam no corredor, por conta da superlotação. A água da torneira era armazenada em baldes que ficavam nos cantos dos corredores e servia tanto para beber como para tomar banho. Agora as coisas vão melhorar", afirmou. Até o fim de fevereiro, os demais 306 detentos que permanecem na Casa de Detenção serão transferidos.
Novo pavilhão
No quarto pavilhão do Copemcan, 20 celas distribuídas em duas alas oferecem uma estrutura com oito camas e banheiro, num espaço de 28 metros quadrados cada. De acordo com o diretor do Complexo, tenente-coronel Brauner Poti, os detentos transferidos receberão kit de higiene pessoal, colchão, lençol e fardamento. "Aqui temos condições de abrigá-los com segurança e higiene. Temos sala de enfermagem e cada preso irá receber uma cartilha, com seus deveres, direitos e rotina da disciplina", disse o tenente-coronel Poti.
Especialista em Direitos Humanos, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), tenente-coronel Henrique Rocha, afirmou que os pertences pessoais de cada detento transferido foram colocados em sacolas plásticas e entregues às famílias. "É a primeira vez que o Estado faz uma transferência de presos desse tamanho e com esse cuidado. O novo Governo tem a preocupação dar um novo tratamento aos detentos, com dignidade e respeito aos direitos humanos", disse o tenente-coronel Rocha. Uma lista com os nomes dos detentos transferidos para o Copemcan está disponível para consulta de familiares na CDA.
Leia mais: Detentos são transferidos da Casa de Detenção para o Copemcan
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