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Terça-Feira, 14 de Março de 2023 às 12:15:00
Cães farejadores da Polícia Militar de Sergipe recebem preparo técnico baseado na confiança e carinho para atuar na localização de pessoas e apreensão de drogas
O treinamento dos cães farejadores da CipCães abrange tanto preparação física quanto a dedicação e atenção ao animal

Enquanto os seres humanos possuem cerca de 5 milhões de células olfativas, os cães têm entre 120 e 300 milhões de células desse mesmo tipo. Esse número indica que eles possuem aptidão para uma importante missão da área da segurança pública, que é a de localizar pessoas desaparecidas e encontrar materiais ilícitos, como drogas escondidas em malas de viagem, por exemplo. Mas, antes de serem operadores da segurança pública, os cães são animais e, também, estabelecem relação de amor e carinho com seus tutores, assim como também acontece durante os treinamentos na Polícia Militar de Sergipe. Nesta terça-feira, 14, Dia Nacional dos Animais, a Segurança Pública reconhece a importância dos animais da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CipCães).

A CipCães é a unidade que atua com os animais altamente treinados para atuar em atividades de segurança pública em Sergipe, conforme destacou o tenente Marcelo Oliveira, da Polícia Militar. “Nós trabalhamos com quatro unidades. Nessas unidades, nós buscamos sempre deixar condutores em cada uma delas para apoiar o nosso trabalho. A qualquer chamado nós temos sempre alguém de prontidão para auxiliar os policiais que estão na rua”, ressaltou.

Inclusive, de acordo com o tenente Marcelo Oliveira, os cachorros são utilizados em blitze de trânsito e, também, em operações de apoio à Tropa de Choque em campos de futebol e grandes tumultos. “Primeiramente, esses cães passam por uma triagem feita pelos nossos adestradores. Hoje, o cão policial é de suma importância para complementar o nosso trabalho em uma abordagem. Em um veículo, por exemplo, ele encontra o que pode passar despercebido ao homem”, acrescentou.

E, além de profissionais da segurança pública, os cães da CipCães têm uma conexão com seus adestradores, assim como os animais domésticos geram relação de carinho com seus tutores. “Os adestradores iniciam o trabalho com o cão ainda filhote, então existe o carinho e a amizade. Na fase adulta, o cão tem um vínculo muito grande com o policial. O animal fica esperando o policial chegar para brincar e treinar e, provavelmente, o adestrador vai levar o cão para casa quando ele se aposentar”, revelou o tenente Marcelo Oliveira.

Assim, para exercer o trabalho com os cães, é preciso gostar dos animais, e os cães também passam por um período de treinamento. “A gente inicia o treinamento propriamente dito a partir dos 45 dias de vida do animal, fazendo a sensibilidade dele com o ambiente e com as pessoas. Por volta de um ano e meio a dois anos de idade, o cão está apto a exercer o trabalho na rua. O animal segue até os oito anos de atividade, quando ele vai para a chamada aposentadoria”, explicou o sargento Lucival Gomes.

Treinamento direcionado 

Nesse trabalho com os cães, conforme contou o sargento Etelvan Santos Dias, o policial e o cão fazem os treinamentos de acordo com o campo de atuação da equipe. Os treinamentos envolvem, inclusive, brinquedos para os animais. “A partir daí, o policial verifica se fará um treino físico ou técnico. Ao longo do dia, tem a parte da alimentação dos cães. Os treinamentos serão sempre agradáveis para os cães com brinquedos e bolinhas. É dessa forma que nós condicionamos os nossos cães”, revelou.

Esses treinamentos abrangem situações que são agradáveis aos animais, assim como relatou o sargento Etelvan Santos Dias. “Quando a gente tem um cão com faro de droga, na verdade ele está procurando um brinquedo. Quando a gente tem um cão de guarda e proteção, dentro dele já tem defesa, mas eles aprendem a morder com equipamentos como mangas e travesseiros de mordida. Esses equipamentos não são nada negativos para os cães”, demonstrou.

Já nos casos em que as equipes de treinamento da CipCães identifiquem que o animal não tem a vocação para atuação na unidade, o cão é destinado aos próprios policiais ou a pessoas que cuidam dos animais. “Não tem nada de maus-tratos. Aqueles cães que não gostam de brinquedo, que não gostam de morder os objetos utilizados no treinamento, eles são doados para pessoas particulares ou até mesmo para os militares, pois aquele cão não está apto ao serviço policial”, esclareceu o sargento Etelvan Santos Dias.

Diante dessa relação de carinho entre policiais e cães, o sargento Lucival Gomes revelou como se sente grato por trabalhar na unidade especializada de policiamento com cães da Polícia Militar de Sergipe. “É um trabalho muito gratificante, é um trabalho honrado. Eu costumo dizer que não há coisa melhor no mundo do que trabalhar naquilo com que você gosta, e não há amizade mais fiel do que trabalhar com os cães. O primeiro critério é gostar de ter essa lida diária com o animal”, finalizou.

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Cães farejadores da Polícia Militar de Sergipe recebem preparo técnico baseado na confiança e carinho para atuar na localização de pessoas e apreensão de drogas
O treinamento dos cães farejadores da CipCães abrange tanto preparação física quanto a dedicação e atenção ao animal
Terça-Feira, 14 de Março de 2023 às 12:15:00

Enquanto os seres humanos possuem cerca de 5 milhões de células olfativas, os cães têm entre 120 e 300 milhões de células desse mesmo tipo. Esse número indica que eles possuem aptidão para uma importante missão da área da segurança pública, que é a de localizar pessoas desaparecidas e encontrar materiais ilícitos, como drogas escondidas em malas de viagem, por exemplo. Mas, antes de serem operadores da segurança pública, os cães são animais e, também, estabelecem relação de amor e carinho com seus tutores, assim como também acontece durante os treinamentos na Polícia Militar de Sergipe. Nesta terça-feira, 14, Dia Nacional dos Animais, a Segurança Pública reconhece a importância dos animais da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CipCães).

A CipCães é a unidade que atua com os animais altamente treinados para atuar em atividades de segurança pública em Sergipe, conforme destacou o tenente Marcelo Oliveira, da Polícia Militar. “Nós trabalhamos com quatro unidades. Nessas unidades, nós buscamos sempre deixar condutores em cada uma delas para apoiar o nosso trabalho. A qualquer chamado nós temos sempre alguém de prontidão para auxiliar os policiais que estão na rua”, ressaltou.

Inclusive, de acordo com o tenente Marcelo Oliveira, os cachorros são utilizados em blitze de trânsito e, também, em operações de apoio à Tropa de Choque em campos de futebol e grandes tumultos. “Primeiramente, esses cães passam por uma triagem feita pelos nossos adestradores. Hoje, o cão policial é de suma importância para complementar o nosso trabalho em uma abordagem. Em um veículo, por exemplo, ele encontra o que pode passar despercebido ao homem”, acrescentou.

E, além de profissionais da segurança pública, os cães da CipCães têm uma conexão com seus adestradores, assim como os animais domésticos geram relação de carinho com seus tutores. “Os adestradores iniciam o trabalho com o cão ainda filhote, então existe o carinho e a amizade. Na fase adulta, o cão tem um vínculo muito grande com o policial. O animal fica esperando o policial chegar para brincar e treinar e, provavelmente, o adestrador vai levar o cão para casa quando ele se aposentar”, revelou o tenente Marcelo Oliveira.

Assim, para exercer o trabalho com os cães, é preciso gostar dos animais, e os cães também passam por um período de treinamento. “A gente inicia o treinamento propriamente dito a partir dos 45 dias de vida do animal, fazendo a sensibilidade dele com o ambiente e com as pessoas. Por volta de um ano e meio a dois anos de idade, o cão está apto a exercer o trabalho na rua. O animal segue até os oito anos de atividade, quando ele vai para a chamada aposentadoria”, explicou o sargento Lucival Gomes.

Treinamento direcionado 

Nesse trabalho com os cães, conforme contou o sargento Etelvan Santos Dias, o policial e o cão fazem os treinamentos de acordo com o campo de atuação da equipe. Os treinamentos envolvem, inclusive, brinquedos para os animais. “A partir daí, o policial verifica se fará um treino físico ou técnico. Ao longo do dia, tem a parte da alimentação dos cães. Os treinamentos serão sempre agradáveis para os cães com brinquedos e bolinhas. É dessa forma que nós condicionamos os nossos cães”, revelou.

Esses treinamentos abrangem situações que são agradáveis aos animais, assim como relatou o sargento Etelvan Santos Dias. “Quando a gente tem um cão com faro de droga, na verdade ele está procurando um brinquedo. Quando a gente tem um cão de guarda e proteção, dentro dele já tem defesa, mas eles aprendem a morder com equipamentos como mangas e travesseiros de mordida. Esses equipamentos não são nada negativos para os cães”, demonstrou.

Já nos casos em que as equipes de treinamento da CipCães identifiquem que o animal não tem a vocação para atuação na unidade, o cão é destinado aos próprios policiais ou a pessoas que cuidam dos animais. “Não tem nada de maus-tratos. Aqueles cães que não gostam de brinquedo, que não gostam de morder os objetos utilizados no treinamento, eles são doados para pessoas particulares ou até mesmo para os militares, pois aquele cão não está apto ao serviço policial”, esclareceu o sargento Etelvan Santos Dias.

Diante dessa relação de carinho entre policiais e cães, o sargento Lucival Gomes revelou como se sente grato por trabalhar na unidade especializada de policiamento com cães da Polícia Militar de Sergipe. “É um trabalho muito gratificante, é um trabalho honrado. Eu costumo dizer que não há coisa melhor no mundo do que trabalhar naquilo com que você gosta, e não há amizade mais fiel do que trabalhar com os cães. O primeiro critério é gostar de ter essa lida diária com o animal”, finalizou.