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Sexta-Feira, 12 de Fevereiro de 2021 às 09:15:00
Balística forense: Instituto de Criminalística emite mais de 900 laudos
As análises nos armamentos, nas munições e em vestígios dos disparos identificam arma e efeitos dos disparos num cenário de crime

Dentre as áreas de atuação dos peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), está a balística forense, responsável pelo estudo das armas de fogo e acessórios dos armamentos, além de análises de elementos das munições e dos vestígios relacionados ao uso desses instrumentos sempre que possuírem relação, direta ou indireta, com infrações penais, como os crimes contra a vida. No ano de 2020, o IC finalizou 900 requisições de perícia no campo da balística forense, com a realização de 4.659 exames periciais, que resultaram na emissão de 902 laudos, subsidiando as investigações de unidades policiais como o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. 
 
Neste mês de janeiro de 2021, a perícia na área da balística forense contribuiu com a elucidação de três crimes ocorridos no ano passado, que foram investigados pelo DHPP. Com a perícia, ficou constatado que a arma utilizada nas três investidas criminosas era a mesma. Na emissão de laudos, os peritos fazem uma série de exames em armas de fogo e nas munições apreendidas durante as ações e operações policiais. Dentre esses exames, está o confronto balístico nos armamentos, nos projéteis e também em vestígios e resíduos dos disparos das armas de fogo, além dos efeitos provocados nos acessórios desses armamentos. 
 
A perita criminal Fabinara Dantas explicou que os exames periciais realizados pelo Instituto de Criminalística em armas de fogo analisam todos os elementos relacionados aos armamentos, projéteis e munições relacionados a um local de crime. “O exame de confronto baseia-se na comparação das características impressas nos projéteis quando propelidos por cano de arma de fogo, e nos estojos quando percutidos por percursores de arma de fogo. Com essa análise comparativa, identificamos, de forma indireta, a arma que foi utilizada em um crime”, especificou.
 
Fabinara Dantas detalhou os exames periciais que resultaram, inclusive, na identificação de uma mesma arma utilizada em três crimes diferentes. “Dentre os casos que realizamos perícias, há o acontecimento recente no qual foram enviadas peças balísticas de três locais de crimes distintos, com vítimas distintas, e foi encaminhada uma arma de fogo. Após análises macro e microscópicas, no núcleo de balística, concluímos que a arma foi utilizada nos três locais. Além de positivar a arma, conseguimos correlacionar os três locais. O laudo pericial serviu, de forma imparcial, técnica e objetiva, para confirmar a linha investigativa e para a constatação e elucidação desses crimes”, particularizou.
 
A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Thereza Simony, ressaltou que a perícia atua em conjunto com a Polícia Civil desde os primeiros momentos após a ocorrência de uma investida criminosa com o uso de arma fogo, até a finalização do inquérito policial, com a inserção do laudo pericial emitido pelo Instituto de Criminalística. “O IC desenvolve um trabalho em parceria com o DHPP, desde o momento em que as equipes de locais de crime garantem e preservam a cena para que os peritos e papiloscopistas possam trabalhar coletando os vestígios”, complementou.
 
Thereza Simony salientou que a perícia na área da balística forense é essencial para a robustez das investigações e dos inquéritos policiais que são encaminhados ao Poder Judiciário. “Os peritos fazem os exames para verificar se o projétil extraído do corpo da vítima guarda relação com a arma apreendida. Nesse sentido, três homicídios foram solucionados com base no exame de confronto balístico, em que uma mesma arma foi utilizada em três homicídios. O trabalho dos peritos é de suma importância na elucidação dos crimes e contribui, de forma técnica, para que os autores dos crimes sejam indiciados, denunciados e, ao final, condenados”, assinalou.
 
 

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Balística forense: Instituto de Criminalística emite mais de 900 laudos
As análises nos armamentos, nas munições e em vestígios dos disparos identificam arma e efeitos dos disparos num cenário de crime
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Dentre as áreas de atuação dos peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), está a balística forense, responsável pelo estudo das armas de fogo e acessórios dos armamentos, além de análises de elementos das munições e dos vestígios relacionados ao uso desses instrumentos sempre que possuírem relação, direta ou indireta, com infrações penais, como os crimes contra a vida. No ano de 2020, o IC finalizou 900 requisições de perícia no campo da balística forense, com a realização de 4.659 exames periciais, que resultaram na emissão de 902 laudos, subsidiando as investigações de unidades policiais como o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. 
 
Neste mês de janeiro de 2021, a perícia na área da balística forense contribuiu com a elucidação de três crimes ocorridos no ano passado, que foram investigados pelo DHPP. Com a perícia, ficou constatado que a arma utilizada nas três investidas criminosas era a mesma. Na emissão de laudos, os peritos fazem uma série de exames em armas de fogo e nas munições apreendidas durante as ações e operações policiais. Dentre esses exames, está o confronto balístico nos armamentos, nos projéteis e também em vestígios e resíduos dos disparos das armas de fogo, além dos efeitos provocados nos acessórios desses armamentos. 
 
A perita criminal Fabinara Dantas explicou que os exames periciais realizados pelo Instituto de Criminalística em armas de fogo analisam todos os elementos relacionados aos armamentos, projéteis e munições relacionados a um local de crime. “O exame de confronto baseia-se na comparação das características impressas nos projéteis quando propelidos por cano de arma de fogo, e nos estojos quando percutidos por percursores de arma de fogo. Com essa análise comparativa, identificamos, de forma indireta, a arma que foi utilizada em um crime”, especificou.
 
Fabinara Dantas detalhou os exames periciais que resultaram, inclusive, na identificação de uma mesma arma utilizada em três crimes diferentes. “Dentre os casos que realizamos perícias, há o acontecimento recente no qual foram enviadas peças balísticas de três locais de crimes distintos, com vítimas distintas, e foi encaminhada uma arma de fogo. Após análises macro e microscópicas, no núcleo de balística, concluímos que a arma foi utilizada nos três locais. Além de positivar a arma, conseguimos correlacionar os três locais. O laudo pericial serviu, de forma imparcial, técnica e objetiva, para confirmar a linha investigativa e para a constatação e elucidação desses crimes”, particularizou.
 
A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Thereza Simony, ressaltou que a perícia atua em conjunto com a Polícia Civil desde os primeiros momentos após a ocorrência de uma investida criminosa com o uso de arma fogo, até a finalização do inquérito policial, com a inserção do laudo pericial emitido pelo Instituto de Criminalística. “O IC desenvolve um trabalho em parceria com o DHPP, desde o momento em que as equipes de locais de crime garantem e preservam a cena para que os peritos e papiloscopistas possam trabalhar coletando os vestígios”, complementou.
 
Thereza Simony salientou que a perícia na área da balística forense é essencial para a robustez das investigações e dos inquéritos policiais que são encaminhados ao Poder Judiciário. “Os peritos fazem os exames para verificar se o projétil extraído do corpo da vítima guarda relação com a arma apreendida. Nesse sentido, três homicídios foram solucionados com base no exame de confronto balístico, em que uma mesma arma foi utilizada em três homicídios. O trabalho dos peritos é de suma importância na elucidação dos crimes e contribui, de forma técnica, para que os autores dos crimes sejam indiciados, denunciados e, ao final, condenados”, assinalou.