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Sexta-Feira, 05 de Março de 2021 às 09:30:00
Telessaúde realiza webpalestra sobre leucemia e captação de órgãos
Em alusão ao “Fevereiro Laranja”, mês de combate à leucemia, a Fundação Estadual de Saúde realizou a tele-educação “Fevereiro Laranja: leucemia e captação de órgãos”

Em alusão ao “Fevereiro Laranja”, mês de combate à leucemia, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, nesta quinta-feira(04), a tele-educação “Fevereiro Laranja: leucemia e captação de órgãos”. A webpalestra contou com a participação da médica hematologista e responsável técnica do Serviço de Onco-hematologia – COOL do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Juliana Brunow Nogueira, além do coordenador da Central de Transplante de Sergipe, o enfermeiro Benito Fernandez.

Ao abordar a temática, a hematologista Juliana Brunow discorreu sobre assuntos como leucemias agudas e divisão simplificada, epidemiologia, incidências no Brasil, etiopatogenia, quadro clínico, diagnóstico, classificação das LA (Leucemia Aguda), tratamento específico e tratamento de suporte. “Fizemos uma aula bastante prática, porque a intenção é criar a consciência, o raciocínio de quem está na ponta, proporcionar informação a um médico clínico, um estudante, um profissional da saúde que pode se deparar com um paciente suspeito de leucemia. Apesar de ser uma doença rara, esses conhecimentos são importantes para que o profissional identifique casos suspeitos e entre em contato com o centro de referência, de forma que o paciente seja avaliado pelo especialista. Se realmente for um caso suspeito, é necessário que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível”, ressaltou.

A hematologista também observou que quanto mais cedo se descobre uma leucemia, menor o risco de complicação, maior a chance de tratar o paciente em um melhor estado de saúde e, consequentemente, menor mortalidade. Outra questão significativa é a sensibilização em relação à doação de sangue, do abastecimento dos bancos, segundo destacou a especialista: “Dependemos da estrutura e do fornecimento dos hemocomponentes para que o paciente se mantenha vivo durante 21 dias, do início do tratamento, passando pelo momento que o paciente fica mais fraco e se recupera com a nova medula. Nesse período, precisamos de suporte transfusional de sangue, de plaquetas. Se não há doador, o paciente vai sofrer risco de mortalidade por anemia, por plaquetas muito baixas e sangramento. Por isso é fundamental a sensibilização da população que tem saúde e pode doar sangue, que é um ato de amor, de salvar vidas”.

Segundo Benito Fernandez, coordenador da Central de Transplante de Sergipe, o foco principal é o cadastro de doadores voluntários de medula óssea, pois em muitas ocasiões, a única oportunidade que o paciente tem é o transplante de medula, pois se ele não teve êxito na quimioterapia, a opção é o transplante. “Sabemos da dificuldade, das chances de encontrar alguém compatível são muito baixas. De cada 100 mil inscritos, é possível encontrar um compatível. É importante ressaltar que temos uma estrutura que o SUS disponibiliza para as pessoas, mas as pessoas não fazem uso dessa estrutura. As pessoas também podem se conscientizar do seu papel social, de salvar outras vidas. Precisamos desenvolver esse desprendimento e saber que as nossas atitudes de voluntariado podem ter um significado muito grande para quem está na outra ponta”, disse.

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Em alusão ao “Fevereiro Laranja”, mês de combate à leucemia, a Fundação Estadual de Saúde realizou a tele-educação “Fevereiro Laranja: leucemia e captação de órgãos”
Sexta-Feira, 05 de Março de 2021 às 09:30:00

Em alusão ao “Fevereiro Laranja”, mês de combate à leucemia, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, nesta quinta-feira(04), a tele-educação “Fevereiro Laranja: leucemia e captação de órgãos”. A webpalestra contou com a participação da médica hematologista e responsável técnica do Serviço de Onco-hematologia – COOL do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Juliana Brunow Nogueira, além do coordenador da Central de Transplante de Sergipe, o enfermeiro Benito Fernandez.

Ao abordar a temática, a hematologista Juliana Brunow discorreu sobre assuntos como leucemias agudas e divisão simplificada, epidemiologia, incidências no Brasil, etiopatogenia, quadro clínico, diagnóstico, classificação das LA (Leucemia Aguda), tratamento específico e tratamento de suporte. “Fizemos uma aula bastante prática, porque a intenção é criar a consciência, o raciocínio de quem está na ponta, proporcionar informação a um médico clínico, um estudante, um profissional da saúde que pode se deparar com um paciente suspeito de leucemia. Apesar de ser uma doença rara, esses conhecimentos são importantes para que o profissional identifique casos suspeitos e entre em contato com o centro de referência, de forma que o paciente seja avaliado pelo especialista. Se realmente for um caso suspeito, é necessário que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível”, ressaltou.

A hematologista também observou que quanto mais cedo se descobre uma leucemia, menor o risco de complicação, maior a chance de tratar o paciente em um melhor estado de saúde e, consequentemente, menor mortalidade. Outra questão significativa é a sensibilização em relação à doação de sangue, do abastecimento dos bancos, segundo destacou a especialista: “Dependemos da estrutura e do fornecimento dos hemocomponentes para que o paciente se mantenha vivo durante 21 dias, do início do tratamento, passando pelo momento que o paciente fica mais fraco e se recupera com a nova medula. Nesse período, precisamos de suporte transfusional de sangue, de plaquetas. Se não há doador, o paciente vai sofrer risco de mortalidade por anemia, por plaquetas muito baixas e sangramento. Por isso é fundamental a sensibilização da população que tem saúde e pode doar sangue, que é um ato de amor, de salvar vidas”.

Segundo Benito Fernandez, coordenador da Central de Transplante de Sergipe, o foco principal é o cadastro de doadores voluntários de medula óssea, pois em muitas ocasiões, a única oportunidade que o paciente tem é o transplante de medula, pois se ele não teve êxito na quimioterapia, a opção é o transplante. “Sabemos da dificuldade, das chances de encontrar alguém compatível são muito baixas. De cada 100 mil inscritos, é possível encontrar um compatível. É importante ressaltar que temos uma estrutura que o SUS disponibiliza para as pessoas, mas as pessoas não fazem uso dessa estrutura. As pessoas também podem se conscientizar do seu papel social, de salvar outras vidas. Precisamos desenvolver esse desprendimento e saber que as nossas atitudes de voluntariado podem ter um significado muito grande para quem está na outra ponta”, disse.