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Segunda-Feira, 05 de Abril de 2021 às 15:00:00
Telas Digitais: oftalmologista do Ipesaúde fala sobre o perigo da longa exposição
A luz das telas dos computadores, notebooks, smartphones e demais dispositivos digitais emitem uma quantidade significativa de luz azul. E diferente da luz do sol, o nosso olho não consegue bloquear a incidência dessa luz

A revolução tecnológica mudou o conceito de comunicação em sociedade, revolucionou o mercado de trabalho, o método de ensino, a compra e a venda. Mas, o que mudou a forma de relacionamento entre as pessoas, afetou diretamente na saúde das mesmas, principalmente no quesito oftalmológico.

Por isso, a oftalmologista do Centro de Especialidades do Ipesaúde, Mila Gonçalves, explicou como se dá o processo de evolução das patologias que afetam a visão devido ao uso das novas tecnologias. A luz das telas dos computadores, notebooks, smartphones e demais dispositivos digitais emitem uma quantidade significativa de luz azul. E diferente da luz do sol, o nosso olho não consegue bloquear a incidência dessa luz.

“A preocupação dos médicos oftalmologistas, no que diz respeito aos aparelhos digitais e luz azul, é pelo fato de nossos olhos não serem bons em bloquear a luz azul, assim como é eficaz contra os raios UV, impedindo que estes atinjam a retina sensível à luz, na parte posterior do globo ocular. Ou seja, praticamente toda a luz azul visível atinge a retina, aliado a quantidade de tempo que as pessoas se expõem usando esses dispositivos e a proximidade dessas telas com o rosto dos usuários geram danos à saúde ocular a curto e longo prazo podendo levar a perda visual”, explica a oftalmologista Mila Gonçalves.

Dentre os sinais e sintomas dos problemas oftalmológicos, existe a Síndrome do Usuário Multitelas, que é o quadro mais comum e é caracterizado por visão embaçada e sem foco por um período após horas olhando fixamente os monitores formados por luz azul, devido o olho seco e a fadiga ocular.

“Quem passa muitas horas por dia diante desses dispositivos tem uma redução significativa na produção de lágrimas, agravado pelo fato de que piscamos menos quando estamos olhando fixamente para telas digitais, consequentemente, há menos hidratação da córnea. Com o tempo, a visão fica estressada. Ou seja, mesmo que temporariamente, a pessoa perceba que as imagens estão com pouca definição, meio sem foco e borradas, que seus olhos estão vermelhos, ardendo, lacrimejamento e com fotofobia, é resultado da pouca lubrificação ocular. Além disso, episódios de dor de cabeça e enxaqueca podem se tornar mais frequentes resultantes da tensão e cansaço ocular”, elucida Mila Gonçalves.

É praticamente impossível se desvencilhar das tecnologias digitais hoje em dia, todo o modelo de vida está intrínseco no uso das mesmas. Por isso, é importante seguir algumas recomendações para manter a saúde ocular. E a oftalmologista do Ipesaúde, Mila Gonçalves, enumera algumas dessas recomendações.

Dicas
“A longo prazo as consequências da exposição à luz azul violeta podem aumentar o risco para degeneração macular relacionada à idade e catarata. Isso porque no centro da retina está a mácula, um tecido sensível à luz situado bem no fundo do olho que pode danificar e levar à perda permanente da visão”, afirma Mila Gonçalves.

Sendo assim, de acordo com a oftalmologista do Ipesaúde, Mila Gonçalves,.para diminuir os danos à visão é importante:

– Fazer um maior número de intervalos de descanso durante o período de exposição;
– Olhar as telas de um local mais distante possível;
– Evitar a exposição à telas antes de dormir;
– Utilizar o recurso “night shift” (configuração que ajusta a temperatura da cor da luz do dispositivo)
– Utilização do óculos de grau que conta com a tecnologia de filtrar a luz azul violeta.

Todos esses cuidados além de diminuir a possibilidade da pessoa vir a ter problema oftalmológico, eles ainda contribuem para a regulação do sono.

“Evitar a exposição às telas antes de dormir ajuda a ter um sono profundo e reparador. Pois, a exposição a muita luz azul tarde da noite (ler um romance em um tablet ou e-reader na hora de dormir, por exemplo) pode atrapalhar esse ciclo, suprimindo a produção de hormônios como a melatonina ( regulador do sono) resultando potencialmente em insônia e fadiga diurna”, explica a oftalmologista do Ipesaúde e acrescenta “o uso do recurso intitulado “night shift”, que ajusta a temperatura da cor da tela dos aparelhos, foi implantado justamente depois que um estudo demonstrou o quanto o uso de smartphones e tablets podem causar problemas de insônia em seus usuários. Com isso, ao acionar o recurso, a tela filtra a cor prejudicial, não comprometendo o sono e a mácula”.

Nas crianças o fato risco ainda é maior, tendo em vista que nas primeiras idade de vida os olhos ainda estão em desenvolvimento.

“Deve-se atentar-se também às crianças que estão com os olhos em desenvolvimento e ao riscos do surgimento da “miopia escolar” que está relacionada ao aumento da propensão das crianças em ter miopia, devido o excesso de visão para perto, principalmente agora com o aumento da demanda de aulas online e jogos digitais”, orienta Mila Gonçalves, oftalmologista do Centro de Especialidades do Ipesaúde, e conclui “em qualquer momento da vida é importante procurar o oftalmologista periodicamente”.

O Centro de Especialidades do Ipesaúde dispõe de diversos serviços, mas, devido a pandemia do novo coronavírus, muitos desses serviços foram suspensos para a segurança dos beneficiários e servidores do Instituto.

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Telas Digitais: oftalmologista do Ipesaúde fala sobre o perigo da longa exposição
A luz das telas dos computadores, notebooks, smartphones e demais dispositivos digitais emitem uma quantidade significativa de luz azul. E diferente da luz do sol, o nosso olho não consegue bloquear a incidência dessa luz
Segunda-Feira, 05 de Abril de 2021 às 15:00:00

A revolução tecnológica mudou o conceito de comunicação em sociedade, revolucionou o mercado de trabalho, o método de ensino, a compra e a venda. Mas, o que mudou a forma de relacionamento entre as pessoas, afetou diretamente na saúde das mesmas, principalmente no quesito oftalmológico.

Por isso, a oftalmologista do Centro de Especialidades do Ipesaúde, Mila Gonçalves, explicou como se dá o processo de evolução das patologias que afetam a visão devido ao uso das novas tecnologias. A luz das telas dos computadores, notebooks, smartphones e demais dispositivos digitais emitem uma quantidade significativa de luz azul. E diferente da luz do sol, o nosso olho não consegue bloquear a incidência dessa luz.

“A preocupação dos médicos oftalmologistas, no que diz respeito aos aparelhos digitais e luz azul, é pelo fato de nossos olhos não serem bons em bloquear a luz azul, assim como é eficaz contra os raios UV, impedindo que estes atinjam a retina sensível à luz, na parte posterior do globo ocular. Ou seja, praticamente toda a luz azul visível atinge a retina, aliado a quantidade de tempo que as pessoas se expõem usando esses dispositivos e a proximidade dessas telas com o rosto dos usuários geram danos à saúde ocular a curto e longo prazo podendo levar a perda visual”, explica a oftalmologista Mila Gonçalves.

Dentre os sinais e sintomas dos problemas oftalmológicos, existe a Síndrome do Usuário Multitelas, que é o quadro mais comum e é caracterizado por visão embaçada e sem foco por um período após horas olhando fixamente os monitores formados por luz azul, devido o olho seco e a fadiga ocular.

“Quem passa muitas horas por dia diante desses dispositivos tem uma redução significativa na produção de lágrimas, agravado pelo fato de que piscamos menos quando estamos olhando fixamente para telas digitais, consequentemente, há menos hidratação da córnea. Com o tempo, a visão fica estressada. Ou seja, mesmo que temporariamente, a pessoa perceba que as imagens estão com pouca definição, meio sem foco e borradas, que seus olhos estão vermelhos, ardendo, lacrimejamento e com fotofobia, é resultado da pouca lubrificação ocular. Além disso, episódios de dor de cabeça e enxaqueca podem se tornar mais frequentes resultantes da tensão e cansaço ocular”, elucida Mila Gonçalves.

É praticamente impossível se desvencilhar das tecnologias digitais hoje em dia, todo o modelo de vida está intrínseco no uso das mesmas. Por isso, é importante seguir algumas recomendações para manter a saúde ocular. E a oftalmologista do Ipesaúde, Mila Gonçalves, enumera algumas dessas recomendações.

Dicas
“A longo prazo as consequências da exposição à luz azul violeta podem aumentar o risco para degeneração macular relacionada à idade e catarata. Isso porque no centro da retina está a mácula, um tecido sensível à luz situado bem no fundo do olho que pode danificar e levar à perda permanente da visão”, afirma Mila Gonçalves.

Sendo assim, de acordo com a oftalmologista do Ipesaúde, Mila Gonçalves,.para diminuir os danos à visão é importante:

– Fazer um maior número de intervalos de descanso durante o período de exposição;
– Olhar as telas de um local mais distante possível;
– Evitar a exposição à telas antes de dormir;
– Utilizar o recurso “night shift” (configuração que ajusta a temperatura da cor da luz do dispositivo)
– Utilização do óculos de grau que conta com a tecnologia de filtrar a luz azul violeta.

Todos esses cuidados além de diminuir a possibilidade da pessoa vir a ter problema oftalmológico, eles ainda contribuem para a regulação do sono.

“Evitar a exposição às telas antes de dormir ajuda a ter um sono profundo e reparador. Pois, a exposição a muita luz azul tarde da noite (ler um romance em um tablet ou e-reader na hora de dormir, por exemplo) pode atrapalhar esse ciclo, suprimindo a produção de hormônios como a melatonina ( regulador do sono) resultando potencialmente em insônia e fadiga diurna”, explica a oftalmologista do Ipesaúde e acrescenta “o uso do recurso intitulado “night shift”, que ajusta a temperatura da cor da tela dos aparelhos, foi implantado justamente depois que um estudo demonstrou o quanto o uso de smartphones e tablets podem causar problemas de insônia em seus usuários. Com isso, ao acionar o recurso, a tela filtra a cor prejudicial, não comprometendo o sono e a mácula”.

Nas crianças o fato risco ainda é maior, tendo em vista que nas primeiras idade de vida os olhos ainda estão em desenvolvimento.

“Deve-se atentar-se também às crianças que estão com os olhos em desenvolvimento e ao riscos do surgimento da “miopia escolar” que está relacionada ao aumento da propensão das crianças em ter miopia, devido o excesso de visão para perto, principalmente agora com o aumento da demanda de aulas online e jogos digitais”, orienta Mila Gonçalves, oftalmologista do Centro de Especialidades do Ipesaúde, e conclui “em qualquer momento da vida é importante procurar o oftalmologista periodicamente”.

O Centro de Especialidades do Ipesaúde dispõe de diversos serviços, mas, devido a pandemia do novo coronavírus, muitos desses serviços foram suspensos para a segurança dos beneficiários e servidores do Instituto.