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Quarta-Feira, 20 de Maio de 2020 às 12:15:00
Protocolo adotado pelo Huse traz melhora clínica a pacientes com Covid-19
Desde o início da pandemia, o Huse tem seguindo normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu normas quanto ao acesso de visitas e protocolo de higienização

A concepção do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) no controle à pandemia da Covid-19, foi planejada para prestar o atendimento dos casos positivos que forem regulados para a unidade. O Huse é o hospital de retaguarda para a Rede Estadual de Saúde, por isso, devem chegar ao hospital os pacientes que já foram testados e positivados nas unidades regionais, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos Postos de Saúde que estão atendendo para triagem.

O diretor técnico do Huse, Wagner Andrade, explicou como é realizado todo o atendimento a partir do pronto socorro do hospital. “No Huse nós não temos essa triagem que é feita pela Unidade de Pronto Atendimento Nestor Piva, Unidade de Pronto Atendimento da Zona Sul, além de mais três postos específicos para isso. Somente quando positivos e precisam de internamento hospitalar é que os pacientes são conduzidos ao Huse”, detalhou.

Ele ressaltou também que por mais cuidado que se tenha ou maior testagem que se faça, isso não exclui a possibilidade de algum paciente estar na janela imunológica, ou seja, testar um paciente sem sintomas, sem nenhum quadro para Covid e depois de dois ou quatro dias o paciente desenvolver a doença. “A gente tem o controle para separar paciente confirmado do não confirmado, mas pode acontecer pela janela imunológica de alguém com Covid positivar pós-teste e isso a gente também faz controle, ele vai ser testado em um momento superior e a partir dessa nova testagem quando positivo, nós isolamos para a área específica da Covid”, disse o diretor.

Quanto à contaminação por parte do profissional, Wagner Andrade explicou que é um risco ocupacional. “Muitas vezes o nosso profissional entra em contato com paciente doente sem saber, é um risco ocupacional. Há um risco mesmo com todos os cuidados de uma contaminação. Nós temos um registro de cerca de 40 profissionais que foram acometidos, eles cumpriram a quarentena e aos poucos estão retornando sem sintomas e após liberação dos quatorze dias”, pontuou.

Protocolo de higienização e visitas

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Huse tem seguindo normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu normas quanto ao acesso de visitas e protocolo de higienização. “Hoje nós não temos visitas permitidas no Huse, pacientes em estado especial, sem se locomover ou falar, idosos e crianças têm por lei, direito ao acompanhante. Há uma determinação estabelecida pela CCIH que todo acompanhante deve usar máscara. Além disso, foram disponibilizados em todo o hospital álcool gel e principalmente água e sabão nas enfermarias onde é necessário internamento com acompanhante”, detalhou Wagner Andrade.

A equipe de limpeza também é separada para as unidades de Covid e todos os funcionários desde o médico, enfermeiros, fisioterapeutas, enfim, são treinados para se paramentarem com os EPI’s e retirada dos mesmos ao deixarem a unidade. Após essa retirada eles são descartados em lixeiras específicas para retirada do equipamento de limpeza e isso também acontece com as roupas. A equipe também é treinada para retirar o lixo infectante e as roupas que são processadas em uma empresa específica para isso.

A CCIH faz o treinamento com as pessoas que vão entrar em contato com algum utensílio ou material vindo dessas unidades e a importância de se ter separado as unidades exclusivamente para Covid é justamente essa, para que não corra o risco de em algum momento utilizar material misturado das unidades que são Covid com as que não são. A equipe de limpeza exclusiva para essas unidades são paramentadas para fazerem o serviço e quando concluem eles tem o local para desparamentação daquele material que foi utilizado e conduzido separadamente.

Contêineres

Os contêineres foram instalados para a triagem e atendimento médico de pacientes com síndromes gripais. No Huse, a utilização deles será para um segundo tempo, caso seja necessário. “Os contêineres estão aqui como um plano B, é um plano do Governo do Estado caso a coisa fique sem controle ou para uma emergência maior. Os contêineres estão prontos, energizados, climatizados e com tudo o que é necessário para funcionamento e atendimento dos usuários”, declarou o diretor técnico.

Leitos Covid-19

Dos 27 leitos que o Huse disponibiliza para UTI Covid, 21 estavam ocupados até o final da manhã desta terça-feira, 19. Desse total, 18 estão com pacientes em uso de ventilação mecânica e os outros sem necessidade ainda do ventilador, mas, com a gravidade que devem permanecer na UTI. Já a Enfermaria Covid, que responde hoje como uma enfermaria de saída dos casos da UTI está com sua capacidade atingida.

“Estamos com os dez leitos ocupados, sendo 8 positivos e 2 aguardando retestar, mas, nós temos uma unidade que é o HPM que também serve para retirada desses pacientes e na parte de leitos de enfermaria estamos extremamente tranquilos e na de UTI estamos extremamente vigilantes, porque é um número que chama atenção mas que também pode utilizar os leitos do interior de UTI para casos menos complexos se for necessário. Então, a regulação do Estado está vigilante e se houver necessidade de retirar alguma paciente para receber um de maior complexidade a gente vai fazer isso”, concluiu Wagner Andrade.

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Protocolo adotado pelo Huse traz melhora clínica a pacientes com Covid-19
Desde o início da pandemia, o Huse tem seguindo normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu normas quanto ao acesso de visitas e protocolo de higienização
Quarta-Feira, 20 de Maio de 2020 às 12:15:00

A concepção do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) no controle à pandemia da Covid-19, foi planejada para prestar o atendimento dos casos positivos que forem regulados para a unidade. O Huse é o hospital de retaguarda para a Rede Estadual de Saúde, por isso, devem chegar ao hospital os pacientes que já foram testados e positivados nas unidades regionais, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos Postos de Saúde que estão atendendo para triagem.

O diretor técnico do Huse, Wagner Andrade, explicou como é realizado todo o atendimento a partir do pronto socorro do hospital. “No Huse nós não temos essa triagem que é feita pela Unidade de Pronto Atendimento Nestor Piva, Unidade de Pronto Atendimento da Zona Sul, além de mais três postos específicos para isso. Somente quando positivos e precisam de internamento hospitalar é que os pacientes são conduzidos ao Huse”, detalhou.

Ele ressaltou também que por mais cuidado que se tenha ou maior testagem que se faça, isso não exclui a possibilidade de algum paciente estar na janela imunológica, ou seja, testar um paciente sem sintomas, sem nenhum quadro para Covid e depois de dois ou quatro dias o paciente desenvolver a doença. “A gente tem o controle para separar paciente confirmado do não confirmado, mas pode acontecer pela janela imunológica de alguém com Covid positivar pós-teste e isso a gente também faz controle, ele vai ser testado em um momento superior e a partir dessa nova testagem quando positivo, nós isolamos para a área específica da Covid”, disse o diretor.

Quanto à contaminação por parte do profissional, Wagner Andrade explicou que é um risco ocupacional. “Muitas vezes o nosso profissional entra em contato com paciente doente sem saber, é um risco ocupacional. Há um risco mesmo com todos os cuidados de uma contaminação. Nós temos um registro de cerca de 40 profissionais que foram acometidos, eles cumpriram a quarentena e aos poucos estão retornando sem sintomas e após liberação dos quatorze dias”, pontuou.

Protocolo de higienização e visitas

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Huse tem seguindo normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu normas quanto ao acesso de visitas e protocolo de higienização. “Hoje nós não temos visitas permitidas no Huse, pacientes em estado especial, sem se locomover ou falar, idosos e crianças têm por lei, direito ao acompanhante. Há uma determinação estabelecida pela CCIH que todo acompanhante deve usar máscara. Além disso, foram disponibilizados em todo o hospital álcool gel e principalmente água e sabão nas enfermarias onde é necessário internamento com acompanhante”, detalhou Wagner Andrade.

A equipe de limpeza também é separada para as unidades de Covid e todos os funcionários desde o médico, enfermeiros, fisioterapeutas, enfim, são treinados para se paramentarem com os EPI’s e retirada dos mesmos ao deixarem a unidade. Após essa retirada eles são descartados em lixeiras específicas para retirada do equipamento de limpeza e isso também acontece com as roupas. A equipe também é treinada para retirar o lixo infectante e as roupas que são processadas em uma empresa específica para isso.

A CCIH faz o treinamento com as pessoas que vão entrar em contato com algum utensílio ou material vindo dessas unidades e a importância de se ter separado as unidades exclusivamente para Covid é justamente essa, para que não corra o risco de em algum momento utilizar material misturado das unidades que são Covid com as que não são. A equipe de limpeza exclusiva para essas unidades são paramentadas para fazerem o serviço e quando concluem eles tem o local para desparamentação daquele material que foi utilizado e conduzido separadamente.

Contêineres

Os contêineres foram instalados para a triagem e atendimento médico de pacientes com síndromes gripais. No Huse, a utilização deles será para um segundo tempo, caso seja necessário. “Os contêineres estão aqui como um plano B, é um plano do Governo do Estado caso a coisa fique sem controle ou para uma emergência maior. Os contêineres estão prontos, energizados, climatizados e com tudo o que é necessário para funcionamento e atendimento dos usuários”, declarou o diretor técnico.

Leitos Covid-19

Dos 27 leitos que o Huse disponibiliza para UTI Covid, 21 estavam ocupados até o final da manhã desta terça-feira, 19. Desse total, 18 estão com pacientes em uso de ventilação mecânica e os outros sem necessidade ainda do ventilador, mas, com a gravidade que devem permanecer na UTI. Já a Enfermaria Covid, que responde hoje como uma enfermaria de saída dos casos da UTI está com sua capacidade atingida.

“Estamos com os dez leitos ocupados, sendo 8 positivos e 2 aguardando retestar, mas, nós temos uma unidade que é o HPM que também serve para retirada desses pacientes e na parte de leitos de enfermaria estamos extremamente tranquilos e na de UTI estamos extremamente vigilantes, porque é um número que chama atenção mas que também pode utilizar os leitos do interior de UTI para casos menos complexos se for necessário. Então, a regulação do Estado está vigilante e se houver necessidade de retirar alguma paciente para receber um de maior complexidade a gente vai fazer isso”, concluiu Wagner Andrade.