Notícias
Notícias
Quinta-Feira, 19 de Maio de 2022 às 15:15:00
Profissionais são capacitados no manejo, avaliação e prevenção da Hanseníase
O objetivo da capacitação é formar multiplicadores para a intensificação do diagnóstico e a prevenção de incapacidades em Hanseníase

Os profissionais de saúde que atuam na atenção primária, especialistas do serviço de referência em hanseníase e dermatologistas do Sistema Único de Saúde participam nesta quinta e sexta-feira, 19 e 20, de uma capacitação sobre Hanseníase, tendo como foco principal o diagnóstico e prevenção de incapacidades causados pela doença. O facilitador é uma referência na temática, o professor doutor Marco Andrey Cipriani Frade, chefe da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de São Paulo.

O objetivo da capacitação, segundo informou o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Marco Aurélio Góes, é formar multiplicadores para a intensificação do diagnóstico e a prevenção de incapacidades em Hanseníase, doença que se configura como um problema de saúde pública em destaque no país.

“Durante a pandemia houve uma diminuição no diagnóstico da Hanseníase, agravo que pode passar por um longo período de forma assintomática ou imperceptível pelo usuário, fazendo com que ocorra um atraso na procura por um serviço de saúde, antes de sofrerem as complicações da doença”, disse Marco Aurélio.

O professor na sua fala inicial criticou aqueles que consideram a Hanseniase uma doença simples, reduzindo-a apenas a “mancha na pele com perde de sensibilidade”. Para ele, a doença é mais complexa e se apresenta de diversas formas. Salientou que quando se trata de diagnóstico, é preciso olhar o paciente, ouvir e considerar o que ele diz, uma vez que vários outros sinais podem levar a um diagnóstico de Hanseníase, como por exemplo, dor nos nervos e dormência.

Em sua avaliação, a Hanseníase é uma doença estigmatizada e envolta em preconceitos. “É preciso informar. A falta de informação é um grande problema que dificulta avanços no tratamento. Outro fator que aumenta a dificuldade é que os sinais de sintomas mais avançados da doença são subjugados como sinais normais de envelhecimento, como dormências, formigamento e dores neurais”, reforçou o facilitador para uma plateia atenta.

A tarde desta quinta-feira, 19, e todo o dia de amanhã serão dedicados a treinamentos práticos sobre diagnóstico e prevenção de incapacidades em Hanseníase com o professor doutor Marco Andrey. Os profissionais dos municípios prioritários, que possuem maior carga da doença*, foram divididos em três turmas para garantir melhor aproveitamento da capacitação.

Compartilhe            
Notícia
/ Notícias / saude

Profissionais são capacitados no manejo, avaliação e prevenção da Hanseníase
O objetivo da capacitação é formar multiplicadores para a intensificação do diagnóstico e a prevenção de incapacidades em Hanseníase
Quinta-Feira, 19 de Maio de 2022 às 15:15:00

Os profissionais de saúde que atuam na atenção primária, especialistas do serviço de referência em hanseníase e dermatologistas do Sistema Único de Saúde participam nesta quinta e sexta-feira, 19 e 20, de uma capacitação sobre Hanseníase, tendo como foco principal o diagnóstico e prevenção de incapacidades causados pela doença. O facilitador é uma referência na temática, o professor doutor Marco Andrey Cipriani Frade, chefe da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de São Paulo.

O objetivo da capacitação, segundo informou o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Marco Aurélio Góes, é formar multiplicadores para a intensificação do diagnóstico e a prevenção de incapacidades em Hanseníase, doença que se configura como um problema de saúde pública em destaque no país.

“Durante a pandemia houve uma diminuição no diagnóstico da Hanseníase, agravo que pode passar por um longo período de forma assintomática ou imperceptível pelo usuário, fazendo com que ocorra um atraso na procura por um serviço de saúde, antes de sofrerem as complicações da doença”, disse Marco Aurélio.

O professor na sua fala inicial criticou aqueles que consideram a Hanseniase uma doença simples, reduzindo-a apenas a “mancha na pele com perde de sensibilidade”. Para ele, a doença é mais complexa e se apresenta de diversas formas. Salientou que quando se trata de diagnóstico, é preciso olhar o paciente, ouvir e considerar o que ele diz, uma vez que vários outros sinais podem levar a um diagnóstico de Hanseníase, como por exemplo, dor nos nervos e dormência.

Em sua avaliação, a Hanseníase é uma doença estigmatizada e envolta em preconceitos. “É preciso informar. A falta de informação é um grande problema que dificulta avanços no tratamento. Outro fator que aumenta a dificuldade é que os sinais de sintomas mais avançados da doença são subjugados como sinais normais de envelhecimento, como dormências, formigamento e dores neurais”, reforçou o facilitador para uma plateia atenta.

A tarde desta quinta-feira, 19, e todo o dia de amanhã serão dedicados a treinamentos práticos sobre diagnóstico e prevenção de incapacidades em Hanseníase com o professor doutor Marco Andrey. Os profissionais dos municípios prioritários, que possuem maior carga da doença*, foram divididos em três turmas para garantir melhor aproveitamento da capacitação.