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Segunda-Feira, 05 de Março de 2007 às 06:10:00
Medicamentos em falta começam a chegar para a Oncologia do Hospital Geral
Até o fim da primeira quinzena deste mês de março, o problema de desabastecimento de medicamentos registrado no Setor de Oncologia do Hospital Geral (HGJAF) deverá estar resolvido.

Até o fim da primeira quinzena deste mês de março, o problema de desabastecimento de medicamentos registrado no Setor de Oncologia do Hospital Geral (HGJAF) deverá estar resolvido. A previsão foi feita nesta segunda-feira, 5, pelo diretor-geral da unidade de saúde, Josias Dantas Passos. Segundo ele, alguns dos produtos que estavam em falta já começaram a chegar desde a semana passada para reposição na unidade graças a pedidos emergenciais.

Foto: Márcio Garcez/Saúde

Passos revelou que no último sábado, 3, uma reunião realizada pelo secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, com todo o pessoal de logística e suprimento da SES definiu os critérios para agilizar pedidos feitos em caráter emergencial, bem como aqueles que vão assegurar o abastecimento do hospital pelos próximos cinco meses.

"O secretário de Saúde Rogério Carvalho determinou expressamente que seja restabelecido o mais rápido possível o estoque de medicamentos não apenas do Hospital Geral, mas também da Maternidade Hildete Falcão", disse Josias Passos. Segundo ele, com esse objetivo específico está sendo utilizado o Pregão 380 (pregão eletrônico através do Comprasnet), destinado exclusivamente à compra de medicamentos.

De acordo com o diretor do HGJAF, desde o início da nova administração do hospital, em janeiro deste ano, todas as medidas necessárias para estancar o quadro de desabastecimento encontrado na unidade hospitalar vêm sendo implementadas pelo Governo do Estado para otimizar o atendimento aos pacientes portadores de câncer.

Em fevereiro, a administração do Hospital Geral conseguiu assegurar em caráter emergencial junto à Secretaria de Estado da Saúde o fornecimento parcial de vários itens que estavam em falta no Centro de Oncologia, alguns deles desde novembro de 2006. É o caso da Bleomicina, de nome comercial Tecnomicina, do Fluorour acil, do Doxsolen e do L-Asparaginase, que chegaram ao almoxarifado do hospital na semana passada. Outros, como o Paclitaxel, também chamado de Taxol, devem ser entregues pelos fornecedores ainda esta semana.

Entraves

O diretor-geral do HGJAF informou que o desabastecimento desses medicamentos, como de outros que atendem aos demais setores da unidade hospitalar, é conseqüência principalmente de entraves de ordem operacional e burocrática. Uma dessas dificuldades foi provocada pelo período de férias coletivas da indústria farmacêutica do país, que ocorre tradicionalmente entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro.

Josias Passos explicou ainda que, além desse fator, a transição entre o final do exercício financeiro anterior e o atual no Estado também impediu o fornecimento dos medicamentos pelos distribuidores, que geralmente não formam estoques por se tratarem de produtos de alto custo e prazo de validade limitado.

"Como esse é um período especial de transição, ou seja, de mudança de governo, os distribuidores também acabam levando em consideração esse fator para a não formação desses estoques", acrescentou o diretor do hospital.

Desvio de ampolas

Josias Passos também explicou as medidas adotadas para apurar o desvio de três ampolas do medicamento Rituximab 500mg , roubadas no inicio do mês passado da Farmácia Centro de Oncologia. Segundo o diretor, tão logo foi informado do sumiço da medicação, ele prestou queixa policial, conforme Boletim de Ocorrência 165/2007 emitido pela 8ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, e tomou outras medidas administrativas.

"Estamos abrindo uma comissão de sindicância para apurar o caso e esperamos que desta vez o responsável seja apontado", salientou Passos ao lembrar que esse não foi um caso isolado no hospital. "Como esta não foi a primeira vez e o medicamento roubado é o mesmo, tudo indica que seja um furto dirigido, pois a medicação não se aplica a todos os pacientes com câncer e havia outros produtos até mais caros que não foram subtraídos", acrescentou.

Além de registrar formalmente o caso na Polícia, o diretor do HGJAF disse ter adotado imediatamente medidas administrativas para evitar novos casos semelhantes. Ele revelou que o acesso a tais remédios agora está restrito a apenas duas pessoas na farmácia do Hospital, as geladeiras estão fechadas com cadeados e a vigilância no local foi redobrada, em especial à noite e nos finais de semana.

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Até o fim da primeira quinzena deste mês de março, o problema de desabastecimento de medicamentos registrado no Setor de Oncologia do Hospital Geral (HGJAF) deverá estar resolvido.
Segunda-Feira, 05 de Março de 2007 às 06:10:00

Até o fim da primeira quinzena deste mês de março, o problema de desabastecimento de medicamentos registrado no Setor de Oncologia do Hospital Geral (HGJAF) deverá estar resolvido. A previsão foi feita nesta segunda-feira, 5, pelo diretor-geral da unidade de saúde, Josias Dantas Passos. Segundo ele, alguns dos produtos que estavam em falta já começaram a chegar desde a semana passada para reposição na unidade graças a pedidos emergenciais.

Foto: Márcio Garcez/Saúde

Passos revelou que no último sábado, 3, uma reunião realizada pelo secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, com todo o pessoal de logística e suprimento da SES definiu os critérios para agilizar pedidos feitos em caráter emergencial, bem como aqueles que vão assegurar o abastecimento do hospital pelos próximos cinco meses.

"O secretário de Saúde Rogério Carvalho determinou expressamente que seja restabelecido o mais rápido possível o estoque de medicamentos não apenas do Hospital Geral, mas também da Maternidade Hildete Falcão", disse Josias Passos. Segundo ele, com esse objetivo específico está sendo utilizado o Pregão 380 (pregão eletrônico através do Comprasnet), destinado exclusivamente à compra de medicamentos.

De acordo com o diretor do HGJAF, desde o início da nova administração do hospital, em janeiro deste ano, todas as medidas necessárias para estancar o quadro de desabastecimento encontrado na unidade hospitalar vêm sendo implementadas pelo Governo do Estado para otimizar o atendimento aos pacientes portadores de câncer.

Em fevereiro, a administração do Hospital Geral conseguiu assegurar em caráter emergencial junto à Secretaria de Estado da Saúde o fornecimento parcial de vários itens que estavam em falta no Centro de Oncologia, alguns deles desde novembro de 2006. É o caso da Bleomicina, de nome comercial Tecnomicina, do Fluorour acil, do Doxsolen e do L-Asparaginase, que chegaram ao almoxarifado do hospital na semana passada. Outros, como o Paclitaxel, também chamado de Taxol, devem ser entregues pelos fornecedores ainda esta semana.

Entraves

O diretor-geral do HGJAF informou que o desabastecimento desses medicamentos, como de outros que atendem aos demais setores da unidade hospitalar, é conseqüência principalmente de entraves de ordem operacional e burocrática. Uma dessas dificuldades foi provocada pelo período de férias coletivas da indústria farmacêutica do país, que ocorre tradicionalmente entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro.

Josias Passos explicou ainda que, além desse fator, a transição entre o final do exercício financeiro anterior e o atual no Estado também impediu o fornecimento dos medicamentos pelos distribuidores, que geralmente não formam estoques por se tratarem de produtos de alto custo e prazo de validade limitado.

"Como esse é um período especial de transição, ou seja, de mudança de governo, os distribuidores também acabam levando em consideração esse fator para a não formação desses estoques", acrescentou o diretor do hospital.

Desvio de ampolas

Josias Passos também explicou as medidas adotadas para apurar o desvio de três ampolas do medicamento Rituximab 500mg , roubadas no inicio do mês passado da Farmácia Centro de Oncologia. Segundo o diretor, tão logo foi informado do sumiço da medicação, ele prestou queixa policial, conforme Boletim de Ocorrência 165/2007 emitido pela 8ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, e tomou outras medidas administrativas.

"Estamos abrindo uma comissão de sindicância para apurar o caso e esperamos que desta vez o responsável seja apontado", salientou Passos ao lembrar que esse não foi um caso isolado no hospital. "Como esta não foi a primeira vez e o medicamento roubado é o mesmo, tudo indica que seja um furto dirigido, pois a medicação não se aplica a todos os pacientes com câncer e havia outros produtos até mais caros que não foram subtraídos", acrescentou.

Além de registrar formalmente o caso na Polícia, o diretor do HGJAF disse ter adotado imediatamente medidas administrativas para evitar novos casos semelhantes. Ele revelou que o acesso a tais remédios agora está restrito a apenas duas pessoas na farmácia do Hospital, as geladeiras estão fechadas com cadeados e a vigilância no local foi redobrada, em especial à noite e nos finais de semana.